Israel x Irã: conflito chega ao 3º dia com novos ataques e aumento no número de mortos

Terceiro dia de confrontos entre Israel e Irã deixa dezenas de mortos e centenas de feridos; escalada militar gera alerta global e pressão por trégua

15 jun, 2025
Cidade de Teerã, capital do Irã após ataques israelenses | Reprodução/ SAN/Getty Images Embed
Cidade de Teerã, capital do Irã após ataques israelenses | Reprodução/ SAN/Getty Images Embed

A crise entre Israel e Irã atingiu neste sábado (14) o terceiro dia consecutivo de confrontos militares diretos. O ciclo de retaliações tem deixado um rastro de destruição, com dezenas de mortos e centenas de feridos em ambos os países, elevando o temor de uma escalada para uma guerra de maiores proporções no Oriente Médio.

O estopim recente foi a ofensiva israelense na quarta-feira (12), quando mísseis atingiram múltiplos alvos estratégicos no Irã, incluindo instalações militares e nucleares. O saldo da ação foi de pelo menos 78 mortos, entre eles cinco generais das Forças Armadas e diversos cientistas ligados ao programa nuclear iraniano.


Irã revida ataque de Israel | reprodução/X/@wcalasanssuecia

Em resposta, o Irã disparou uma nova leva de mísseis contra o território israelense entre sexta e sábado, atingindo cidades como Jerusalém, Tel Aviv e Haifa. Ao menos 13 civis israelenses morreram, e mais de 300 pessoas ficaram feridas.

Crescem as vítimas e os danos em áreas civis

Em Israel, as sirenes de ataque aéreo soaram por horas. Entre os feridos, há dezenas de idosos, mulheres e crianças. Prédios residenciais, refinarias e outras infraestruturas urbanas foram atingidas. O governo local contabiliza pelo menos 174 feridos apenas em Tel Aviv e arredores.

Do lado iraniano, além das baixas militares, há destruição significativa em regiões próximas a Teerã, segundo relatos da imprensa local. Analistas apontam que a perda de engenheiros nucleares pode atrasar parte do programa atômico iraniano.

Diplomacia em alerta e risco de escalada regional

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, justificou os ataques como ações preventivas contra o que classificou como uma ameaça existencial. Ele prometeu “respostas ainda mais severas” caso o Irã mantenha os bombardeios.



Teerã, por sua vez, declarou que suas represálias serão “20 vezes mais fortes” se houver novos ataques israelenses. Parte dos mísseis iranianos foi interceptada por sistemas de defesa de Israel e dos Estados Unidos, que intervieram no conflito com apoio técnico-militar.

A comunidade internacional, incluindo a ONU e a União Europeia, intensificou os apelos por um cessar-fogo imediato. Especialistas temem que o prolongamento da ofensiva leve ao envolvimento de outros países da região e provoque um conflito de maiores dimensões.

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