Netanyahu critica líderes mundiais em discurso na ONU

Premiê israelense afirma que apoio internacional desapareceu após ataques de 7 de outubro e promete “concluir o trabalho” em Gaza

26 set, 2025
Benjamin Netanyahu na Assembleia Geral da ONU | Reprodução/David Dee Delgado/Bloomberg/Getty Images Embed
Benjamin Netanyahu na Assembleia Geral da ONU | Reprodução/David Dee Delgado/Bloomberg/Getty Images Embed

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, condenou nesta sexta-feira (26), durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU, as críticas internacionais à guerra de Israel em Gaza e os líderes que reconheceram o Estado Palestino, acusando-os de ceder a “mídias tendenciosas, grupos islâmicos radicais e máfias antissemitas”.

Antes de começar a falar, Netanyahu foi vaiado ao subir ao púlpito, enquanto representantes de diversas delegações, incluindo o Brasil, deixaram a plenária da ONU.

No discurso, o premiê respondeu às ações de importantes aliados dos EUA, que, segundo ele, contribuíram para o isolamento diplomático de Israel em meio à guerra prolongada contra militantes do Hamas em Gaza.

Reconhecimento da Palestina

Nesta semana, França, Reino Unido, Canadá, Austrália e outras nações participaram de uma conferência na ONU para discutir a coexistência pacífica entre Israel e o Estado palestino, iniciativa criticada pelo primeiro-ministro israelense. Até o momento, mais de 145 países-membros da ONU já reconhecem a Palestina.

“Vocês sabem que mensagem os líderes que reconheceram o Estado Palestino esta semana enviaram aos palestinos? É uma mensagem clara: matar judeus compensa”, afirmou.



Ele seguiu acusando líderes mundiais de promover uma “guerra política e legal contra Israel”, afirmando que muitos países se curvam diante das dificuldades: “Existe um ditado: quando as coisas ficam difíceis, os fortes entram em ação. Para muitos países aqui, porém, quando as coisas ficaram difíceis, vocês se curvam. E aqui está o resultado vergonhoso desse colapso.”

Conflito em Gaza

Ao comentar a guerra em Gaza, Netanyahu afirmou que o apoio internacional a Israel desapareceu rapidamente após o ataque de 7 de outubro, quando o país reagiu como “qualquer nação que se respeitasse faria”. Ele também destacou as vitórias de Israel contra o Hamas e outros grupos militantes apoiados pelo Irã, lembrando os ataques que deixaram cerca de 1.200 mortos e 48 reféns em Gaza.

“Grande parte do mundo não se lembra mais de 7 de outubro. Mas nós nos lembramos”, disse.

Segundo autoridades de saúde locais, a resposta militar de Israel em Gaza resultou na morte de mais de 65 mil pessoas e causou destruição generalizada no território.

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