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Nesta segunda-feira (13), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que a ”desnutrição tem sido usada como arma de guerra” na Palestina. A declaração ocorreu em seu discurso no Conselho de Campeões da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, em Roma, na Itália.
Posicionamento firme
”Na Palestina, onde a desnutrição tem sido cruelmente usada como arma de guerra, vamos apoiar programas de atenção especial voltados às mulheres e crianças”, prometeu o presidente, enumerando projetos-pilotos elaborados pelo Mecanismo de Apoio da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.
Mais tarde, ao se pronunciar na abertura do Fórum Mundial da Alimentação, também na capital italiana, o chefe de Estado disse que ”da tragéria em Gaza à paralisia da Organização Mundial do Comércio, a fome tornou-se sintoma do abandono das regras e instituições multilaterais”.
Participação do presidente Lula na reunião do Conselho de Campeões da Aliança Contra a Fome a Pobreza
(reprodução/Youtube/Lula)
Pobres devem ser incluídos no orçamento, segundo Lula
Em ambos compromissos, o presidente realizou um apelo para que os governos incluam os pobres no orçamento, além de mencionar o projeto que isenta o IR (Imposto de Renda) os brasileiros que recebem até R$ 5.000,00 mensais.
”É preciso que cada governante assuma responsabilidade. Na hora de fazer o orçamento de seu país, de discutir quanto vai para as forças armadas, para a diplomacia, para isenção a empresários, que benefício vai fazer, é importante lembrar que os pobres não são invisíveis e é preciso enxergá-los, porque eles um dia nos enxergarão, e a gente vai pagar o preço da irresponsabilidade de não cuidar dos pobres em igualdade de condições de como se cuida do rico”, ressaltou o político.
Lula chegou em território italiano na manhã de domingo (12). Mais cedo, ele se reuniu com o papa Leão XIV no Vaticano. Por meio das redes sociais, o líder brasileiro afirmou que o dialogo com o pontífice passou por temas como ”religião, fé, o Brasil e os imensos desafios que temos que enfrentar no mundo”
O presidente ainda deverá cumprir uma série de compromissos nesta segunda-feira antes de retornar ao Brasil no início da tarde.
Completam-se dois anos desde o início da guerra entre Israel e Hamas, e manifestações pelo mundo ganham força para lembrar as vítimas, denunciar a violência e exigir responsabilidade. De Sydney a Londres, passando pelo Rio de Janeiro, ativistas, estudantes e organizações civis saíram às ruas para protestar contra a situação na Faixa de Gaza, reforçando que o conflito não pode ser esquecido ou relativizado.
Protestos globais reacendem memória e indignação
Em Londres, estudantes organizaram marchas universitárias com bandeiras palestinas, clamando que o massacre iniciado em 7 de outubro de 2023 não seja ignorado nem naturalizado pela comunidade internacional. Na Austrália, Sydney sediou protestos com discursos pungentes de advogados e ativistas, que traçam um histórico de oprimidos “cercados e desumanizados” antes do estopim do conflito. Na Indonésia, frente à embaixada norte-americana, manifestantes exibiram cartazes com mensagens fortes como “Ninguém é livre até que a Palestina seja livre”, protestando contra luz baixa dos governos para a crise humanitária.
Em muitas dessas manifestações, o tom é de luto e lembrança: sirenes ecoam em Israel, acampamentos são montados por familiares de reféns, fotos de vítimas são expostas, como na Praia de Copacabana, Rio de Janeiro, onde uma ONG fez homenagem com bandeiras e retratos. Esses atos mantêm viva a memória das vítimas e exigem que o mundo não apenas veja, mas aja.
Uma manifestação em apoio à Flotilha Global Sumud (Foto: reprodução/Alessandro Bremec/ Getty Images Embed)
Reações políticas e exige-se não esquecer
Autoridades governamentais reagiram com críticas e discursos contrários em alguns países, apontando que protestos pró-Palestina em datas simbólicas nem sempre são bem recebidos. No Reino Unido, o primeiro-ministro qualificou certas manifestações como “antibritânicas” por associarem o país a debates internacionais. Já em países muçulmanos, como a Indonésia, há forte apoio popular às causas palestinas, com protestos calorosos e presença marcante da sociedade civil.
Esses protestos coincidem com cerimônias de memória em Israel, onde sirenes foram acionadas em locais simbólicos — como praças próximas a residências oficiais — e onde famílias fazem homenagens aos reféns. O ritmo crescente dessas manifestações sugere que, apesar de guerras e tratados, a paz ainda depende muito mais do reconhecimento humano do que de negociações diplomáticas.
Nesta segunda-feira (6), o governo de Israel deportou a ativista Greta Thunberg e outros 170 ativistas depois de uma flotilha com mais de 40 barcos que estavam indo rumo à Faixa de Gaza ter sido redita por tropas israelenses.
O Ministério das Relações Exteriores israelense emitiu um comunicado sobre o ocorrido: “Mais 171 provocadores da flotilha Hamas–Sumud, incluindo Greta Thunberg, foram deportados hoje de Israel para a Grécia e a Eslováquia. (…) Todos os direitos legais dos participantes deste espetáculo de relações públicas foram e continuarão sendo plenamente respeitados“.
Há 13 brasileiros que participaram da ação ainda detidos em Israel, segundo o Itamaraty.
Posicionamentos de Greta
Foi compartilhada uma foto de Greta com outros ativistas no aeroporto antes do voo de deportação. Horas depois, Thunberg chegou à Grécia e discursou para apoiadores, que foram a receber no aeroporto de Atenas.
Greta Thunberg fez um pronunciamento forte e necessário após ser libertada de sua prisão ilegal por Israel.
“Ninguém pode dizer que não sabia do genocídio!”
Greta Thunberg fez um pronunciamento forte e necessário após ser libertada de sua prisão ilegal por Israel.
É urgente que o mundo dê um basta no horror do regime sionista. Lula e o Itamaraty precisam intensificar a pressão pela… pic.twitter.com/idMhCG4JG4
Discurso de Greta Thunberg no Aeroporto de Atentas (reprodução/X/@fernandapsol)
Sem comentar sobre a denúncia de que teria sofrido maus tratos pelo governo de Israel durante sua detenção, Greta afirmou que utilizou a flotilha para ir à Gaza pois “ninguém foi acudir o povo palestino“. Ela também fez apelos para líderes mundiais e pessoas poderosas aplicarem seus privilégios e plataformas para “deixarem de ser coniventes” e se posicionarem.
Sobre a deportação
O governo de Benjamin Netanyahu é responsável por realizar um bloqueio terrestre, marítimo e aéreo na área de Gaza, e interceptou na semana passada todos os barcos da flotilha que navegava rumo ao território palestino.
Segundo o governo israelense, os ativistas que foram deportados nesta segunda-feira são de múltiplas nacionalidades europeias e dos Estados Unidos. Além claro, dos brasileiros envolvidos.
Ao menos 340s ativistas já foram deportados por Israel, entre quase 450 detidos, e o desejo do governo israelense é finalizar as deportações “o mais rápido possível“, mesmo em meio a tentativas de obstrução, segundo o Ministério das Relações Exteriores. Agora estão sendo realizado os trâmites para a deportação dos ativistas, que chama de ”provocadores”. Israel afirma que Greta e outros detidos haviam se recusado “a agilizar sua deportação e insistiram em prolongar sua permanência sob custódia“.
Denúncias
No domingo (5), o governo de Israel negou a denúncia realizada por dois ativistas de que que estaria maltratando Greta enquanto a mantinha detida e preparava sua transferência, os responsáveis pela denúncia também participaram da flotilha e já haviam sido deportados.
A interceptação dos barcos da flotilha gerou um impacto negativo e uma condenação internacional a Israel, tanto que nesta sexta-feira (3), o governo Lula denunciou Israel no Conselho de Direitos Humanos da ONU por conta da ação.
A flotilha tinha como único objetivo levar ajuda humanitária aos palestinos em Gaza e dar evidência sobre o impacto e o sofrimento causado pela guerra entre Israel e Hamas no território, conflito que irá completar dois anos na terça (7) e se iniciou após o ataque terroristas de membros do grupo palestino em território israelense, responsável por e 1.200 mortes e cerca de 250 foram levados como reféns.
Desde então, a guerra gerou uma grave crise humanitária entre os palestinos e a situação de fome generalizada e deixou mais de 67 mil mortos e quase 170 mil feridos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, tendo também a contagem chancelada pela ONU.
Brasileiros detidos
Segundo o Itamaraty e também a assessoria das embarcações, 15 brasileiros estavam na flotilha Sumud. Desses, 14 foram detidos e um já foi deportado. 13 ainda estão detidos em Israel, e receberam visita do governo brasileiro nesta segunda-feira, entre eles está a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE).
Segundo informações dada ao GloboNews e pelo g1, os brasileiros se encontram no centro de detenção em Ketziot, no deserto de Negev, sendo este o maior centro de detenção de Israel em termos de área territorial. Todos se encontram em boas condições de saúde, segundo fontes diplomáticas.
Um brasileiro não foi detido por se encontrar em um barco diferente dos demais, a embarcação não estava prevista para passar da zona de alto risco determinada por Israel.
O integrante já deportado é um italo-argentino residente no Brasil e chegará ao Rio de Janeiro nesta segunda-feira à noite.
Nesta sexta-feira (3), o Hamas afirmou que precisa de mais tempo para analisar o plano de paz proposto por Donald Trump. O presidente dos Estados Unidos deu um ultimato de “três ou quatro dias” para o grupo palestino aceitar o acordo, que pretende acabar com a guerra na Faixa de Gaza.
Um alto comandante do grupo palestino disse à agência AFP, sob condição de anonimato, que o plano ainda está em debate e que essas discussões exigem mais tempo. Segundo uma fonte próxima à liderança, o grupo espera ajustar trechos relacionados ao desarmamento e à expulsão de seus integrantes.
Anteriormente, Mohamad Nazal, integrante do comitê político do grupo, declarou que o plano contém aspectos preocupantes: “Estamos em contato com os mediadores e com as partes árabes e islâmicas, e levamos muito a sério a possibilidade de alcançar um acordo. Em breve anunciaremos nossa posição”.
Trump dá ultimato ao Hamas
O presidente dos Estados Unidos afirmou, em postagem na rede social Truth Social, que o Hamas tem até domingo à noite, às 18h (horário de Washington, DC), para aceitar o acordo. Caso isso não ocorra, alertou que “inferno total” cairá sobre o grupo.
Ele afirmou que seu plano de paz para encerrar o conflito na Faixa de Gaza representa a última chance para os militantes do grupo palestino, que há anos ameaçam o Oriente Médio, e relembrou o ataque a civis israelenses em 7 de outubro de 2023.
“Teremos paz no Oriente Médio de uma forma ou de outra. A violência e o derramamento de sangue cessarão. Liberte os reféns, todos eles, incluindo os corpos daqueles que estão mortos. Todos os países assinaram. Se este acordo de última chance não for firmado, um inferno como ninguém jamais viu antes se abaterá sobre o Hamas. Haverá paz no oriente médio de uma forma ou de outra”, declarou.
Trump ainda pediu que todos os palestinos inocentes deixem imediatamente uma área de alto risco e se desloquem para regiões mais seguras da Faixa de Gaza.
Trump apresentou nesta segunda-feira sua proposta de paz para a Faixa de Gaza (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)
Entenda o plano de paz
O plano de paz é composto por 20 pontos e prevê a Faixa de Gaza como uma zona livre de grupos armados. Membros do Hamas poderiam receber anistia caso entreguem suas armas e se comprometam em conviver pacificamente.
Se implementado, Gaza seria governada por um comitê de palestinos tecnocratas e especialistas internacionais, sob supervisão de um órgão chamado “Conselho da Paz”, presidido por Trump, embora a participação de Israel nesse conselho não esteja definida.
De acordo com a Casa Branca, após a aceitação do plano, o Hamas teria 72 horas para liberar todos os reféns mantidos desde o início da guerra. A proposta também prevê a liberação de quase 2 mil prisioneiros palestinos por Israel e a distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, coordenada pela ONU e pelo Crescente Vermelho.
Enquanto a comunidade internacional recebeu a proposta positivamente, moradores de Gaza expressaram medo e desesperança diante da situação.
O conflito em Gaza, que já se estende por quase dois anos desde o ataque de 7 de outubro de 2023, ganhou um novo esforço diplomático dos Estados Unidos. Nesta segunda-feira (29 de setembro de 2025), o Presidente Donald Trump, ao lado do Primeiro-Ministro israelense Benjamin Netanyahu, anunciou um “plano abrangente para encerrar o conflito em Gaza”.
A proposta de 20 pontos da Casa Branca visa o cessar-fogo imediato, a libertação dos reféns, a desmilitarização do território e o estabelecimento de uma complexa estrutura de governança e reconstrução para o pós-guerra. A iniciativa foi imediatamente aceita por Israel, mas o grupo militante palestino Hamas, essencial para sua implementação, ainda está em processo de análise.
Pilares da proposta são o cessar-fogo e a troca de reféns
O ponto de partida do plano é a interrupção imediata das hostilidades, sendo necessárias ações de ambos os lados. Cessar-fogo imediato: se as partes concordarem, a guerra terminará imediatamente. As forças israelenses deverão retirar gradualmente as linhas pré-acordadas, bombardeios e operações militares devem ser suspensos.
Libertação de reféns em 72 horas: o plano exige que todos os reféns israelenses, vivos e mortos (cerca de 50 restantes, estimados em 20 vivos), sejam devolvidos em até 72 horas após a aceitação pública de Israel.
Troca de prisioneiros: em contrapartida, Israel libertaria 250 prisioneiros condenados à prisão perpétua, além de 1.700 gazenses detidos após 7 de outubro de 2023. Há também previsão para a troca de restos mortais na proporção de 15 gazenses falecidos para cada refém israelense falecido.
Uma mulher palestina, no sul da Faixa de Gaza.(Foto: reprodução/OMAR AL-QATTAA/AFP/Getty Images Embed)
Propostas de construção de um futuro para Gaza
A proposta americana dedica grande parte de seus pontos a reestruturar a Faixa de Gaza após o fim dos combates. Zona livre de terror e desarmamento: Gaza deve se tornar uma “zona livre de terror e desradicalizada“. Toda a infraestrutura militar, ofensiva e de túneis do Hamas deve ser destruída e não pode ser reconstruída. Membros do Hamas que depuserem as armas e se comprometerem com a paz receberão anistia (perdão dos crimes).
Força de Estabilização Internacional (ISF): será criada uma Força de Estabilização Internacional, desenvolvida com parceiros árabes, para ser implantada imediatamente. A ISF será responsável pela segurança interna de longo prazo, treinando forças policiais palestinas e trabalhando com Israel e Egito para prevenir a entrada de armas.
Governança temporária: o plano estabelece uma governança transitória temporária liderada por um comitê palestino tecnocrático e apolítico. A supervisão será do “Conselho de Paz” (Board of Peace), presidido pelo Presidente Trump, com outros membros, incluindo o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair.
Reconstrução e economia: será lançado um Plano de Desenvolvimento Econômico Trump para reconstruir e energizar Gaza, incluindo a criação de uma zona econômica especial. O objetivo é atrair investimentos e criar empregos.
Sem ocupação ou deslocamento: o plano garante que Israel não ocupará nem anexará Gaza, e reitera que ninguém será forçado a deixar o território.
Infográfico intitulado "Plano do Presidente dos EUA, Trump, para Gaza". (Foto: reprodução/Kadri Suat Celik/Anadolu via Getty Images Embed)
Reações: do otimismo ao ceticismo
A divulgação do plano gerou uma variedade de respostas globais. Israel e Estados Unidos: o Primeiro-Ministro Netanyahu endossou o plano, afirmando que ele atende aos objetivos de guerra de Israel. No entanto, ele também fez ressalvas sobre uma retirada israelense “lenta e limitada”, com Israel mantendo presença na maior parte do território. O Presidente Trump prometeu “apoio total” dos EUA a Israel caso o Hamas rejeite a proposta.
Hamas e palestinos: o Hamas está estudando a proposta, que recebeu através de mediadores. Fontes indicam que o grupo avalia o potencial para um cessar-fogo. No entanto, a população em Gaza expressou descrença e pessimismo, com alguns moradores temendo que o plano seja uma “farsa” para libertar reféns sem garantias reais de um fim duradouro para o conflito. A Jihad Islâmica Palestina, aliada do Hamas, classificou a proposta como uma “receita para explodir a região”.
Comunidade internacional: a Autoridade Palestina (AP) saudou os esforços de Trump, reiterando o compromisso de trabalhar para uma solução de dois Estados. Líderes de países árabes-chave (incluindo Arábia Saudita, Egito e Catar) receberam a proposta positivamente, prontos para cooperar na implementação. Líderes europeus, como França e Reino Unido, elogiaram a iniciativa e pediram que todas as partes “aproveitem o momento”.
Manifestantes seguram fotos de reféns mantidos pelo Hamas na Faixa de Gaza. (Foto: reprodução/Amir Levy/Getty Images Embed)
O que a proposta tem de novo ativas anteriores
O novo plano dos EUA se diferencia de iniciativas anteriores por sua abordagem detalhada para o pós-guerra, em contraste com o cessar-fogo de janeiro de 2025, que fracassou na segunda fase de negociações. Enquanto o acordo anterior previa a libertação escalonada de reféns e adiava a discussão sobre governança, o plano atual exige a libertação de todos os reféns em 72 horas e define imediatamente uma governança de transição que exclui o Hamas, apesar de a viabilidade do plano ser baseada na aceitação pelo Hamas.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, condenou nesta sexta-feira (26), durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU, as críticas internacionais à guerra de Israel em Gaza e os líderes que reconheceram o Estado Palestino, acusando-os de ceder a “mídias tendenciosas, grupos islâmicos radicais e máfias antissemitas”.
Antes de começar a falar, Netanyahu foi vaiado ao subir ao púlpito, enquanto representantes de diversas delegações, incluindo o Brasil, deixaram a plenária da ONU.
No discurso, o premiê respondeu às ações de importantes aliados dos EUA, que, segundo ele, contribuíram para o isolamento diplomático de Israel em meio à guerra prolongada contra militantes do Hamas em Gaza.
Reconhecimento da Palestina
Nesta semana, França, Reino Unido, Canadá, Austrália e outras nações participaram de uma conferência na ONU para discutir a coexistência pacífica entre Israel e o Estado palestino, iniciativa criticada pelo primeiro-ministro israelense. Até o momento, mais de 145 países-membros da ONU já reconhecem a Palestina.
“Vocês sabem que mensagem os líderes que reconheceram o Estado Palestino esta semana enviaram aos palestinos? É uma mensagem clara: matar judeus compensa”, afirmou.
Netanyahu discursa na ONU (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)
Ele seguiu acusando líderes mundiais de promover uma “guerra política e legal contra Israel”, afirmando que muitos países se curvam diante das dificuldades: “Existe um ditado: quando as coisas ficam difíceis, os fortes entram em ação. Para muitos países aqui, porém, quando as coisas ficaram difíceis, vocês se curvam. E aqui está o resultado vergonhoso desse colapso.”
Conflito em Gaza
Ao comentar a guerra em Gaza, Netanyahu afirmou que o apoio internacional a Israel desapareceu rapidamente após o ataque de 7 de outubro, quando o país reagiu como “qualquer nação que se respeitasse faria”. Ele também destacou as vitórias de Israel contra o Hamas e outros grupos militantes apoiados pelo Irã, lembrando os ataques que deixaram cerca de 1.200 mortos e 48 reféns em Gaza.
“Grande parte do mundo não se lembra mais de 7 de outubro. Mas nós nos lembramos”, disse.
Segundo autoridades de saúde locais, a resposta militar de Israel em Gaza resultou na morte de mais de 65 mil pessoas e causou destruição generalizada no território.
Nesta sexta-feira (26), na ONU, houve fortes denúncias aos países ocidentais feitas pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Ele os acusou de enviar mensagens de que, segundo suas palavras, matar judeus compensa, mostrando reconhecimento ao Estado da Palestina. Seu discurso foi feito na Assembleia Geral da ONU, trazendo falas mais duras até o momento, condenando esses países, em que segundo ele, essas decisões representam um “reconhecimento ao terror” e enviam uma mensagem errada ao mundo, especialmente após os ataques de outubro de 2023.
Alvos das críticas
Netanyahu citou na sua fala governos como o da França, Reino Unido, Austrália e Canadá. Para ele, esse reconhecimento equivaleria a uma recompensa para os grupos que atacaram Israel, argumentando que isso enfraquece a postura israelense em manter sua segurança diante de ameaças percebidas. Ele também sugeriu que reconhecer a Palestina, sob as circunstâncias atuais, poderia fortalecer influências externas que ele considera hostis.
Benjamin Netanyahu discursando na ONU (Foto: reprodução/Michael M. Santiago/Getty Images Embed)
Contrapontos diplomáticos
Apesar do tom firme, a fala de Netanyahu provocou reações de alerta entre diplomatas internacionais. Alguns países que passaram a reconhecer a Palestina justificam o ato como parte de uma doutrina de paz, autodeterminação e direitos humanos. Eles enfatizam que o estatuto diplomático palestino não é uma celebração de violência, mas sim um passo em direção a uma solução de dois Estados, controversa, porém defendida por muitos membros das Nações Unidas.
Implicações políticas
A condenação pública de Netanyahu reforça uma tendência de polarização diplomática. Israel, ao posicionar-se contra países que reconhecem a Palestina, sinaliza que pretende endurecer sua narrativa internacional, buscando isolar diplomaticamente os que apoiam esse reconhecimento e reafirmar sua própria agenda de segurança.
O ataque em 2023
Sobre o ataque de 2023, falado pelo primeiro-ministro, aconteceu que, no dia 7 de outubro daquele ano, grupos combatentes liderados pelo Hamas acabaram matando cerca de 1200 pessoas israelenses. A resposta de Israel foi pesada, quando matou mais de 60 mil pessoas em Gaza, deixando boa parte do local em ruínas.
Em meio a uma crise humanitária na Faixa de Gaza e o conflito no Oriente Médio, mais países têm reconhecido a existência do Estado da Palestina.
Nesta segunda (22), líderes globais se reúnem na sede das Organizações das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos, para discutir a situação, a conferência visa uma solução pacífica sobre a questão da Palestina e a implementação de uma solução de dois estados.
Israel segue firme em sua posição e afirma que não haverá um Estado palestino e que lutará contra a pressão internacional.
Nas palavras de Benjamin Netanyahu: “Tenho uma mensagem clara para os líderes que reconheceram um Estado palestino após o horrível massacre de 7 de outubro: vocês estão dando uma enorme recompensa ao terrorismo“.
Quais são os países que já reconheceram
Junto a França, que reconheceu o Estado ainda hoje durante a reunião, outros países como Andorra, Bélgica, Luxemburgo e Malta também reconheceram durante a conferência e se juntaram a Austrália, Canadá, Portugal e Reino Unido, que reconheceram a Palestina nesse domingo (21).
Na Europa, Espanha, Irlanda, Noruega também reconheceram a Palestina em maio do ano passado, se unindo a países como Polônia, Suécia, Vaticano, Rússia e Ucrânia.
Na América Latina, a Palestina possui amplo reconhecimento por Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, El Salvador, Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela, entre outros.
Na África, o Estado Palestino também possuiu o reconhecimento massivo das nações, com exceção da República dos Camarões.
Desde 2012, a ONU aprovou o reconhecimento de fato do Estado soberano da Palestina, evoluindo seu status de observador para Estado observador não-membro.
França reconhece a Palestina como país (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)
Os que não reconhecem
Estados Unidos, Israel, Itália, Japão e Nova Zelândia ainda não reconhecem a Palestina. Já a Alemanha, por sua vez, afirma que não planeja reconhecer o Estado a curto prazo, mas que sua prioridade é fazer “progressos há muito esperados” em direção a uma solução de dois estados coexistindo em paz.
Durante uma coletiva de imprensa conjunta com o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, nesta quinta-feira (18), em Chequers, residência oficial do premiê, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump reiterou a urgência da libertação dos reféns israelenses retidos pelo Hamas na Faixa de Gaza.
Reunião e temas centrais
O encontro ocorreu no último dia da visita de Estado de Trump ao Reino Unido, onde os líderes discutiram temas como economia, Ucrânia e o conflito em Gaza. Trump destacou que é importante lembrar que os ataques do Hamas contra Israel, ocorridos em 7 de outubro de 2023, causaram a morte de aproximadamente 1.200 pessoas. 251 indivíduos foram capturados e levados para o território palestino. O foco na liberação dos reféns restantes, presos há quase dois anos, foram parte da declaração do presidente, que destacou ainda que esforços devem se concentrar nisso, incluindo apoio tático a ações israelenses contra o grupo.
Donald Trump cobra libertação de reféns pelo Hamas (Foto: reprodução/Saul Loeb/AFP/Getty Images Embed)
O conflito já causou mais de 65 mil mortes entre palestinos, conforme dados das autoridades de saúde de Gaza divulgados na quarta-feira (17). Trump também expressou oposição à decisão de Starmer de reconhecer o Estado palestino, considerando-a uma “recompensa ao Hamas” após os atos de violência. “Discordo do primeiro-ministro nesse assunto, uma das raras divergências entre nós”, afirmou Trump, argumentando que tal medida enfraqueceria as negociações de cessar-fogo.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e sua esposa Victoria recebem o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Chequers, no Reino Unido (Foto: reprodução/Stefan Rousseau/AFP/Getty Images Embed)
Apesar da diferença, Starmer destacou pontos em comum. “Compartilhamos a visão de que a situação em Gaza é insustentável e exige um plano para a paz, incluindo um cessar-fogo e entrada de ajuda humanitária”, disse o britânico aos jornalistas após a reunião. Ele reforçou que o reconhecimento palestino visa uma solução de dois Estados, com condições como o desarmamento do Hamas e sua exclusão do futuro governo de Gaza.
Pressão e busca por solução
Em julho de 2025, Starmer declarou que o Reino Unido avançaria com o reconhecimento em setembro, desde que Israel estabelecesse um cessar-fogo, garantisse acesso da ONU à assistência humanitária e promovesse um processo de paz sustentável. A postura do Reino Unido ecoa pressões domésticas do Partido Trabalhista e externas, com países como França e Austrália considerando medidas similares na Assembleia Geral da ONU. As conversas entre Trumpe Starmer destacam as tensões diplomáticas, mas também a busca por entendimento diante da crise humanitária em Gaza, onde 48 reféns israelenses permanecem detidos, com cerca de 20 supostamente vivos.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, fez um alerta aos moradores da cidade de Gaza, nesta segunda-feira (8), pedindo para que as pessoas da região abandonem o local para prevenir-se de uma ofensiva terrestre do Exército de Israel.
O líder israelense, durante discurso em vídeo divulgado por seu gabinete, afirmou que os recentes bombardeios antecedem uma operação ainda mais intensa no território palestino. Segundo Netanyahu, essa é apenas uma introdução para uma manobra terrestre das forças do Exército de Israel que estão reunidas na Cidade de Gaza.
Ônibus atacado em Jerusalém
A declaração de Netanyahu ocorreu momentos após um ataque a tiros contra um ônibus em Jerusalém, Israel. De acordo com autoridades, cerca de 20 pessoas estavam dentro do veículo, mais de 10 pessoas se feriram, sendo 6 em estado grave, e outras 6 vieram a óbito. Os protagonistas do evento foram mortos por civis e um soldado de folga.
A polícia de Israel ainda prendeu um homem que teria participado ativamente do atentado, suspeito de dar cobertura aos atiradores. O suspeito, segundo a agência de segurança Shin Bet, já era monitorado por conta de seu trabalho de colaboração para que palestinos residissem de forma ilegal em solo israelense.
Netanyahu condenou o episódio, prometendo responder de forma intensa os ataques contra “os inimigos de Israel”.
Fumaça sobe sobre a Faixa de Gaza, vista de uma posição no lado israelense da fronteira (Foto: reprodução/ Amir Levy/Getty Images Embed)
A guerra continua
Ainda nesta segunda-feira, um arranha-céu de 12 andares foi derrubado pelo Exército israelense. Este é o quarto edifício de grande porte destruído em apenas quatro dias. O prédio conhecido como Al-Roya 2 abrigava pessoas que se deslocaram por conta dos conflitos na região.
Antes da explosão, o Exército israelense havia solicitado que as tendas ao redor do prédio fossem desmontadas, e que as pessoas evacuassem o edifício. Forças de Defesa de Israel afirmaram em nota que o edifício era utilizado pelo grupo terrorista Hamas, que havia instalado equipamentos que serviam para o monitoramento e coleta de informações, além de funcionar como um local de armazenamento de explosivos.