Ex-presidente da Argentina solicita prisão domiciliar sem tornozeleira

Cristina Kirchner pede para cumprir a sua pena de prisão em casa após sair a sentença da Suprema Corte e solicita isenção do uso de tornozeleira eletrônica

11 jun, 2025
Cristina Kirchner | Reprodução/Marcos Brindicci/Getty Imagem Embed
Cristina Kirchner | Reprodução/Marcos Brindicci/Getty Imagem Embed

Após a Suprema Corte da Argentina confirmar sua sentença de seis anos de reclusão, Cristina rapidamente protocolou um pedido para cumprir a pena em domicílio. O documento foi encaminhado à justiça argentina logo após a divulgação da decisão, e inclui um requerimento adicional: que ela seja liberada da obrigação de usar tornozeleira eletrônica.

Questões de segurança e atentado sofrido

O time de defesa da antiga presidente, encabeçado pelo advogado Carlos Beraldi, argumentou que a intenção é garantir a proteção de Kirchner, que sofreu um ataque em 2022. Beraldi ainda frisou que sua cliente vive sob forte esquema de segurança, o que dispensaria o uso da tornozeleira eletrônica. Ele também enfatizou que, por ter exercido a mais alta função do governo argentino, Cristina não pode ser mantida em uma cadeia comum, com outros presos, justificando a prisão em casa como o mais sensato.

No pedido encaminhado à Justiça, Kirchner indicou o endereço de sua residência atual, localizada no bairro de San Telmo, em Buenos Aires. A casa pertence à sua filha, Florencia Kirchner, e seria o local onde cumpriria a pena, caso a solicitação seja aceita pelas autoridades judiciais.


Um apoiador da Cristina com um cartaz escrito “O povo com Cristinak (Foto: reprodução/LUIS ROBAYO/Getty Imagem Embed)

Prisão domiciliar na Argentina

De acordo com informações da rede Todo Notícias (TN), se a prisão domiciliar for concedida, Cristina Kirchner terá restrições quanto à sua locomoção, estando proibida de sair de casa. No entanto, não há limitações formais sobre o número ou a frequência de visitas que ela poderá receber. As visitas, inclusive, poderão pernoitar no local.

Ainda assim, o tribunal pode estabelecer condições específicas, como horários para visitas ou número máximo de pessoas no domicílio, embora esse tipo de restrição seja raro em casos semelhantes. A decisão final caberá ao tribunal responsável pela execução da pena, que deverá considerar tanto os aspectos legais quanto as justificativas apresentadas pela defesa da ex-presidente.

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