EUA revogam visto de Alexandre de Moraes após decisão contra Bolsonaro
EUA revogam vistos de Alexandre de Moraes, seus aliados e familiares após decisão sobre Bolsonaro. Marco Rubio acusa STF de perseguição e censura

A relação entre Brasil e Estados Unidos vem se tornando tensa há algum tempo, com muita patrulha e muita bagunça, especialmente desde que Donald Trump assumiu pela segunda vez a presidência americana.
A polêmica da vez envolve o ministro do STF, Alexandre de Moraes, que teve seu visto, assim como o de seus aliados e familiares, revogado de forma imediata.
Essa decisão foi tomada logo após Moraes determinar o uso de tornozeleira eletrônica pelo ex-presidente e inelegível Jair Bolsonaro (PL), aliado de Trump.
A informação sobre a revogação dos vistos de Moraes e de pessoas próximas a ele veio a público logo após o secretário de Estado do governo americano, Marco Rubio, anunciar em sua rede social X que ele próprio ordenou a medida. A declaração deu a entender que a revogação foi uma forma de punição ao STF pela investigação contra Bolsonaro, algo que Rubio classificou como perseguição e censura.
“A caça às bruxas política do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, contra Jair Bolsonaro criou um complexo de perseguição e censura tão abrangente que não apenas viola direitos básicos dos brasileiros, mas também se estende além das fronteiras do Brasil, atingindo os americanos”, escreveu Marco Rubio na publicação.
Ver essa foto no Instagram
Jornais de todo o Brasil repercutiram o decreto dos EUA contra Alexandre de Moraes (Foto: reprodução/@portalr7/Instagram)
Bolsonaro monitorado
A manhã da sexta-feira, 17 de julho de 2025, foi marcada pela notícia de que Jair Bolsonaro passou a usar tornozeleira eletrônica. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), havia indícios concretos de uma possível fuga do ex-presidente. Além da tornozeleira, foi decretada a proibição de Bolsonaro acessar embaixadas ou manter contato com diplomatas estrangeiros.
Ao autorizar a medida, Alexandre de Moraes também determinou o recolhimento domiciliar noturno, a proibição do uso de redes sociais e de contato com investigados, diplomatas e embaixadores.
Querem mais
Desde que Bolsonaro passou a ser investigado por seus crimes, seu grupo de apoiadores vem pressionando para que Trump aplique a Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes.
A Lei Magnitsky, que entrou em vigor em 2012, durante o governo Obama, tem como objetivo punir indivíduos acusados de violar direitos humanos, segundo o entendimento da Casa Branca.
Considerada uma legislação severa, ela é apelidada de “pena de morte financeira”, pois permite sanções como a proibição de abrir contas bancárias nos EUA, portar cartões de crédito emitidos por bandeiras internacionais que operam no país e bloqueio de movimentações financeiras. Com isso, instituições financeiras ao redor do mundo podem ser obrigadas a congelar ativos, fechar contas e cancelar cartões de crédito da pessoa sancionada.