Eduardo Bolsonaro revela participação em reuniões e sanções dos EUA contra autoridades brasileiras

Nesta terça-feira (22), Eduardo Bolsonaro declarou em live com o jornalista Paulo Figueiredo que os dois participaram de algumas conversas entre governantes dos EUA pouco antes do anúncio da taxação sobre produtos brasileiros. Segundo Paulo, o jornalista e Eduardo teriam se reunido com Trump e sugerido aplicação de sanções contra autoridades brasileiras, mas que o presidente americano teria preferido o “tarifaço”.

Sanções a Alexandre de Moraes e outros governantes

Ainda na live, o jornalista disse que as reuniões nos Estados Unidos teriam começado há três anos, após as eleições de meio de mandato e ascensão do partido de Donald Trump na Câmara.

Quando Paulo citou os encontros com o presidente americano, afirmou que no início das discussões ele e Eduardo teriam levantado a ideia de sanções sobre governantes brasileiros, mas que Trump preferiu o aumento de tarifas sobre exportações do Brasil, entendida por Paulo e o deputado licenciado como não sendo a melhor escolha.


Jornalista Paulo Figueiredo (Foto: reprodução/Mandel Ngan/Getty Images Embed)

“Nós não determinamos o que o governo americano faz. Na nossa opinião, esta medida não era a melhor medida a ser aplicada nesse momento. Nós advogamos na direção de sanções direcionadas aos agentes principais da ditadura. Essa era a nossa opinião”, declarou o jornalista.

Sobre as sanções, Eduardo Bolsonaro ainda disse que uma de suas principais proposta eram medidas individuais a Alexandre de Moraes, ministro do STF, e também afirmou que caso a sanção não tivesse repercussão, estenderia a penalidade a outras autoridades.


Eduardo Bolsonaro e o presidente americano Donald Trump (Foto: reprodução/Joyce N. Boghosian/Casa Branca)

“Depois, caso isso daí não surtisse efeito, seguir adiante em todas as demais autoridades que dão suporte para esse regime, porque o Alexandre de Mores, ele não age sozinho, ele age com o amparo de outras autoridades brasileiras., disse Eduardo.

Tarifas sobre o Brasil

Mesmo afirmando que o “tarifaço” não fosse a “melhor arma” contra os supostos abusos de poder por parte do Supremo Tribunal Federal inicialmente, em suas redes sociais e em entrevista à TV Globo na última quarta-feira (16), o deputado licenciado concordou com a medida adotada pelo presidente americano,  e declarou que, em sua visão, a taxação em mais de 40 % sobre exportações brasileiras seria uma alavanca para outras medidas de retaliação contra as determinações do ministro Alexandre de Moraes.

 

 

Moraes pede explicações à defesa de Bolsonaro sobre violação de restrições

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou, nesta segunda-feira (21), que os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prestem esclarecimentos sobre um suposto descumprimento de medidas cautelares do ex-chefe de Estado brasileiro. Caso sua defesa não se manifeste dentro do prazo de 24 horas, Bolsonaro poderá ter sua prisão decretada pelo ministro.

Conversa com a imprensa

A determinação de Moraes ocorre após o ex-presidente conversar com a imprensa na saída da Câmara dos Deputados, em Brasília, nesta segunda-feira, após sua participação em uma reunião do Partido Liberal (PL), legenda na qual Bolsonaro é filiado desde 2021. Além de responder perguntas, o investigado por tentativa de golpe de Estado mostrou sua tornozeleira eletrônica que está usando após decisão do STF.

Sobre o uso de tornozeleira, Bolsonaro se diz inocente, que não subtraiu bens dos cofres públicos, tão pouco cometeu assassinato ou tráfico para que tal medida fosse tomada, afirmando ainda que a decisão sobre suas restrições é um símbolo da máxima humilhação ocorrida no país. O ex-presidente complementou a sua fala afirmando que enfrentará tudo e todos.


Bolsonaro mostra tornozeleira eletrônica para a imprensa (Foto: reprodução/José Osorio/AFPTV/AFP/Getty Images Embed)

Proibições impostas

O ministro Alexandre de Moraes já havia determinado nesta segunda-feira que Bolsonaro estava proibido de participar de transmissões em redes sociais, seja em perfis de sua autoria, ou de terceiros.

A determinação é parte das medidas cautelares impostas no inquérito que apura ataques praticados pelo ex-presidente à soberania nacional. Não à toa, Bolsonaro cancelou uma entrevista que estava agendada para ocorrer no início da tarde desta segunda. De acordo com seus assessores, o ex-capitão do exército temeu que o evento pudesse ferir as restrições judiciais. Entretanto, as medidas não impossibilitam Bolsonaro de conceder entrevistas, mas sim, que essas sejam retransmitidas por ele, ou por seus pares.

Indo de encontro as determinações de Moraes, a declaração dada por Bolsonaro na Câmara dos Deputados foi divulgada por veículos de imprensa e por seu filho, Eduardo. Sendo assim, o ministro do STF considerou que tais atitudes violam as medidas cautelares impostas por ele, que, em resposta, anexou imagens de capturas de telas como provas de descumprimento.

Moraes reforça proibição do uso das redes sociais de Bolsonaro

Nesta segunda-feira (21), o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, reforçou a proibição do uso de redes sociais por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A proibição inclui a não transmissão e veiculação de áudios, vídeos, nos perfis, seja de Bolsonaro, ou de terceiros.

Proibição detalhada

A pedido da Polícia Federal, o ministro já havia, na última sexta-feira (18), imposto restrições quanto ao uso das redes por parte do ex-presidente. Entretanto, essa medida não foi tão detalhada quanto a imposta nesta segunda-feira.

Em comunicado realizado do início desta semana, Moraes afirma que a medida que limita a atividade de Bolsonaro em seus perfis nas redes sociais, ou de terceiros, impossibilita o ex-chefe de Estado brasileiro de veicular qualquer tipo de mídia. O ministro ainda alerta que o investigado por tentativa de golpe de Estado não poderá se valer de tais meios para burlar a decisão, sob pena de revogação imediata e decretação de sua prisão.

As medidas cautelares impostas a Bolsonaro ocorreram após a Polícia Federal reunir indícios que apontam crimes de coação, obstrução e atentado a soberania do país. Segundo Alexandre de Moraes, Bolsonaro confessou uma tentativa de extorsão contra a justiça nacional ao atrelar o fim da tarifa de 50% imposta pelo presidente norte-americano, Donald Trump, ao Brasil, com a sua própria anistia.

Para o Supremo, a Polícia Federal afirmou que Bolsonaro e o seu filho Eduardo fizeram movimentações recentes junto a autoridades norte-americanas com o intuito de possuir a imposição de sanções contra agentes públicos brasileiros.


Ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro com sua tornozeleira eletrônica ao deixar o Congresso Nacional em Brasília (Foto: reprodução/
José Osorio/AFPTV/AFP/Getty Images Embed)

Medidas restritivas

Além da proibição do uso de suas redes sociais, Bolsonaro também passa a usar tornozeleira eletrônica para ter seus passos monitorados, uma vez que a justiça enxerga risco de fuga do ex-presidente. O político do Partido Liberal também está proibido de sair de sua casa a noite e nos finais de semana, além de ter o contato com seus filhos, diplomatas e outros investigados restringidos.

Perícia em pen drive ligado a Bolsonaro aponta conteúdo irrelevante, diz PF

A perícia realizada no pen drive encontrado no banheiro da casa de Jair Bolsonaro (PL) foi concluída. A Polícia Federal informou que o dispositivo não possui informações úteis para a investigação de crimes contra o Estado Democrático de Direito, que recentemente o ex-presidente foi apontado em alegações da PGR. O jornalista César Tralli, da TV Globo e GloboNews, trouxe essa informação com exclusividade nesta segunda-feira (21).

Na sexta-feira (18), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a operação da Polícia Federal na residência de Bolsonaro, que passou a usar tornozeleira eletrônica e recebeu novas restrições, como a proibição do uso de redes sociais e do contato com familiares. O pen drive foi encontrado durante a revista no banheiro.

Bolsonaro está usando tornozeleira eletrônica

Bolsonaro, entretanto, se defendeu, dizendo não saber do que se tratava o pen drive e que ficou surpreso com a existência do objeto em seu banheiro. Em coletiva de imprensa realizada na sede da Polícia Federal, ele afirmou que perguntaria à sua esposa, Michelle Bolsonaro, se o pen drive era dela. “Eu não tenho nem laptop em casa para mexer com pen drive. A gente fica preocupado com isso”, comentou. Ele ainda chegou a dizer que era preocupante um agente pedir pra usar o banheiro e voltar com um pen drive na mão.


Ato pró-Bolsonaro contra medidas do STF e PGR ao ex-presidente (Foto: reprodução/X/@ErikakHilton)

As medidas restritivas ao ex-presidente foram determinadas após a divulgação das alegações finais da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre cinco crimes pelos quais Bolsonaro e alguns aliados são acusados. O órgão também pediu uma condenação de até 43 anos de prisão para o ex-presidente. O procurador Paulo Gonet apresentou o relatório na semana passada, em meio a ataques de Donald Trump ao Brasil por conta da investigação envolvendo Bolsonaro.

Perícia do pen drive de Bolsonaro

A perícia foi realizada na sede da Polícia Federal ainda na sexta-feira (18), e os dados estavam previstos para serem encaminhados à investigação nesta segunda-feira (21). Até então, o laudo era mantido sob sigilo.

Eduardo Bolsonaro terá falas com ameaças à PF inclusas em processo

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro voltou a causar no meio político após proferir falas em tom ameaçador a delegados da Polícia Federal e ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, em live realizada em suas redes sociais neste domingo (20).

Na mesma transmissão, o político também afirmou que não pretende voltar ao Brasil e não irá renunciar ao seu mandato pelos próximos três meses.

Ameaças durante live no YouTube

Neste domingo (20) Eduardo Bolsonaro voltou às redes sociais e fez novas ameaças a Polícia Federal e ao STF. Os alvos foram os delegados da instituição e o ministro Alexandre de Moraes, que participam das investigações contra seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de estado.

Em determinado momento da transmissão, o deputado federal licenciado chegou a usar um tom intimidador ao se referir aos funcionários da PF, dizendo que iria se “mexer” para prejudicá-los futuramente. “Deixa eu saber não, irmão. Se eu ficar sabendo quem é você, eu vou me mexer aqui”, ameaçou. Eduardo ainda usou um tom pejorativo ao se referir ao funcionário como “Cachorrinho da Polícia Federal”.

Em dado momento, citou o nome de Fábio Alvarez Shor, um dos delegados envolvidos nas investigações contra o ex-presidente Bolsonaro, perguntando se ele os conhecia, se referindo a sua família. “Eu to disposto a ir até as últimas consequências. Será que o Barroso tá?”, afirmou. As ofensas também foram voltadas ao ministro do STF. “O Alexandre Moraes é um psicopata, ele não é uma pessoa igual a você”, disse o deputado afirmando que não iria recuar e que não está sozinho.


Eduardo Bolsonaro volta a ameaçar autoridades brasileiras (Foto: reprodução/Tomas Cuesta/Getty Images Embed)

Ameaças serão incluídas em processo

Diante das graves ameaças, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues afirmou que as falas ofensivas e intimidadoras serão inclusas ao processo no STF contra o parlamentar. “Recebi com indignação mais essa covarde tentativa de intimidação aos servidores policiais. Vamos instruir o inquérito em andamento, com mais esse ataque às instituições (agora diretamente a PF), fato que se soma aos demais sob investigação”, disse Andrei Rodrigues.

Eduardo Bolsonaro é acusado de articulação com o governo norte-americano na aplicação de sanções econômicas ao Brasil, em troca do aceite da anistia ao seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro e aos condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2022. Outras acusações contra Eduardo Bolsonaro incluem atentado a soberania brasileira, coação no curso do processo e obstrução de investigação de infração.

Sua licença parlamentar venceu no domingo (20) e durante a live, o deputado disse que não iria voltar ao Brasil, já que corre o risco de ser preso, e pretende estender o seu afastamento por mais três meses. Nesta segunda-feira (21), o político voltará a receber seu salário parlamentar, que é de R$ 46,3 mil por mês.

Moraes ordena que Bolsonaro passará a usar tornozeleira além de outras restrições

Na manha detsa sexta-feira (18), Bolsonaro esteve na mira da PF. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) utilize tornozeleira eletrônica, além de cumprir outras medidas restritivas no âmbito do inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado.

Decisão inclui tornozeleira, veto a redes e restrição familiar

A decisão foi tomada no curso das investigações conduzidas pela Polícia Federal com autorização do STF. Entre as medidas impostas pelo ministro Alexandre de Moraes contra Jair Bolsonaro, estão a obrigatoriedade de uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de contato com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu filho, e a proibição de uso de redes sociais. As demais medidas são o recolhimento domiciliar obrigatório entre 19h e 7h, além de permanência em casa durante os finais de semana; proibição de contato com embaixadores e diplomatas estrangeiros, sob qualquer forma; restrição de aproximação física de embaixadas, medida relacionada a declarações do próprio Bolsonaro, que em novembro de 2024 afirmou ser alvo de perseguição e cogitou buscar refúgio diplomático caso fosse decretada sua prisão; vedação de comunicação com outros investigados e réus do mesmo inquérito.

Ainda na manhã desta sexta-feira(18), agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao ex-presidente. Entre os locais vistoriados estão sua residência e seu escritório político na sede do Partido Liberal, em Brasília


PF cumpre mandato de busca e apreensão na residência do ex-presidente (Vídeo: Reprodução/Youtube/Metrópoles)

Fontes próximas ao ex-presidente confirmaram que Bolsonaro foi levado por policiais para a instalação imediata da tornozeleira em uma das pernas. Até o momento, a defesa do ex-mandatário não se pronunciou oficialmente sobre a decisão de Moraes.

Investigação sobre tentativa de golpe avança

A determinação de medidas restritivas ocorre no contexto da investigação do STF sobre supostas articulações golpistas envolvendo membros do alto escalão do governo anterior. Jair Bolsonaro é investigado como potencial beneficiário e incentivador de ações que visavam deslegitimar o processo eleitoral e as instituições democráticas, o qual nega acusações.

A investigação também apura a disseminação de fake news e a incitação de atos antidemocráticos por meio das redes sociais, principal canal de comunicação de Bolsonaro com sua base de apoio.

Bolsonaro afirma que irá enfrentar julgamento no STF por não ter alternativa

Em uma coletiva com jornalistas nesta quinta-feira (17), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou sobre o documento final enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela Procuradoria Geral da República (PGR) no início da semana. O político minimizou as acusações contidas no parecer e afirmou que irá enfrentar o julgamento, por não ter outra alternativa. 

Precedido pela escuta das testemunhas e dos interrogados, este relatório é a última etapa que antecede o julgamento, ainda sem data marcada. O processo analisa denúncias sobre a elaboração de um plano de golpe de Estado e julga o chamado “núcleo crucial” dessa tentativa. 

Bolsonaro minimiza acusações

Para jornalistas, Bolsonaro declarou que irá “enfrentar o julgamento, não tem outra alternativa”. O ex-presidente também questionou suas acusações, argumentando que buscou uma saída legal, na Constituição. “Conversar sobre Constituição é golpe de Estado?”, indagou o ex-presidente.


Jair Bolsonaro em coletiva de imprensa (Vídeo: reprodução/YouTube/Metrópoles)

Documento final da PGR 

Encaminhado nesta última segunda-feira (14), o parecer final foi assinado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. No documento, foram listadas as provas reunidas durante a investigação, as acusações detalhadas de cada um dos oito réus e um pedido de condenação a todos que integram o chamado “núcleo 1” da trama golpista: Jair Messias Bolsonaro, Augusto Heleno, Walter Braga Netto, Mauro Cid, Alexandre Ramagem, Paulo Sérgio Nogueira, Anderson Torres e Almir Garnier.

No relatório, Gonet solicitou a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelos seguintes crimes: 

  • Liderar organização criminosa;
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, 
  • Tentativa de golpe de Estado; 
  • Dano qualificado ao patrimônio público
  • Deterioração de patrimônio tombado

Com a publicação do parecer final, discorre o prazo de 15 dias para a manifestação da defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e delator do caso. Passado o tempo, as defesas dos demais acusados, entre elas a de Bolsonaro, poderão se manifestar. 

Lula veta projeto para aumentar número de deputados

Na manhã desta quinta-feira(17) foi publicado no Diário Oficial da União o veto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o projeto que aumenta o número de deputados.

A proposta tem com objetivo aumentar número de deputados dos atuais 513 para 531 a partir das eleições de 2026 e tem recebido críticas da população.

Proposta vai contra decisão do STF

A proposta partiu de uma decisão do Supremo Tribunal Federal que determinou a readequação das cadeiras do Congresso com base nos dados do censo realizado em 2022.

A decisão do STF visava uma redistribuição das 513 vagas na Câmara dos Deputados para estados que aumentaram o número de moradores, como Amazonas, Santa Catarina, Goiás e Pará. Além disso, diminuiria vagas de estados com perda populacional como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Piauí.

Porém, o Congresso decidiu por aumentar o número de cadeiras ao invés de fazer a redistribuição amparado na decisão do STF e chegou ao número de 531 deputados.

População reprova projeto

Apesar do interesse dos deputados no aumento de cadeiras no Congresso, segundo pesquisa realizada pela Quaest divulgada ontem(16), 85% da população brasileira é contra a ampliação do número de deputados.

Um dos fatores para a população ir contra é o efeito direto no orçamento, com o qual pode aumentar em R$ 150 milhões os gastos do governo com o parlamento.




Aumento de cadeiras na Câmara deve ter impacto em todas as esferas (Foto: Divulgação/Site/Câmara dos Deputados)

Outro fator que implica na medida ser impopular é o efeito cascata que pode causar com o aumento de cadeiras em âmbito federal também chegar ao âmbito estadual e municipal fazendo com que as câmaras regionais, aumentasse o número de deputados e vereadores nos próximos pleitos aumentando os gastos dos estados e municípios fazendo com que aumente mais o custo de manter os congressos com mais políticos no cargo.

Veto será analisado pelo Congresso

Com toda essa polêmica, o veto ainda será analisado pelo Congresso, que pode manter ou derrubar a decisão.

Segundo analistas, a expectativa é de que o Congresso derrube o veto do presidente e o projeto passe a valer já para o pleito de 2026, aumentando os gastos do governo.

No entanto, mesmo baseado em decisão do Supremo, o Governo Federal pode tentar recurso na corte para que o atual número de cadeiras seja mantido, fazendo apenas a readequação aprovada pelos magistrados em 2023.

Carla Zambelli cria perfil alternativo, faz críticas ao STF e comenta sobre política

A deputada Carla Zambelli (PL-SP) foi condenada a 10 anos de prisão por falsidade ideológica e invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça. Desde 4 de junho, ela está proibida de usar redes sociais por determinação do ministro Alexandre de Moraes, que também ordenou sua prisão preventiva.

Entretanto, a deputada segue ativa nas mídias sociais mesmo após o bloqueio dos seus perfis oficiais, pois criou um perfil alternativo qual voltou a aparecer e postar sobre política e suas opiniões contra o STF.

Motivo de Zambelli ser condenada

A primeira Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu por unanimidade condenar a deputada Carla Zambelli e o hacker Walter Delgatti Neto pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. A decisão foi tomada no dia 16 de abril deste ano.

Zambelli recebeu a pena de 10 anos de prisão em regime fechado, além da multa equivalente a dois mil salários mínimos. Já Delgatti foi condenado a oito anos e três meses de prisão, também em regime fechado, e multa de 480 salários mínimos.

Ambos deverão pagar uma indenização de R$ 2 milhões por danos materiais e morais coletivos. Eles seguem inelegíveis desde a condenação e irão permanecer assim por oito anos após cumprir a pena.


Carla Zambelli em perfil alternativo (Vídeo: reprodução/Instagram/@carlazambellireserva)

A deputada está foragida

Zambelli é considerada foragida há mais de um mês. Após Moraes atender um pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) em determinar a prisão preventiva da deputada, a mesma realizou uma viagem para o exterior e atualmente se encontra na Itália

A ordem de prisão inclui o bloqueio de bens, contas bancárias, redes sociais e seu nome na difusão vermelha da Interpol. O advogado de Carla, Fábio Pagnozzi, negou que ela esteja foragida, e sim que ela está à disposição das autoridades italianas. Segundo as leis da Itália, a deputada poderá ser presa no nome da Interpol e com base nas decisões do STF.


primeira publicação da deputada no novo perfil (Foto: reprodução/Instagram/@carlazambellireserva)

Perfil alternativo de Zambelli

A deputada federal criou um novo perfil alternativo no Instagram. A conta foi criada em maio de 2025 e segue com cerca de 5.000 seguidores, a plataforma tem sido usada para comentar sobre política e reforçar as suas críticas ao Supremo Tribunal Federal.

A primeira postagem do perfil foi no dia 13 de junho, ou seja, 10 dias após seus perfis oficiais saírem do ar, por meio de uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, no dia 4 de junho. Uma das publicações é um vídeo com críticas diretas a Moraes e ao atual governo federal em relação às tarifas impostas pelos Estados Unidos.

O vídeo, no qual a deputada dispara críticas, qual ela é chama as tarifas dos Estados Unidos de “taxa Moraes”: “Na verdade, isso vai afetar cada um dos brasileiros, pode trazer muita recessão, crise econômica, desemprego, mas quem são os verdadeiros culpados? De onde está saindo o que se chama taxa Moraes?”, além disso, se diz preocupada com o que acontece no Brasil.

Governo Trump faz nova declaração dizendo acompanhar de perto caso Bolsonaro

O governo de Donald Trump voltou a fazer ameaças ao Brasil na última segunda-feira (14), quando um subsecretário fez uma postagem no X afirmando que o presidente norte-americano está acompanhando de perto os desdobramentos do caso de Jair Bolsonaro.

O comunicado foi publicado em uma conta governamental na rede social, afirmando que Trump “impôs consequências” a Alexandre de Moraes e ao governo Lula, pelos ataques ao ex-presidente Jair Bolsonaro, à liberdade de expressão e ao comércio com os Estados Unidos.

Darren Beattie é subsecretário para Diplomacia Pública da Secretaria de Estado dos EUA, órgão responsável pelas negociações comerciais e relações diplomáticas com outros países, incluindo o Brasil.

Embates entre Trump e Lula

Beattie fez referência à medida anunciada por Trump na semana passada, que prevê uma taxação de 50% sobre produtos brasileiros exportados, por motivos econômicos e políticos. O presidente Lula respondeu que utilizará a Lei da Reciprocidade Econômica (ou seja, também taxará os Estados Unidos em 50%) e pediu respeito à soberania do Estado brasileiro.


Such attacks are a disgrace and fall well below the dignity of Brazil’s democratic… pic.twitter.com/jmwJbGDrpR

— Senior Official for Public Diplomacy (@UnderSecPD) July 14, 2025

Darren Beattie faz postagem em tom de ameaça ao Brasil (Foto: reprodução/X/@UnderSecPD)

“Tais ataques são uma vergonha e estão muito abaixo da dignidade das tradições democráticas do Brasil. As declarações do presidente Trump são claras. Estaremos observando atentamente”, finalizou o subsecretário Darren em nota divulgada.

Trump também acusa o Brasil de se beneficiar dos acordos comerciais com os EUA. Entretanto, o Brasil acumula um déficit comercial de R$ 410 bilhões com os EUA, de acordo com o presidente Lula.

Recentemente, a ex-concorrente de Donald Trump nas eleições de 2016, Hillary Clinton, fez uma série de críticas à medida de tarifas do atual presidente para o Brasil e acusou o governo de favorecer Jair Bolsonaro.

PGR pede condenação de Bolsonaro

A postagem foi feita no mesmo dia em que eram esperadas as alegações finais da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre as acusações contra Jair Bolsonaro. No final da noite da última segunda-feira (14), o procurador Paulo Gonet apresentou a participação do ex-presidente em cinco crimes, incluindo tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, além de sugerir uma condenação de até 43 anos para Bolsonaro.

Em breve, Bolsonaro e outros sete réus serão julgados pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), onde poderá ser confirmada a condenação ou a absolvição. Desde a divulgação das alegações da PGR, não houve outro pronunciamento de Donald Trump ou de qualquer membro da Casa Branca.