EUA registram o relâmpago mais longo do mundo com 829 km de extensão

Nesta quinta-feira (31), o novo recorde mundial de maior extensão de um raio já registrada foi confirmado pela OMN (Organização Meteorológica Mundial).

A descarga elétrica alcançou 829 km de extensão durante uma tempestade que atingiu o leste do Texas e a região de Kansas City, no Missouri, em outubro de 2017. A mega distância que o fenômeno atingiu é equivalente à longitude entre Paris e Veneza.

O fenômeno

Segundo a OMM, o super raio foi detectado por satélites meteorológicos de última geração que possibilitaram a revisão dos dados mesmo anos após o ocorrido.

A região do registro é uma área onde são comuns tempestades prolongadas e intensas acontecerem. Este local, Grandes Planícies dos EUA, favorecem os eventos chamados sistemas convectivos de mesoescala.

Normalmente, os raios comuns, tem uma duração de menos de um segundo e podem se estender por até 16 km, porém o mega relâmpago ocorreu em um sistema de nuvens imensas que permitiram descargas elétricas muito mais longas.


Relâmpago mais longo do mundo (Vídeo: reprodução/YouTube/@portaluai)

Para Randall Cerveny, professor responsável pelo banco de dados da OMM, com este novo recorde e possível ver como a natureza possui fenômenos naturais impressionantes e que diante de todo avanço tecnológico atualmente, será possível observá-los com muito mais precisão.

O recorde anterior de descarga elétrica foi registrada em 2020 e contava com 61 km de extensão, também ocorrido nos Estados Unidos.

Os perigos do fenômeno

Segundo Celeste Saulo, secretária-geral da OMM, relâmpagos desta magnitude representam riscos reais e podem se tornar uma ameaça à aviação ou causar incêndios, por exemplo, o que colocaria a vida de diversas pessoas em perigo. Para ela, a estratégia global para alertas preventivos é prioridade.

Em 1994, 469 pessoas morreram no Egito após um raio atingir três tanques de combustível, causando um incêndio devastador. Este foi o caso de descarga elétrica mais mortal já documentado.

Em 2020 a OMM registrou o relâmpago mais longo, com 17 segundos, que ocorreu na América do Sul.

O mega relâmpago já havia sido registrado pela tecnologia dos dados do Satélite GOES-16 da agência NOAA, porém as análises iniciais não foram identificadas imediatamente. O reconhecimento só ocorreu após a reavaliação técnica com o uso de ferramentas adequadas sendo divulgado apenas agora.

A análise teve participação de cientistas de diversos países, inclusive a brasileira Rachel Albrecht, professora e referência em estudos sobre eletricidade atmosférica da USP (Universidade de São Paulo).

Em 2020, a OMM registrou o raio mais duradouro, com 17 segundos, que aconteceu na América do Sul.

EUA e Coreia do Sul chegam a acordo e taxa para país é reduzida para 15%

Na manhã desta quinta-feira(31), o presidente dos Estados Unidos Donald Trump anunciou a redução da taxação de produtos importados da Coreia do Sul de 25% para 15%.

A medida vem acompanhada do anúncio do investimento em insumos estadunidenses para o país asiáticos na casa de 350 bilhões de dólares.

Custo para a Coreia segue alto apesar de redução

A taxa passou a ser mais branda para o aliado de longa data dos Estados Unidos na Ásia, mas apesar dessa redução, o custo para o país asiático adentrar o mercado estadunidense ainda vai continuar alto.

De acordo com Trump, a Coreia do Sul anunciou um investimento de 350 bilhões de dólares na economia dos EUA e a compra de 100 bilhões de dólares em gás natural e outros insumos energéticos do país, fazendo a taxa sobre produtos sul-coreanos ficar em 15%, sendo a menor dentre as anunciadas pelo presidente no início de julho.


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Indústria automotiva sul-coreana é a mais afetada pela taxação de Trump (Foto: Reprodução/Moment/Insung Jeon/Getty Images Embed)

Somando os dois valores anunciados por Trump, o acordo vai custar cerca de 450 bilhões de dólares para Seul. Além desses valores, o presidente estadunidense ainda afirmou que o país asiático ainda vai investir uma quantia de dinheiro adicional que não teve o valor informado.

A Coreia do Sul exporta para os Estados Unidos em sua maioria produtos como automóveis, autopeças, produtos eletrônicos, aço e produtos químicos.

Taxação de Trump causa receio no Mundo

Desde que assumiu a presidência em janeiro de 2025, Trump tem adotado políticas agressivas para a economia mundial, começando com a taxação de todos os produtos em 10% e depois evoluiu para as taxações variáveis anunciadas de tempos em tempos pelo mesmo visando zerar o déficit na balança comercial estadunidense.

O temor de especialistas e do mercado é que essas taxações estadunidenses possam gerar um conflito comercial entre os países e acirrem tensões.

Ainda segundo alguns especialistas, algumas taxas não fazem sentido por conta da balança comercial ser mais favorável aos Estados Unidos ou equilibrada entre os países.
Um exemplo disso é a balança brasileira, que tem um certo equilíbrio, mas que é favorável aos Estados Unidos por alguns milhões de dólares. Porém, o Brasil recebeu uma taxação de 50% sobre quase a metade de produtos exportados.

Lula se reúne com ministros do STF após sanções de Trump contra Moraes

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta quarta-feira , 30 de julho, no Palácio do Planalto com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), para debater as recentes sanções impostas pelos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes. Entre os presentes estavam o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, além dos ministros Gilmar Mendes e Cristiano Zanin. Também participaram Ricardo Lewandowski, atual ministro da Justiça, e Jorge Messias, advogado-geral da União.

Apesar da sanção ter como alvo Moraes, o magistrado não participou do encontro, em vez disso, compareceu à Neo Química Arena, em São Paulo, para assistir a um jogo do Corinthians. Logo após a reunião, o Palácio do Planalto divulgou nota em que Lula classificou a medida dos EUA como uma interferência “inaceitável” e reafirmou que o Brasil é um país soberano e democrático.

Defesa da soberania brasileira

Durante o encontro, foi destacada a independência do Poder Judiciário como um dos pilares da democracia brasileira. O presidente afirmou que qualquer tentativa de enfraquecer o Judiciário representa uma ameaça ao regime democrático: “Justiça não se negocia”, declarou. A nota oficial também enfatizou que o Brasil não aceitará suposta intromissão externa nas decisões internas da corte.


Presidente Lula se pronuncia sobre os EUA (Foto:Reprodução/X/@lulaoficial)

Em apoio a Moraes, o STF emitiu declaração reafirmando que continuará cumprindo a Constituição e respeitando o devido processo legal. Declarações de solidariedade ao ministro foram emitidas por colegas da corte, que ressaltaram a legitimidade de suas decisões, inclusive no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, cuja expectativa é de definição ainda em 2025.

Possíveis respostas judiciais e tensão diplomática

O governo brasileiro avalia recorrer ao Judiciário dos EUA por meio de representação jurídica a favor de Moraes. A Advocacia-Geral da União (AGU) e o Itamaraty estudam contratar escritório americano para questionar a legalidade da sanção com base na Lei Magnitsky, argumentando que ela fere a independência jurisdicional brasileira.


Ministra Gleisi Hoffman em apoio a Moraes (Reprodução/X/@gleisi)

Essa atuação reforça a tensão diplomática entre os países, intensificada após anúncio de taxa de até 50% sobre produtos brasileiros pelo governo Trump. A sanção preocupa também por estar associada a restrições de vistos e bloqueio de bens nos EUA, afetando o ministro e familiares próximos.

O dia posterior às medidas ficou marcado por articulações entre os poderes Executivo, Judiciário e Legislativo para definir estratégias de resposta. Parlamentares de diferentes partidos reafirmaram apoio ao STF e destacaram que o país não pode admitir sanções de potências estrangeiras direcionadas a magistrados nacionais.

EUA derrubam isenção e apertam cerco a importações da Ásia

O governo dos EUA anunciou mudanças relevantes na política de importações de pequeno porte. A partir do fim de agosto, estará suspensa a chamada isenção de minimis, que até então permitia a entrada de mercadorias internacionais de até 800 dólares sem a aplicação de taxas alfandegárias.

A medida foi oficializada por uma ordem assinada pelo presidente Donald Trump, antecipando dispositivos previstos em lei que só entrariam em vigor a partir de 2027. Com isso, todos os pacotes que chegarem ao país por canais alternativos ao sistema postal internacional serão cobrados conforme a tabela tarifária vigente.

Governo cita emergência e proteção econômica

A Casa Branca informou que a decisão visa responder a “situações emergenciais” e garantir a sobrevivência de negócios e empregos nos Estados Unidos. O movimento está alinhado ao projeto legislativo One Big Beautiful Bill Act (OBBBA), que autoriza intervenções antecipadas para enfrentar desequilíbrios comerciais.

Para as encomendas que utilizarem os Correios, serão adotadas duas opções de tributação: uma taxa baseada no país de origem ou, durante um período de transição de seis meses, valores fixos entre US$ 80 e US$ 200, conforme o local de envio.


Trump discursa na Casa Branca (Foto: reprodução/Instagram/@potus)

 


Volume de pacotes explodiu em uma década

O número de remessas internacionais consideradas de baixo valor cresceu de maneira exponencial nos últimos anos. Segundo dados oficiais, o volume saltou de 134 milhões, em 2015, para mais de 1,36 bilhão em 2024. Atualmente, as autoridades alfandegárias processam cerca de 4 milhões dessas encomendas por dia.

Em maio, os EUA já haviam iniciado a cobrança de tarifas sobre remessas enviadas da China e de Hong Kong, o que impactou diretamente o fluxo aéreo vindo da Ásia. A queda nas entregas foi de 10,7%, de acordo com levantamento da agência Reuters.

Impacto direto sobre gigantes do varejo online

O novo modelo tributário tem como alvo principal o comércio eletrônico asiático de baixo custo, que cresceu nos últimos anos por meio de fretes rápidos e isenção fiscal. Em 2024, mais da metade das mercadorias enviadas da China para os Estados Unidos por via aérea, cerca de 1,2 milhão de toneladas, consistiam em encomendas de pequeno valor, frente a apenas 5% em 2018.

Plataformas como Shein e Temu, do grupo PDD, são algumas das empresas que mais se beneficiaram desse sistema e agora devem enfrentar aumento nos custos logísticos.

Parlamentares americanos aplaudem medida

A iniciativa também recebeu apoio no Congresso. O senador republicano Jim Banks, do estado de Indiana, afirmou que a decisão era necessária: “Durante muito tempo, produtos estrangeiros entraram no nosso mercado sem qualquer tipo de taxa, prejudicando o produtor local.”

Com o novo modelo, os Estados Unidos buscam equilibrar a concorrência internacional, fortalecer sua economia interna e restringir a influência crescente de plataformas estrangeiras no varejo digital americano.

Trump menciona Bolsonaro e Paulo Figueiredo ao oficializar tarifaço contra o Brasil

Na quarta-feira (30), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que estabelece uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil. A decisão, publicada pela Casa Branca, foi justificada como uma resposta a ações do governo brasileiro que, segundo o documento, ameaçam a segurança nacional, a política externa e a economia dos Estados Unidos.

Críticas ao STF e defesa de bolsonaristas

A ordem menciona diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro e o jornalista Paulo Figueiredo, que estariam sendo alvo de perseguição por autoridades brasileiras. Trump acusa o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de liderar o que chamou de uma campanha sistemática de censura contra opositores políticos.

De acordo com Trump, Moraes teria emitido “centenas de ordens secretas” para calar opositores, além de conduzir investigações contra Figueiredo, inclusive por declarações feitas nos Estados Unidos. O jornalista, neto do ex-presidente João Figueiredo, é investigado no Brasil por crimes como tentativa de golpe, organização criminosa e deterioração de patrimônio público.


Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)

O presidente americano afirmou ainda que o Judiciário brasileiro tem violado a liberdade de expressão, intimidando plataformas digitais e forçando a entrega de dados de usuários, o que, segundo ele, afeta cidadãos e empresas dos EUA.

Taxação em agosto e Moraes sancionado

A tarifa de 50% entra em vigor no dia 6 de agosto e afeta diversos produtos brasileiros. Além da taxação, Trump também aplicou sanções contra Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky, usada para punir violações de direitos humanos por autoridades estrangeiras. O ministro teve eventuais bens nos EUA bloqueados e está proibido de realizar transações com empresas americanas.

Em entrevista ao New York Times, o presidente Lula afirmou que tentou se comunicar com Trump para tratar do tarifaço, mas não recebeu resposta. A medida representa um novo episódio de tensão nas relações diplomáticas entre as duas nações.

Donald Trump determina tarifa de 50% sobre produtos brasileiros

O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou o decreto que aplica taxa de 40% sobre as exortações brasileiras, que já possuíam uma tarifa de 10 %, somando 50% sobre produtos nacionais, nesta quarta-feira (30). Segundo o comunicado divulgado pela Casa Branca, a ordem entra em vigor em 7 dias e apresenta uma lista de produtos que não sofrerão com a taxação, como petróleo, aviões e derivados da laranja.

Comunicado da Casa Branca

O comunicado do governo americano sobre o aumento das tarifas oficializa a decisão de Donald Trump. A primeira parte do documento justifica a aplicação da medida ao afirmar que a ordem seria uma resposta às decisões das autoridades brasileiras que “prejudicam empresas americanas, os direitos de liberdade de expressão de cidadãos americanos, a política externa dos EUA e a economia americana.”.

Além disso, o documento também critica as medidas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores, ações denominadas como “graves abusos de direitos humanos que minaram o Estado de Direito do Brasil”. Em um momento do texto, o ministro Alexandre de Moraes é citado e acusado de, junto com outros ministros do STF, abusar de seu poder para perseguir seus opositores, proteger aliados, prejudicando organizações americanas em solo brasileiro.


Ministro do STF Alexandre de Moraes (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)

João figueiredo, jornalista residente nos Estados Unidos, que já participou de reuniões com o presidente americano e outras autoridades do país, também foi mencionado. Figueiredo está sendo processado por declarações feitas em terras americanas, e segundo o documento, Moraes supervisiona o andamento do processo, considerado um atentado contra a liberdade de expressão, e entendendo a taxação americana como uma proteção contra “decretos arbitrários de um juiz estrangeiro tirânico”.

Por fim, o comunicado trata da revogação dos vistos de Alexandre de Moraes e de seus familiares; dos ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Dias Toffoli e Cristiano Zanin; além do procurador-geral da República, Paulo Gonet. A medida, segundo o texto, visa “alcançar a paz por meio da força e garantir que a política externa reflita os valores, a soberania e a segurança dos EUA”.

Possibilidade de negociações

Em entrevistas recentes, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declararam que o governo brasileiro estava em contato com autoridades americanas para que o “tarifaço” americano não entrasse em vigor. Entretanto, os dois afirmaram que um plano de contingência estava sendo desenvolvido.


Vice-presidente Geraldo Alckmin, à esquerda, presidente lula, ao centro, ministro Fernando Haddad, à direita (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)

O presidente Lula demonstrou disposição para negociações, ao contrário de Donald Trump, que, segundo o governante brasileiro, “não quer conversar”, dificultando acordos para evitar o aumento das taxas sobre exportações brasileiras, que entram em vigor na próxima semana.

Estados Unidos definem prazo para acordos comerciais com países parceiros, afirma secretário de Comércio

O governo dos Estados Unidos estabeleceu um prazo até sexta-feira, 1º de agosto, para concluir as decisões sobre acordos comerciais com diversos países parceiros. A informação foi confirmada pelo secretário de Comércio, Howard Lutnick, durante entrevista coletiva realizada nesta semana.

Segundo Lutnick, o cronograma está mantido conforme anunciado anteriormente, e as deliberações finais serão tomadas diretamente pelo presidente Donald Trump.

Decisões em andamento

As tratativas comerciais abrangem diferentes países e blocos econômicos. De acordo com o secretário, os acordos com a União Europeia estão em estágio avançado, enquanto as negociações com a China seguem em uma trilha separada, com possível extensão do prazo até 12 de agosto.

“Todos os outros países estão dentro do prazo até sexta-feira”, declarou Lutnick. “As discussões com a China têm um andamento próprio, que pode ser concluído alguns dias depois.”

Possibilidade de novas tarifas

O prazo estabelecido faz parte de uma política comercial que prevê a aplicação automática de tarifas para países que não concluírem acordos com os Estados Unidos dentro do período estipulado. Esses encargos alfandegários, conhecidos como “tarifas de compensação”, podem variar entre 15% e 50%, conforme o produto e o país de origem.

Entre os países que ainda buscam um acordo estão Brasil, Índia, México e Canadá. Caso as negociações não sejam concluídas até a data limite, esses países poderão ser incluídos na nova rodada de medidas tarifárias.


Trump e presidente indiano antes dele anunciar as tarifas (Foto: reprodução/X/@roberto36438712)

Produtos em foco

As negociações envolvem uma série de produtos exportados aos Estados Unidos, com destaque para itens agrícolas, minerais e manufaturados. Em alguns casos, produtos como café, carne bovina e aço estão entre os principais pontos debatidos entre as partes envolvidas.

Projeção de próximos passos

Após o prazo de sexta-feira, a administração americana pretende divulgar a lista final de países com acordos formalizados, bem como os que estarão sujeitos às novas tarifas. A depender do desfecho, as medidas poderão entrar em vigor ainda na primeira quinzena de agosto.

Tsunami alcança EUA e Japão após forte terremoto na Rússia

Nesta terça-feira (29), um tsunami atingiu a costa leste da Rússia após um terremoto atingir a região.  Japão, Estados unidos, México, Chile e Equador são alguns dos países do Pacífico que entraram em alerta. O terremoto atingiu a magnitude 8.8. 

Um terremoto de grande magnitude atingiu a Península de Kamtchatka, no extremo leste da Rússia, com epicentro localizado a aproximadamente 125 km da cidade de Petropavlovsk-Kamchatsky, segundo dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). O tremor foi registrado a cerca de 19 km de profundidade, característica que pode contribuir para a formação de tsunamis.  

De acordo com autoridades russas, ondas de até quatro metros alcançaram a costa da região, levando o governo a classificar o fenômeno como um tsunami perigoso e intenso. Há registros de danos em diferentes pontos do território russo, incluindo feridos leves em locais como aeroportos, conforme divulgou a agência estatal Tass. 


 

Vídeo mostra avanço da água e destruição após terremoto de magnitude 8,8 (Vídeo: reprodução/YouTube/Uol)

O impacto do evento ultrapassou as fronteiras russas. Os Estados Unidos emitiram alertas para a possibilidade de ondas perigosas em diversas áreas, abrangendo partes do Japão, Havaí e praticamente toda a faixa litorânea do continente americano, com destaque para países como México, Chile e Equador. No Japão, a emissora pública local confirmou a chegada do tsunami ao norte do país, mas as ondas não ultrapassaram um metro de altura. Já o Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico confirmou que o Havaí também foi atingido pelas ondas na madrugada. 

O terremoto 

Petropavlovsk-Kamchatsky, cidade com 165 mil habitantes localizada no extremo leste russo, na Baía de Avacha, fica a cerca de 125 km da região central do terremoto.

A profundidade do tremor foi de 19,3 km, que, apesar de considerada rasa, pode favorecer a formação de ondas. 

De acordo com o Ministério do Interior da Rússia, logo após o terremoto, ondas de até cinco metros atingiram a cidade de Severo-Kurilsk, resultando em alagamentos nos portos e na destruição de várias embarcações. O alerta de tsunami para a área, no entanto, já foi suspenso. 

 No distrito de Yelizovo, as autoridades registraram ondas que chegaram a quatro metros de altura. Em pronunciamento nesta quarta-feira, o Kremlin informou que não houve vítimas fatais em decorrência dos tsunamis. A presidência destacou ainda que os sistemas de alerta funcionaram de forma eficiente durante a emergência. 

Localizada no Círculo de Fogo do Pacífico, a Península de Kamtchatka, assim como outras áreas do Extremo Oriente russo, está inserida em uma zona de intensa atividade sísmica e vulcânica. 

Entenda como um terremoto forma um tsunami 

Ao acontecer a movimentação e choque das placas tectônicas da Terra, a energia é acumulada e liberada, gerando assim um terremoto. 

Com essa movimentação, o fundo do mar se desloca, e bilhões de litros de água acima dele se movem, gerando um tsunami que se propaga a partir do epicentro e ganha força ao se transformar em uma grande onda. 

O tremor ocorreu no Pacífico, e é o mais forte desde 2011. Regiões banhadas pelo oceano Pacífico como o Havaí e Japão foram afetados pela onda. 

Um tsunami é definido pelo movimento além do epicentro, que é formado pelo terremoto.  



O que caracteriza um tsunami não é necessariamente a altura das ondas, mas sua extensão e capacidade de se deslocar por grandes distâncias a partir do ponto onde o terremoto ocorre. Mesmo com pouco mais de um metro de altura, como neste caso, as ondas eram longas e se espalharam por milhares de quilômetros, alcançando diversos países.  

Embora neste episódio específico ainda não se tenha todos os detalhes, sabe-se que, no fundo do oceano, um tsunami pode atingir velocidades semelhantes às de um avião a jato, ultrapassando 800 km/h, e apresentar um comprimento de onda de centenas de quilômetros, ou seja, a distância entre uma crista e outra da onda. 

EUA oferecem recompensa milionária por informações que levem à prisão de Maduro

Nesta segunda-feira (28), em mais uma ofensiva contra o governo da Venezuela, o Departamento da Justiça dos Estados Unidos divulgou uma recompensa milionária, equivalente a R$ 140 milhões, para quem compartilhar informações que poderá levar à condenação e/ou prisão do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

Divulgado nas redes sociais da DEA (Administração de Repressão às Drogas), o cartaz mostra o valor da recompensa, a foto do presidente e a informação onde Maduro é acusado de “conspiração com o narcoterrorismo, importação de cocaína, uso e transporte de armas e objetos destruidores de suporte ao tráfico de drogas.

Além do presidente, Diosdaldo Cabello Rondón, ministro do Interior, Justiça e Paz da Venezuela, e Vladimir Padrino López, ministro da Defesa da Venezuela, também estão na mira por busca de informações.

Acusação dos EUA

Na última sexta-feira (25), a administração do governo de Donald Trump classificou o suposto grupo criminoso chamado “Cartel de Los Soles”, que os Estados Unidos acusam Nicolás Maduro de ser um dos integrantes, como uma organização terrorista internacional desde 1999.

Segundo o Departamento de Tesouro dos EUA, o Cartel de Los Soles é um grupo criminoso venezuelano chefiado por Nicolás Maduro e outros membros que fazem parte do “alto escalão” do regime do presidente da Venezuela.

Ainda conforme o Departamento, o grupo oferece apoio material para organizações terroristas de outros países que ameaçam a segurança e a paz do país norte-americano, como o Tren de Aragua (organização criminosa venezuelana) e o Cartel de Sinaloa (grande sindicato mexicano do crime organizado).


EUA oferece recompensa (Vídeo: reprodução/YouTube/cnnbrasil)

Reajuste da recompensa

Anteriormente, a recompensa oferecida por informações sobre Maduro era de US$ 10 milhões, mas foi reajustada nesta sexta-feira (25) diante do pacote de novas sanções econômicas. O último reajuste tinha ocorrido em janeiro deste ano.

Segundo o governo dos Estados Unidos, a intensificação da ofensiva a Maduro se dá em função da manipulação do sistema eleitoral do país e da falsa legitimidade da reeleição do mesmo em julho do ano passado.

Desde 2020, Nicolás Maduro é procurado e investigado, juntamente com outros aliados, pelos Estados Unidos. Todos estão sob acusação de crimes transnacionais (múltiplos países).

Conforme o DEA, as autoridades buscam qualquer tipo de dado que possam levar Maduro à prisão. As informações e denúncias podem ser feitas de maneira anônima via e-mail.

Milei negocia acordo para argentinos viajarem sem visto para EUA

O  presidente da Argentina, Javier Milei afirmou nessa segunda-feira (28) que o país deu entrada no processo de isenção do visto cidadãos do país para entrar nos EUA, chamado de ‘Visa Waiver Program‘. Kristi Noem,  secretária de seguranças dos EUA,  foi para a Argentina conversar sobre o acordo, que poderá ou não ser firmado. Para que isso ocorra, a Argentina terá que seguir procedimentos internacionais, que já estão em andamento nos EUA sobre alguns sistemas e controle imigratório avançados.

Visa Waiver Program

Com a isenção do visto, será permitido que cidadãos do país viaje para os EUA como turista ou a negócios, desde que fiquem menos de 90 dias no país. O solicitante terá que preencher a ficha de autorização de viagem e pagar uma taxa de 114 reais. Antes, quem solicitasse o documento, além dessa taxa, teria que pagar o visto que custa mil reais.

O chile é o único e primeiro país latino onde seus cidadãos podem ir para os Estados Unidos sem a necessidade de visto desde 2014. O programa conta com 40 países participantes, incluindo nações europeias e asiáticas.


Javier Milei e Kristi Noem conversam sobre a entrada da Argentina em programa americano (Foto:reprodução:X/@OPRArgentina)


Brasil

Em 2011, no governo Dilma, o Brasil chegou a conversar com Barack Obama para a entrada do país no mesmo programa que a Argentina, mas não teve avanço. Agora no governo Trump, a relação entre os países está estremecida após a imposição da taxa de 50% para os produtos brasileiros que entrarem nos Estados Unidos após agosto.

O presidente Lula tentou conversar com Trump, afirmando que o americano não estava disposto a conversar sobre esse assunto. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior chegou a informar que está aberto a diálogo: “Reiteramos que a soberania do Brasil e o estado democrático de direito são inegociáveis. No entanto, o governo brasileiro continua e seguirá aberto ao debate das questões comerciais, em uma postura que já é clara também para o governo norte-americano”, declarou o ministério em nota à imprensa.