Netanyahu diz não ter terminado com a guerra em Gaza ainda
Antes do discurso, acabou ocorrendo boicote das comitivas da maioria dos países. Político afirma a recusa de um Estado palestino e não acabou com a guerra em Gaza

Durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU, nesta sexta-feira (26), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu continuou com fortes frases, principalmente a respeito da guerra em Gaza, em que segundo ele, Israel ainda continuará atacando a Faixa de Gaza, trazendo um tom desafiador dentro da Assembleia.
Além disso, ele criticou a pressão em cima da comunidade sobre seu país ao rejeitar o reconhecimento de um Estado Palestino. O discurso durou 40 minutos e foi feita diante de representantes de vários países, em clima marcado pela tensão diplomática e por pedidos internacionais de cessar-fogo.
Continuidade militar anunciada
Netanyahu afirmou que as Forças de Defesa de Israel seguem com operações em Gaza para alcançar seus objetivos estratégicos de segurança. Ele reforçou que ainda há metas a serem cumpridas, particularmente relacionadas à neutralização de grupos armados que, segundo ele, continuam ativos e representam ameaça significativa. Prometeu que as ações não serão interrompidas enquanto o que considera “níveis de perigo” persistirem, continuando a bombardear Gaza até a destruição do Hamas.
Boicote na Assembleia
Antes que o primeiro-ministro pudesse discursar na ONU, ele acabou entrando sob muitas vaias, além disso, várias comitivas de outros países acabaram se retirando antes de falar, como forma de protesto devido aos ataques de Israel, gerando boicote e aplausos de algumas pessoas presentes no local. Vale destacar que a comitiva brasileira também participou do boicote e só ficaram apenas alguns países da Europa e os Estados Unidos.
Momento do boicote na ONU (Vídeo: reprodução/YouTube/@CNNbrasil)
Mais do discurso
Além disso, tudo mencionado, Netanyahu disse, com suas palavras, já ter conseguido eliminar maior parte da ameaça no Oriente e mostra um mapa inscrito “A maldição“, no qual ressalta o Irã, Iraque, Síria e Faixa de Gaza. Nesse mapa, ele risca áreas onde conseguiu combater, como se fosse uma referência das ações de Israel no ano anterior. E por fim, ele alertou que sempre devem se manter vigilantes, pois o trabalho não havia sido terminado.
O mapa mostrado pelo Netanyahu (Foto: reprodução/Michael M. Santiago/Getty Images Embed)
Apelo político
Além de reafirmar ação militar, Netanyahu fez um apelo para que aliados internacionais compreendam o que chamou de “realidade do conflito sem fim declarado”. Ele pediu apoio político, ajuda humanitária e permissões estratégicas, insinuando que Israel enfrenta não apenas combate, mas também uma batalha pela narrativa internacional. Segundo ele, o reconhecimento diplomático da urgência da guerra ajudaria em esforços de ajuda e legitimidade de suas iniciativas externas.