Milei negocia acordo para argentinos viajarem sem visto para EUA
Ambos os presidentes têm ideologias parecidas, o que tem aproximado os governantes; outros países enfrentam dificuldades para se relacionar com os EUA

O presidente da Argentina, Javier Milei afirmou nessa segunda-feira (28) que o país deu entrada no processo de isenção do visto cidadãos do país para entrar nos EUA, chamado de ‘Visa Waiver Program‘. Kristi Noem, secretária de seguranças dos EUA, foi para a Argentina conversar sobre o acordo, que poderá ou não ser firmado. Para que isso ocorra, a Argentina terá que seguir procedimentos internacionais, que já estão em andamento nos EUA sobre alguns sistemas e controle imigratório avançados.
Visa Waiver Program
Com a isenção do visto, será permitido que cidadãos do país viaje para os EUA como turista ou a negócios, desde que fiquem menos de 90 dias no país. O solicitante terá que preencher a ficha de autorização de viagem e pagar uma taxa de 114 reais. Antes, quem solicitasse o documento, além dessa taxa, teria que pagar o visto que custa mil reais.
O chile é o único e primeiro país latino onde seus cidadãos podem ir para os Estados Unidos sem a necessidade de visto desde 2014. O programa conta com 40 países participantes, incluindo nações europeias e asiáticas.

Brasil
Em 2011, no governo Dilma, o Brasil chegou a conversar com Barack Obama para a entrada do país no mesmo programa que a Argentina, mas não teve avanço. Agora no governo Trump, a relação entre os países está estremecida após a imposição da taxa de 50% para os produtos brasileiros que entrarem nos Estados Unidos após agosto.
O presidente Lula tentou conversar com Trump, afirmando que o americano não estava disposto a conversar sobre esse assunto. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior chegou a informar que está aberto a diálogo: “Reiteramos que a soberania do Brasil e o estado democrático de direito são inegociáveis. No entanto, o governo brasileiro continua e seguirá aberto ao debate das questões comerciais, em uma postura que já é clara também para o governo norte-americano”, declarou o ministério em nota à imprensa.