Registrando uma série de baixas temperaturas, o mês de novembro de 2022 foi o mais frio dos últimos 46 anos no Brasil, aponta o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). 

Segundo balanço realizado pelo órgão, as chuvas também se intensificaram em todas as regiões do país, com exceção do Centro-Oeste e do estado do Rio Grande do Sul, localidades que ficaram de 20% a 40% abaixo da média. 

O panorama histórico aconteceu durante a primavera, impulsionado pelo ar frio de origem polar da região Sul, que avançou para as demais áreas do país ao longo do mês. Com o aumento do alcance da massa, quedas nas temperaturas, geadas e até neve foram notadas pelos brasileiros. Santa Catarina, por exemplo, registrou todos os eventos meteorológicos.

O ar frio ainda ocasionou desvios negativos de temperatura na parte leste do Brasil. Considerando a média observada nas estações do Inmet em todo o país, o mês de novembro de 2022 foi o mais frio desde 1976.

_{Anomalias ou desvios de (a) precipitação e (b) temperatura média do ar observadas no trimestre Setembro, Outubro e Novembro/2022 (Reprodução/Inmet)}

Ainda de acordo com o Instituto, no sul da região Norte e em parte do norte do Centro-Oeste as temperaturas foram mais elevadas e seguidas de queda na umidade relativa do ar. Padrão semelhante já havia sido analisado na área em setembro e outubro, principalmente.

Em contrapartida, Belém, capital do Pará, – estado do Norte do país – teve as chuvas mais intensas em nível nacional. Entre setembro e novembro, a cidade registrou aproximadamente 798,3 milímetros. A média climatológica comumente atingida no local é de 407,3 milímetros. 

Em outros municípios do Brasil, a massa de ar frio causou temporais que deixaram vítimas e grandes estragos, especialmente no Espírito Santo e em Santa Catarina. O levantamento completo da primavera de 2022 pode ser encontrado no site do Inmet. 

Foto destaque: Brasil registra mês de novembro mais frio dos últimos 46 anos, aponta Inmet. Reprodução/G1.

Os produtos alimentícios que geralmente participam das ceias de Natal e Ano-Novo têm apresentado diferenças significativas de preços, aponta pesquisa realizada pelo Procon-SP (Instituto de Defesa do Consumidor de São Paulo). Comparados aos índices levantados em 2021, os itens estão 11,08% mais caros. 

A maior variação registrada, de 76,5%, foi da lentilha: um pacote de 250 gramas do grão pode custar de R$5,49 a R$9,69, dependendo do local de compra. Panetones e chocotones, altamente consumidos nessa época do ano, mostraram diferenças de valor de até 54% – considerando marca e peso iguais. O chocotone em lata (750g) mais barato encontrado pelo órgão era de R$39,99, enquanto o mais caro chegava a R$61,59.

Entre 30 de novembro e 2 de dezembro, o Procon-SP comparou preços remotamente nos sites de sete supermercados: Andorinha, Carrefour, Clube Extra, Kanguru, Mambo, Pão de Açúcar e Sonda. A lista analisada contou com 67 alimentos típicos do final de ano, como azeites, frutas em calda, bombons, carnes, farofas prontas, conservas, lentilhas, panetones e chocotones. 

_{De acordo com o Procon-Sp, o objetivo do relatório é “oferecer ao consumidor uma referência por meio dos preços médios obtidos dentro da amostra pesquisada” (Reprodução/Metrópoles)}

O levantamento ainda indicou desabastecimento de vários produtos procurados para preparação das ceias festivas. Segundo o Instituto, uma segunda coleta de preços precisou ser realizada devido à falta de carnes especiais nos estoques. 

Em comparação ao ano anterior, o relatório de 2022 revelou que, em média, os alimentos em questão estão 11,08% mais caros. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-SP), também contabilizado pelo Procon-SP, apresentou variação de 7,35% durante o período analisado. A pesquisa comparativa completa pode ser encontrada no site do órgão estadual.

Foto Destaque: Produtos das ceias de Natal e Ano-Novo registram diferenças de preço de até 76,5%. Reprodução/O Presente

Harvey Weinstein foi condenado por três acusações de estupro e agressão sexual nesta segunda-feira (19). Em deliberação dividida, que ocorreu em Los Angeles, o júri também absolveu o ex-produtor hollywoodiano de outra denúncia e não conseguiu cravar um veredito sobre dois outros casos, incluindo a acusação de estupro da diretora Jennifer Siebel Newsom. 

O julgamento considerou Weinstein culpado de estupro, cópula oral forçada e penetração sexual por objeto estranho contra uma mulher. Considerando apenas essa decisão, a pena – que ainda será estabelecida – pode variar de 18 a 24 anos de prisão. Ele já cumpre uma sentença análoga de 23 anos, que começou em 2020, como resultado de seu primeiro julgamento criminal, realizado em Nova Iorque.

As quatro vítimas em questão alegam que Weinstein as agrediu sexualmente entre 2005 e 2013, em quartos de hotéis localizados em Los Angeles e Beverly Hills. Caso fosse condenado por todas as acusações, o ex-cineasta poderia enfrentar até 60 anos de cárcere perpétuo. 

_{As primeiras acusações contra Harvey Weinstein vieram à tona em 5 de outubro de 2017 e levaram à demissão do ex-Hollywood de sua própria empresa (Reprodução/Variety)} 

Para julgar Weinstein, o Tribunal Superior de Los Angeles realizou sessões de depoimentos por cinco semanas. Siebel Newsom e outras três mulheres prestaram testemunhos que serviram de base para as sete acusações acumuladas contra o ex-executivo, duas de estupro e cinco de agressão sexual. 

A segunda condenação de Weinstein acontece cinco anos após o movimento #MeToo, campanha que denunciou a cultura de assédio e agressão sexuais em Hollywood e teve o ex-produtor como líder das acusações. Além dele, o ex-presidente de cinema e TV da Amazon, Roy Price, e o ator Kevin Spacey foram alguns rostos conhecidos que também integraram a lista de denúncias.

Com 70 anos de idade, Weinstein ainda tenta apelar sua primeira sentença. Em agosto deste ano, a defesa do ex-cineasta teve um recurso aceito pelo tribunal nova-iorquino para revisão do caso.

Foto destaque: Harvey Weinstein é condenado por estupro em 2° julgamento por crimes sexuais. Reprodução/G1.

Nesta segunda-feira (19), a maioria dos usuários do Twitter se mostrou contra a permanência de Elon Musk na liderança da rede social. O saldo foi obtido através de uma pesquisa realizada pelo próprio bilionário, a qual buscava saber se o público apoiaria ou não a saída do atual presidente-executivo da plataforma.

57,5% dos votos foram para o “sim”, enquanto 42,5% dos participantes não concordaram com a renúncia de Musk ao cargo de CEO do Twitter. Lançada pelo empresário no domingo à noite, a enquete foi encerrada com a contribuição de mais de 17,5 milhões de pessoas.

Elon afirmou que respeitará os resultados da votação, mas não forneceu detalhes de quando ou como uma transição aconteceria caso sua demissão fosse aprovada pelos internautas. Ele ainda publicou outros comentários relacionados na rede social, declarando que “aqueles que querem poder são os que menos o merecem” e “como diz o ditado, tenha cuidado com o que deseja, pois pode conseguir”.

_{Pesquisa lançada por Elon Musk em seu perfil (Reprodução/Twitter)}

Após o fechamento da consulta pública, as ações da Tesla Inc – fabricante de carros elétricos comandada por Musk – subiram cerca de 5% nas negociações de pré-mercado. Desde que o bilionário adquiriu o Twitter, acionistas da empresa automobilística dizem estar preocupados com a energia gasta por ele na plataforma. 

No último mês, Elon informou que reduziria seu tempo na rede do passarinho e até mesmo encontraria um novo líder para administrá-la. O anúncio aconteceu antes de o sul-africano-canadense perder seu título de pessoa mais rica do mundo, que já foi recuperado no início de dezembro. 

Musk vinha sendo criticado pelas recentes atualizações de política do Twitter, que proibiram a existência de contas criadas com o único objetivo de promover outras mídias sociais e conteúdos que contenham links ou nomes de usuários de plataformas diferentes. 

Foto destaque: Usuários do Twitter votam pela renúncia de Elon Musk ao cargo de CEO. Reprodução/BBC.