Sobre Sarah Regis

Redatora do lorena.r7

INSS bloqueia novos empréstimos consignados em quatro bancos

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) suspendeu cautelarmente os contratos com quatro bancos, impedindo que ofereçam novos empréstimos consignados a aposentados e pensionistas. A medida foi publicada no Diário Oficial da União na última quinta-feira (16) e afeta as instituições Inter, Facta Financeira, Cobuccio Sociedade de Crédito e Paraná Banco.

Os quatro despachos publicados mencionam o descumprimento do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) firmado com o INSS, sem detalhar quais normas teriam sido violadas. Segundo o órgão, a decisão é necessária para “cessar as irregularidades e salvaguardar o interesse público, até a conclusão definitiva dos processos de apuração”.

A ação segue casos anteriores, como a suspensão do Banco Master na semana passada, devido ao “volume expressivo” de reclamações relacionadas à concessão de empréstimos consignados a beneficiários da autarquia.

Bancos e entidades se posicionam

O Banco Master afirmou ter sido surpreendido com a suspensão preventiva e reafirmou seu compromisso com a conformidade regulatória e o respeito aos clientes. Banco Inter, Facta Financeira e Paraná Banco declararam estar em contato com o INSS para esclarecer a situação e normalizar os serviços. A Cobuccio Sociedade de Crédito ainda não se pronunciou sobre o assunto.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) acompanha os desdobramentos da concessão de consignados, orientando instituições para coibir irregularidades e garantindo o direito de defesa caso sejam acusadas de má conduta.

Parlamentares indicam que o assunto será analisado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, responsável por investigar irregularidades na concessão de crédito consignado e propor medidas corretivas.


Pessoa insere cartão em caixa eletrônico (Foto: reprodução/Freepik/Dragana_Gordic)

Suspensão anterior de oito instituições

Em agosto, a autarquia já havia cancelado a autorização para que oito instituições financeiras realizassem novas operações de crédito consignado utilizando a folha de pagamento de aposentados e pensionistas. As empresas afetadas foram:

  • CDC Sociedade de Crédito Direto
  • HBI Sociedade de Crédito Direto
  • Banco Seguro
  • Via Certa Financiadora
  • Casa do Crédito
  • Valor Financiamentos
  • Banco do Nordeste
  • Banco Industrial do Brasil

Segundo o instituto, a suspensão ocorreu porque essas instituições não adotavam o mecanismo obrigatório conhecido como “não perturbe”, que bloqueia ligações de oferta de crédito e protege aposentados e pensionistas em situação de vulnerabilidade.

Anvisa proíbe cosméticos e produtos de limpeza irregulares; veja quais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ordenou nesta quinta-feira (17) a suspensão imediata da fabricação, distribuição, comercialização e uso de todos os cosméticos e produtos de limpeza produzidos pela empresa Maxx Química e Sistemas de Limpeza Ltda, sediada em Parauapebas (PA).

A decisão foi publicada no Diário Oficial da União e ocorre após uma inspeção sanitária que identificou o descumprimento do Regulamento Técnico de Boas Práticas de Fabricação, exigido pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 48/2013.

Empresa descumpriu boas práticas

A inspeção foi realizada entre os dias 30 de setembro e 2 de outubro, e constatou falhas graves na estrutura e nos procedimentos da empresa, que comprometem a segurança e a qualidade dos produtos fabricados. De acordo com a Anvisa, tanto os cosméticos quanto os saneantes apresentaram não conformidades em relação às normas que asseguram a integridade e a eficácia dos itens disponíveis ao consumidor.


Desinfetante da Maxx Química (Foto: reprodução/Maxx Química)

Com a decisão, a Maxx Química está proibida de continuar produzindo, distribuindo ou divulgando qualquer produto até que as irregularidades sejam corrigidas e novas inspeções comprovem a adequação da fábrica às normas sanitárias. O site oficial da empresa está fora do ar desde a manhã desta sexta-feira (17).

Cosméticos capilares sem registro também são alvo

Na mesma publicação, a Anvisa determinou a apreensão de cosméticos capilares fabricados por uma empresa desconhecida, que não possuía registro. Os produtos Dexe Hair Building Fibers (Fibra Capilar em Pó) e Maycheer Pang Pang Hair Shadow (Maquiagem Capilar em Pó) estavam sendo comercializados irregularmente no Brasil.

A agência reforçou que produtos que não têm autorização sanitária para circulação podem oferecer riscos à saúde, pois não passam por avaliação de segurança, composição e eficácia antes de chegarem ao consumidor.

Ministério da Saúde inicia distribuição de antídoto contra intoxicação por metanol

O Ministério da Saúde começou a distribuir nesta quinta-feira (9) o antídoto fomepizol, utilizado no tratamento de intoxicações por metanol, substância presente em bebidas adulteradas que já provocou mortes no país.

O primeiro lote, com 2,5 mil doses, teve prioridade para São Paulo, que recebeu 288 ampolas, devido ao maior número de casos e óbitos registrados. Outros estados, como Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Piauí, Espírito Santo, Goiás, Acre, Paraíba e Rondônia, também receberão o medicamento.

A aquisição do fomepizol é inédita no Brasil e ocorreu oito dias após o ministro da Saúde acionar o Fundo Estratégico da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

Tratamento e aplicação do antídoto

De acordo com a secretaria nacional de vigilância em saúde, Mariângela Simão, os profissionais de saúde foram treinados para manipular o fomepizol, medicamento raro devido à baixa produção mundial. Ele atua impedindo que o metanol se transforme em ácido fórmico, evitando danos graves e risco de morte.

O antídoto será utilizado apenas sob acompanhamento médico, seguindo normas técnicas que determinam seu uso em pacientes que apresentarem sintomas clínicos após ingestão de destilados adulterados, entre 6 e 72 horas, e alterações em pelo menos dois exames laboratoriais.


Drauzio Varella explica o que fazer em casos de intoxicação por metanol (Vídeo: reprodução/YouTube/Drauzio Varella)

O fomepizol se soma ao etanol farmacêutico, já utilizado pelo SUS, para tratar casos de intoxicação. O Ministério reforçou que a população não deve tentar comprar ou usar os produtos por conta própria e que mil doses do antídoto permanecerão reservadas em centro de distribuição para atender hospitais quando necessário.

Casos confirmados e distribuição

Até o momento, o Brasil registrou 259 notificações de intoxicação por metanol, com 24 casos confirmados e cinco mortes apenas em São Paulo. Paraná e Rio Grande do Sul também confirmaram casos. Com a distribuição do fomepizol, o governo espera ampliar o tratamento e reduzir o risco de mortes causadas pela ingestão da substância.

Palestinos retornam ao norte de Gaza após cessar-fogo

Milhares de palestinos começaram a voltar para o norte da Faixa de Gaza nesta sexta-feira (10), após a entrada em vigor do cessar-fogo entre Israel e o grupo Hamas. A trégua foi ratificada durante a madrugada pelo governo israelense e marca o início da retirada parcial das tropas do território, encerrando dois anos de conflito.

Um grande número de pessoas foi visto caminhando em meio à poeira em direção à Cidade de Gaza, principal centro urbano da região, que sofreu fortes bombardeios nos últimos dias. A maior parte da população havia se deslocado para o sul durante as ofensivas militares israelenses. 

Cessar-fogo e libertação de reféns

O Exército israelense confirmou que o cessar-fogo começou ao meio-dia, no horário local, e que as tropas estão se posicionando ao longo das novas linhas de implantação. O acordo prevê a libertação dos reféns israelenses mantidos pelo Hamas em até 72 horas, em troca da soltura de centenas de prisioneiros palestinos.

Na primeira fase do plano de paz apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está prevista a retirada das tropas israelenses de regiões urbanas estratégicas da Faixa de Gaza, ainda que mais da metade do território permaneça sob domínio de Israel.

Com o início da implementação do acordo, comboios com alimentos e suprimentos médicos devem entrar na região para atender a população civil, que em grande parte vive em tendas após a destruição de cidades inteiras pelos bombardeios israelenses.



Retirada e tensões persistentes

As tropas israelenses recuaram e agora ocupam cerca de 53% do território palestino, uma redução em relação aos 75% controlados antes do cessar-fogo. Cidades como Khan Younis e a própria Cidade de Gaza foram desocupadas, mas continuam sob vigilância militar.

Em pronunciamento, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que as forças permanecerão prontas para agir e reafirmou o compromisso de “cercar e desarmar o Hamas”, ainda que “pela maneira difícil”.

Apesar do anúncio de trégua, a agência Reuters registrou bombardeios na faixa central de Gaza cerca de uma hora após o início do cessar-fogo. Vídeos mostram colunas de fumaça no céu, mas ainda não há informações sobre vítimas. Até o momento, o governo de Israel não se pronunciou sobre o assunto.

Hamas diz precisar de mais tempo para avaliar plano de paz de Trump

Nesta sexta-feira (3), o Hamas afirmou que precisa de mais tempo para analisar o plano de paz proposto por Donald Trump. O presidente dos Estados Unidos deu um ultimato de “três ou quatro dias” para o grupo palestino aceitar o acordo, que pretende acabar com a guerra na Faixa de Gaza.

Um alto comandante do grupo palestino disse à agência AFP, sob condição de anonimato, que o plano ainda está em debate e que essas discussões exigem mais tempo. Segundo uma fonte próxima à liderança, o grupo espera ajustar trechos relacionados ao desarmamento e à expulsão de seus integrantes.

Anteriormente, Mohamad Nazal, integrante do comitê político do grupo, declarou que o plano contém aspectos preocupantes: “Estamos em contato com os mediadores e com as partes árabes e islâmicas, e levamos muito a sério a possibilidade de alcançar um acordo. Em breve anunciaremos nossa posição”.

Trump dá ultimato ao Hamas

O presidente dos Estados Unidos afirmou, em postagem na rede social Truth Social, que o Hamas tem até domingo à noite, às 18h (horário de Washington, DC), para aceitar o acordo. Caso isso não ocorra, alertou que “inferno total” cairá sobre o grupo.

Ele afirmou que seu plano de paz para encerrar o conflito na Faixa de Gaza representa a última chance para os militantes do grupo palestino, que há anos ameaçam o Oriente Médio, e relembrou o ataque a civis israelenses em 7 de outubro de 2023.

“Teremos paz no Oriente Médio de uma forma ou de outra. A violência e o derramamento de sangue cessarão. Liberte os reféns, todos eles, incluindo os corpos daqueles que estão mortos. Todos os países assinaram. Se este acordo de última chance não for firmado, um inferno como ninguém jamais viu antes se abaterá sobre o Hamas. Haverá paz no oriente médio de uma forma ou de outra”, declarou.

Trump ainda pediu que todos os palestinos inocentes deixem imediatamente uma área de alto risco e se desloquem para regiões mais seguras da Faixa de Gaza.


Trump apresentou nesta segunda-feira sua proposta de paz para a Faixa de Gaza (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Entenda o plano de paz

O plano de paz é composto por 20 pontos e prevê a Faixa de Gaza como uma zona livre de grupos armados. Membros do Hamas poderiam receber anistia caso entreguem suas armas e se comprometam em conviver pacificamente.

Se implementado, Gaza seria governada por um comitê de palestinos tecnocratas e especialistas internacionais, sob supervisão de um órgão chamado “Conselho da Paz”, presidido por Trump, embora a participação de Israel nesse conselho não esteja definida.

De acordo com a Casa Branca, após a aceitação do plano, o Hamas teria 72 horas para liberar todos os reféns mantidos desde o início da guerra. A proposta também prevê a liberação de quase 2 mil prisioneiros palestinos por Israel e a distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, coordenada pela ONU e pelo Crescente Vermelho.

Enquanto a comunidade internacional recebeu a proposta positivamente, moradores de Gaza expressaram medo e desesperança diante da situação.

Anvisa recorre a autoridades internacionais para trazer antídoto do metanol ao Brasil

Devido aos recentes casos de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acionou autoridades internacionais para trazer ao Brasil o fomepizol, medicamento usado como antídoto contra o envenenamento pela substância.

Até o momento, o país contabiliza 59 casos de intoxicação, sendo 11 confirmados em laboratório e 48 ainda em investigação. O caso acendeu um alerta sanitário e pressionou o governo a acelerar a disponibilização do remédio, que ainda não chegou ao mercado nacional.

De acordo com a Anvisa, o fomepizol não tem registro sanitário no país, o que levou à busca internacional para suprir a demanda do SUS. A agência já consultou autoridades de países como Estados Unidos, Argentina, União Europeia, México, Canadá, Japão, Reino Unido, China, Suíça e Austrália sobre a autorização para comercializar o medicamento.

Para agilizar a importação, um edital foi publicado para identificar fabricantes e distribuidores internacionais capazes de fornecer o remédio imediatamente ao Ministério da Saúde.

Medidas emergenciais e orientação à população

Enquanto busca trazer o fomepizol para o Brasil, a Anvisa identificou mais de 600 farmácias de manipulação capazes de produzir etanol com pureza médica, considerado alternativa terapêutica ao medicamento em caso de necessidade. A agência também tem apoiado a Rede Nacional de Laboratórios de Vigilância Sanitária na análise de amostras suspeitas, com três laboratórios aptos até o momento: Lacen/DF, Laboratório Municipal de São Paulo e INCQS/Fiocruz.

O Ministério da Saúde criou uma Sala de Situação extraordinária para monitorar os casos de intoxicação por metanol e coordenar as medidas necessárias, que continuará em funcionamento enquanto o risco sanitário persistir.

Enquanto o medicamento não chega, a recomendação é que, em caso de suspeita de intoxicação, a população entre em contato com o Disque-Intoxicação (0800-722-6001), serviço que conecta 13 centros especializados em todo o país.


Contaminação de bebidas alcoólicas com metanol é um problema mundial (Vídeo: reprodução/YouTube/Band Jornalismo)

Riscos da intoxicação por metanol

O metanol é um álcool usado na indústria, presente em solventes e produtos químicos, e não é seguro para consumo humano, ao contrário do etanol encontrado nas bebidas alcoólicas. Por não ter cheiro, cor ou sabor, ele pode ser misturado ilegalmente a bebidas sem que o consumidor perceba.

Quando ingerido, ele é processado pelo fígado e transformado em substâncias altamente tóxicas, como o ácido fórmico, que podem causar visão borrada, tontura, dor abdominal e respiração acelerada. Em casos graves, a intoxicação pode levar à cegueira irreversível, falência de órgãos e morte, sendo essencial atendimento médico rápido.

O fomepizol é o tratamento de referência contra a intoxicação por metanol, pois bloqueia a conversão da substância em metabólitos tóxicos, protegendo o sistema nervoso e o fígado de danos graves.

Netanyahu critica líderes mundiais em discurso na ONU

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, condenou nesta sexta-feira (26), durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU, as críticas internacionais à guerra de Israel em Gaza e os líderes que reconheceram o Estado Palestino, acusando-os de ceder a “mídias tendenciosas, grupos islâmicos radicais e máfias antissemitas”.

Antes de começar a falar, Netanyahu foi vaiado ao subir ao púlpito, enquanto representantes de diversas delegações, incluindo o Brasil, deixaram a plenária da ONU.

No discurso, o premiê respondeu às ações de importantes aliados dos EUA, que, segundo ele, contribuíram para o isolamento diplomático de Israel em meio à guerra prolongada contra militantes do Hamas em Gaza.

Reconhecimento da Palestina

Nesta semana, França, Reino Unido, Canadá, Austrália e outras nações participaram de uma conferência na ONU para discutir a coexistência pacífica entre Israel e o Estado palestino, iniciativa criticada pelo primeiro-ministro israelense. Até o momento, mais de 145 países-membros da ONU já reconhecem a Palestina.

“Vocês sabem que mensagem os líderes que reconheceram o Estado Palestino esta semana enviaram aos palestinos? É uma mensagem clara: matar judeus compensa”, afirmou.



Ele seguiu acusando líderes mundiais de promover uma “guerra política e legal contra Israel”, afirmando que muitos países se curvam diante das dificuldades: “Existe um ditado: quando as coisas ficam difíceis, os fortes entram em ação. Para muitos países aqui, porém, quando as coisas ficaram difíceis, vocês se curvam. E aqui está o resultado vergonhoso desse colapso.”

Conflito em Gaza

Ao comentar a guerra em Gaza, Netanyahu afirmou que o apoio internacional a Israel desapareceu rapidamente após o ataque de 7 de outubro, quando o país reagiu como “qualquer nação que se respeitasse faria”. Ele também destacou as vitórias de Israel contra o Hamas e outros grupos militantes apoiados pelo Irã, lembrando os ataques que deixaram cerca de 1.200 mortos e 48 reféns em Gaza.

“Grande parte do mundo não se lembra mais de 7 de outubro. Mas nós nos lembramos”, disse.

Segundo autoridades de saúde locais, a resposta militar de Israel em Gaza resultou na morte de mais de 65 mil pessoas e causou destruição generalizada no território.

Terra ultrapassa 7 dos 9 limites planetários, aponta estudo

Um relatório divulgado recentemente pelo Instituto Potsdam para Pesquisa sobre o Impacto Climático (PIK) aponta que a Terra já ultrapassou sete dos nove limites planetários, indicadores científicos que avaliam se o planeta ainda está em condições seguras para sustentar a vida.

A atualização do levantamento de 2025 revela que a acidificação dos oceanos, que estava no limite no ano passado, já passou da fronteira de segurança. Em 2024, seis processos estavam em situação crítica.

Acidificação ameaça ecossistemas marinhos

A queda confirmada do pH já provoca danos em espécies marinhas como os pterópodes, pequenos caracóis que sustentam cadeias alimentares, ameaçando recifes de corais, moluscos e ecossistemas inteiros, além de comprometer o papel fundamental do oceano como regulador climático e fornecedor de oxigênio.

“O oceano está se tornando mais ácido, os níveis de oxigênio estão caindo e as ondas de calor marinhas estão aumentando. Isso pressiona um sistema vital para estabilizar o planeta”, afirmou Levke Caesar, coautora do relatório.


Diagrama dos limites planetários (Foto: reprodução/PIK)

Segundo o relatório, a mudança é causada pelo aumento de dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera, principalmente devido à queima de combustíveis fósseis, desmatamento e alterações no uso da terra. Ao longo do período industrial, a acidez da água do mar subiu entre 30% e 40%, refletindo uma queda de cerca de 0,1 unidade no pH.

Planeta em risco

Pesquisadores do PIK alertam que a temperatura global precisa ser controlada para evitar a intensificação de desastres climáticos. 

“Mais de três quartos dos sistemas de suporte da Terra não estão na zona de segurança. A humanidade está ultrapassando os limites de um espaço operacional seguro, aumentando o risco de desestabilização do planeta”, afirma Johan Rockström, diretor do PIK.

Os limites planetários foram propostos por Rockström em 2009 e funcionam como um alerta para a emergência climática. Atualmente, apenas dois permanecem dentro da zona segura — carga de aerossóis e camada de ozônio —, enquanto sete já foram rompidos: mudanças no uso da terra, mudanças climáticas, perda de biodiversidade, ciclo do nitrogênio e fósforo, uso de água doce, poluição química e acidificação dos oceanos.

Trump troca foto de Biden por “caneta automática” na Casa Branca

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, inaugurou a “Presidential Walk of Fame” (Calçada da Fama Presidencial) na Casa Branca nesta quarta-feira (24). Na nova galeria de retratos presidenciais, Trump colocou uma foto de uma “autopen”, caneta automática usada para assinar documentos, no lugar de uma imagem do antecessor, Joe Biden, acusando-o de fazer uso excessivo do equipamento.

“A Calçada da Fama Presidencial chegou à Colunata da Ala Oeste”, publicou Margo Martin, assistente especial do presidente e assessora de comunicação, no X, acompanhando um vídeo que exibe fotos em preto e branco de presidentes em molduras douradas.

A Casa Branca também divulgou uma imagem de Trump, cujas fotos como 45º e 47º presidente dos Estados Unidos foram colocadas ao lado da de Joe Biden. Em vez de um retrato oficial, o ex-presidente democrata é representado por uma foto da caneta automática, acompanhada da sua assinatura. Trump e aliados no Congresso afirmam que o uso do equipamento fazia parte de um suposto plano para ocultar limitações cognitivas do antecessor.

Pronunciamento de Biden

Na época em que surgiram acusações sobre uma suposta tentativa de esconder deteriorações cognitivas do ex-presidente, Biden refutou as insinuações de Trump em comunicado: “Deixe-me ser claro: eu tomei as decisões durante minha presidência. Tomei decisões sobre perdões, ordens executivas, legislações e proclamações. Qualquer sugestão de que não o fiz é ridícula e falsa.”

Ainda não houve manifestação de Biden ou de sua assessoria sobre a nova exibição.


 Calçada da Fama Presidencial (Foto: reprodução/AFP/SAUL LOEB/Getty Images Embed)

Trump já havia indicado que o retrato de seu antecessor seria substituído por uma imagem da autopen. Em entrevista ao The Daily Caller, ele afirmou que nem todos os presidentes seriam representados da mesma forma e, ao ser questionado sobre Biden, confirmou a decisão: “Vamos colocar uma foto da autopen automática.”

Reformas e mudanças na Casa Branca

O presidente norte-americano fez várias mudanças na decoração da Casa Branca, que tem mais de 200 anos, incluindo a renovação do Salão Oval com ornamentos dourados, a instalação de grandes mastros de bandeira e a construção de um salão de festas de grandes proporções, aparentemente financiado com recursos próprios.

Ele também realizou reformas no Jardim das Rosas da Casa Branca no início do verão, substituindo a grama por mármore e pedras, instalando nova iluminação e caixas de som para eventos. O espaço, em estilo de pátio e inspirado em Mar-a-Lago, foi batizado de “Rose Garden Club”.

O republicano também reposicionou o quadro de Barack Obama e, rompendo com a tradição, passou a exibir vários retratos próprios na Casa Branca. Anteriormente, ele já havia alterado a disposição de retratos de George W. Bush e chegou a substituir o retrato da ex-primeira-dama Hillary Clinton por um de si mesmo.

Trump afirma ter sido sabotado na ONU e exige investigação

Nesta quarta-feira (24), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma publicação na rede social Truth Social exigindo uma investigação após afirmar ter sofrido uma sabotagem durante a Assembleia Geral da ONU, citando problemas na escada rolante e no teleprompter.

“Uma verdadeira vergonha aconteceu nas Nações Unidas ontem. Não um, não dois, mas três eventos muito sinistros! (…) Isso não foi uma coincidência, foi uma tripla sabotagem na ONU. Eles deveriam ter vergonha. Estou enviando uma cópia desta carta ao secretário-geral e exijo uma investigação imediata. (…) O Serviço Secreto está envolvido”, disse.

Imprevistos durante o evento

Trump esteve na sede da ONU para discursar na Assembleia Geral, acompanhado de Melania e de sua comitiva. Durante o evento, ele afirmou ter enfrentado três falhas técnicas: a escada rolante parou de repente, o teleprompter não funcionou e o som do auditório foi desligado, o que teria impedido os líderes de ouvirem seu discurso.

Em sua fala, o presidente norte-americano mencionou o episódio ao direcionar críticas à ONU: “Acabei com sete guerras, negociei com os líderes desses países e nunca recebi um telefonema das Nações Unidas oferecendo ajuda para finalizar o acordo. Tudo o que recebi das Nações Unidas foi uma escada rolante que, na subida, parou bem no meio.”


Confira o discurso completo de Donald Trump na ONU (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)

O presidente descreveu os episódios como uma “sabotagem tripla”, solicitando que a ONU preservasse as imagens das câmeras de segurança e cobrando uma investigação. Ele afirmou que o Serviço Secreto está apurando o caso.

ONU rebate alegações

Em resposta às acusações, a organização se pronunciou esclarecendo os imprevistos. Sobre as falhas no teleprompter — equipamento que projeta o discurso em uma tela para auxiliar o orador —, a ONU informou que ele estava sendo operado pela própria Casa Branca.

O porta-voz Stéphane Dujarric afirmou que a escada rolante parou após o acionamento de um mecanismo de segurança e explicou que o cinegrafista de Trump, ao subir de costas para filmar a chegada com Melania, provavelmente acionou o mecanismo sem querer.

“O mecanismo de segurança é projetado para impedir que pessoas ou objetos sejam acidentalmente presos ou puxados para a engrenagem. O videógrafo pode ter acionado inadvertidamente a função de segurança”, afirma o comunicado.

Sobre a alegação de que o som do auditório estava desligado, as autoridades da ONU afirmaram que o sistema foi projetado para permitir que os delegados ouvissem os discursos traduzidos em seis idiomas por meio de fones de ouvido.