Trump cobra libertação de reféns em Gaza durante encontro com Starmer no Reino Unido

Trump exige libertação de reféns do Hamas em Gaza e discorda de Starmer sobre Estado palestino. Líderes buscam paz, mas tensões persistem

18 set, 2025
Primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Foto: reprodução/Andrew Caballero-Reynolds/AFP/Getty Images Embed)
Primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Foto: reprodução/Andrew Caballero-Reynolds/AFP/Getty Images Embed)

Durante uma coletiva de imprensa conjunta com o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, nesta quinta-feira (18), em Chequers, residência oficial do premiê, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump reiterou a urgência da libertação dos reféns israelenses retidos pelo Hamas na Faixa de Gaza.

Reunião e temas centrais

O encontro ocorreu no último dia da visita de Estado de Trump ao Reino Unido, onde os líderes discutiram temas como economia, Ucrânia e o conflito em Gaza. Trump destacou que é importante lembrar que os ataques do Hamas contra Israel, ocorridos em 7 de outubro de 2023, causaram a morte de aproximadamente 1.200 pessoas. 251 indivíduos foram capturados e levados para o território palestino. O foco na liberação dos reféns restantes, presos há quase dois anos, foram parte da declaração do presidente, que destacou ainda que esforços devem se concentrar nisso, incluindo apoio tático a ações israelenses contra o grupo.


Donald Trump cobra libertação de reféns pelo Hamas (Foto: reprodução/Saul Loeb/AFP/Getty Images Embed)

O conflito já causou mais de 65 mil mortes entre palestinos, conforme dados das autoridades de saúde de Gaza divulgados na quarta-feira (17). Trump também expressou oposição à decisão de Starmer de reconhecer o Estado palestino, considerando-a uma “recompensa ao Hamas” após os atos de violência. “Discordo do primeiro-ministro nesse assunto, uma das raras divergências entre nós”, afirmou Trump, argumentando que tal medida enfraqueceria as negociações de cessar-fogo.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e sua esposa Victoria recebem o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Chequers, no Reino Unido (Foto: reprodução/Stefan Rousseau/AFP/Getty Images Embed)

Apesar da diferença, Starmer destacou pontos em comum. “Compartilhamos a visão de que a situação em Gaza é insustentável e exige um plano para a paz, incluindo um cessar-fogo e entrada de ajuda humanitária”, disse o britânico aos jornalistas após a reunião. Ele reforçou que o reconhecimento palestino visa uma solução de dois Estados, com condições como o desarmamento do Hamas e sua exclusão do futuro governo de Gaza.

Pressão e busca por solução

Em julho de 2025, Starmer declarou que o Reino Unido avançaria com o reconhecimento em setembro, desde que Israel estabelecesse um cessar-fogo, garantisse acesso da ONU à assistência humanitária e promovesse um processo de paz sustentável. A postura do Reino Unido ecoa pressões domésticas do Partido Trabalhista e externas, com países como França e Austrália considerando medidas similares na Assembleia Geral da ONU. As conversas entre Trump e Starmer destacam as tensões diplomáticas, mas também a busca por entendimento diante da crise humanitária em Gaza, onde 48 reféns israelenses permanecem detidos, com cerca de 20 supostamente vivos.

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