Bolsonaro afirma que irá enfrentar julgamento no STF por não ter alternativa

Ex-presidente alegações enviadas pelo procurador-geral, Paulo Gonet, ao STF; documento solicita condenação do “núcleo 1” da trama golpista

17 jul, 2025
Ex-presidente Jair Bolsonaro | Reprodução/SERGIO LIMA/Getty Images Embed
Ex-presidente Jair Bolsonaro | Reprodução/SERGIO LIMA/Getty Images Embed

Em uma coletiva com jornalistas nesta quinta-feira (17), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou sobre o documento final enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela Procuradoria Geral da República (PGR) no início da semana. O político minimizou as acusações contidas no parecer e afirmou que irá enfrentar o julgamento, por não ter outra alternativa. 

Precedido pela escuta das testemunhas e dos interrogados, este relatório é a última etapa que antecede o julgamento, ainda sem data marcada. O processo analisa denúncias sobre a elaboração de um plano de golpe de Estado e julga o chamado “núcleo crucial” dessa tentativa. 

Bolsonaro minimiza acusações

Para jornalistas, Bolsonaro declarou que irá “enfrentar o julgamento, não tem outra alternativa”. O ex-presidente também questionou suas acusações, argumentando que buscou uma saída legal, na Constituição. “Conversar sobre Constituição é golpe de Estado?”, indagou o ex-presidente.


Jair Bolsonaro em coletiva de imprensa (Vídeo: reprodução/YouTube/Metrópoles)

Documento final da PGR 

Encaminhado nesta última segunda-feira (14), o parecer final foi assinado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. No documento, foram listadas as provas reunidas durante a investigação, as acusações detalhadas de cada um dos oito réus e um pedido de condenação a todos que integram o chamado “núcleo 1” da trama golpista: Jair Messias Bolsonaro, Augusto Heleno, Walter Braga Netto, Mauro Cid, Alexandre Ramagem, Paulo Sérgio Nogueira, Anderson Torres e Almir Garnier.

No relatório, Gonet solicitou a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelos seguintes crimes: 

  • Liderar organização criminosa;
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, 
  • Tentativa de golpe de Estado; 
  • Dano qualificado ao patrimônio público
  • Deterioração de patrimônio tombado

Com a publicação do parecer final, discorre o prazo de 15 dias para a manifestação da defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e delator do caso. Passado o tempo, as defesas dos demais acusados, entre elas a de Bolsonaro, poderão se manifestar. 

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