Entre terça-feira (13) e quarta-feira (14), Israel aumentou os bombardeios sobre a Faixa de Gaza, resultando na morte de cerca de 70 pessoas, incluindo 22 crianças. As informações são do Ministério da Saúde de Gaza, que está sob controle do grupo Hamas.
As equipes de resgate e da defesa civil ainda irão retirar diversas vítimas que permanecem entre escombros e nas ruas da região. Segundo médicos locais, a maioria das mortes registradas nesta quarta-feira ocorreu por causa dos intensos ataques aéreos de Israel, que atingiram várias residências em Jabalia, no norte da Faixa de Gaza.
Ataques coincidem com visita de Trump ao Oriente Médio
Os ataques israelenses ocorreram enquanto o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmava que o exército aumentaria a ofensiva contra o Hamas com “força total". As investidas também coincidiram com a viagem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Oriente Médio, iniciada nesta terça-feira (13), na Arábia Saudita.
Os bombardeios também aconteceram dias após a libertação de Edan Alexander, cidadão com dupla nacionalidade americana e israelense, que havia sido mantido refém pelo Hamas em Gaza desde outubro de 2023.
Palestinos atuam nas buscas por sobreviventes sob os escombros (Foto: reprodução/Abdalhkem Abu Riash/Getty Images Embed)
Netanyahu promete ofensiva total contra o Hamas
Nesta terça-feira (13), em um comunicado divulgado no Telegram, Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, afirmou que continuará com os ataques sem recuar. Mesmo que o Hamas libere novos reféns, o exército de Israel avançará em Gaza com força máxima nos próximos dias. Embora exista a possibilidade de um cessar-fogo temporário, os ataques continuarão.
O Hamas, nesta segunda-feira (12), após liberar Edan Alexander, afirmou estar disposto a negociar um cessar-fogo mais expressivo. Embora o primeiro-ministro de Israel não tenha feito nenhum acordo em troca da libertação do refém israelense-americano, o Hamas declarou que a ação foi um gesto de gentileza em relação a Donald Trump, além de solicitar que o governo dos Estados Unidos fizesse esforços para pôr fim à guerra.
A declaração de Benjamin Netanyahu compromete as tentativas de acordos de paz que estão sendo feitas por autoridades de diversos países.
Primeiro-ministro conversa com Edan Alexander
Netanyahu, antes de divulgar o comunicado, publicou no X um vídeo da conversa que teve com Edan Alexander. No diálogo, que durou cerca de um minuto, o primeiro-ministro perguntou a Edan sobre seu estado de saúde. O jovem respondeu que se sentia bem, mas ainda fraco, e que levaria um tempo para se recuperar completamente.
A conversa foi intermediada por Steve Witkoff, enviado especial do governo dos Estados Unidos para o Oriente Médio. Witkoff fez questão de destacar para a família de Edan Alexander a importância do primeiro-ministro nos acordos feitos.
Foto destaque: parentes expressam tristeza pelas vítimas (Reprodução/Ramez Habboub/Getty Images Embed)