Polícia divulga lista de 99 nomes que foram mortos na megaoperação
Foram identificados nomes que são de diversos estados da região norte até a região sul; A lista foi divulgada pela Cúpula da Segurança do Rio de Janeiro
Nesta manhã de sexta-feira, foi divulgada uma lista com 99 nomes das pessoas que foram mortas durante a megaoperação policial que havia sido realizada na cidade do Rio de Janeiro, onde aconteceu um confronto extremamente letal entre a polícia do Rio e o Comando Vermelho, nos complexos da Penha e do Alemão, QG da facção criminosa do estado. A ação letal resultou no total em 121 mortos, incluindo quatro policiais. Destes 99 identificados, 78 tinham histórico criminal e 42 tinham mandados de prisão em aberto. A lista foi dada pela Cúpula da Segurança Pública do Rio de Janeiro.
O que mais foi divulgado na lista
Segundo o secretário da Polícia Civil, parte importante dos mortos era de fora do Rio: 39 dos identificados vinham de outros estados, com destaque para Pará (13), Amazonas (7), Bahia (6) e Goiás (4). Entre os nomes divulgados estão chefes de facção: Russo (Vitória), Chico Rato (Manaus), Mazola (Feira de Santana), Fernando Henrique dos Santos (Goiás), Pepê (Pará), Gringo (Mato Grosso), DG e FB (Bahia), e Rodinha (Goiás).
Segue a lista dos 99 identificados:
Adailton Bruno Schmitz da Silva, 35 anos
Adan Pablo Alves de Oliveira, o Madruga, 28 anos
Aleilson da Cunha Luz Junior, o Madrugadão, 26 anos
Alessandro Alves de Souza, 32 anos
Alessandro Alves Silva, 19 anos
Alexsandro Bessa dos Santos, o Prejudicado, 51 anos
Alisom Lemos Rocha, o Russo ou Gordinho do Valão, 27 anos
Anderson da Silva Severo, o Maestro / Uander, 38 anos
André Luiz Ferreira Mendes Junior, o Cabeludo, 22 anos
Arlen João de Almeida, o Terrorista / João, 31 anos
Brendon César da Silva Souza, 25 anos
Bruno Correa da Costa, o Bruno, 30 anos
Carlos Eduardo Santos Felício, 21 anos
Carlos Henrique Castro Soares da Silva, o Soldado, 27 anos
Cauãn Fernandes do Carmo Soares, 19 anos
Célio Guimarães Júnior, 29 anos
Claudinei Santos Fernandes, o CL, 17 anos
Cleideson Silva da Cunha, o Loirinho, 27 anos
Cleiton Cesar Dias Mello
Cleiton da Silva, o Mãozinha, 33 anos
Cleiton Souza da Silva
Cleys Bandeira da Silva, 26 anos
Danilo Ferreira do Amor Divino, o Mazola, 38 anos
Diego dos Santos Muniz, 29 anos
Diogo Garcez Santos Silva, o DG, 31 anos
Douglas Conceição de Souza, o Chico Rato, 32 anos
Eder Alves de Souza, 37 anos
Edione dos Santos Dias, 35 anos
Edson de Magalhães Pinto, o Mangote, 21 anos
Emerson Pereira Solidade, o Piter, 27 anos
Evandro da Silva Machado, 38 anos
Fabian Alves Martins
Fabiano Martins Amancio, 28 anos
Fabio Francisco Santana Sales, 36 anos
Fabricio dos Santos da Silva
Felipe da Silva, o Tíuba, 32 anos
Fernando Henrique dos Santos, 29 anos
Francisco Myller Moreira da Cunha, o Gringo / Suiça, 32 anos
Francisco Nataniel Alves Gonçalves, 48 anos
Francisco Teixeira Parente, o Mongol, 30 anos
Gabriel Lemos Vasconcelos, 23 anos
Gustavo Souza de Oliveira
Hercules Salles de Lima, 24 anos
Hito José Pereira Bastos, o Dimas, 31 anos
Jean Alex Santos Campos
Jeanderson Bismarque Soares de Almeida, o Bis, 33 anos
Jonas de Azeredo Vieira, 29 anos
Jônatas Ferreira Santos, o Joni Visão, 37 anos
Jonatha Daniel Barros da Silva, 18 anos
José Paulo Nascimento Fernandes
Josigledson de Freitas Silva, o Gleissim / Traquino, 34 anos
Juan Marciel Pinho de Souza, 20 anos
Kauã de Souza Rodrigues da Silva
Kauã Teixeira dos Santos, 18 anos
Kleber Izaias dos Santos
Leonardo Fernandes da Rocha, 35 anos
Luan Carlos Dias Pastana, o Luan Castanhal, 35 anos
Luan Carlos Marcolino de Alcântara, o Tubarão, 24 anos
Lucas da Silva Lima, o LK / Pezão, 29 anos
Lucas Guedes Marques, 29 anos
Luciano Ramos Silva, 32 anos
Luiz Carlos de Jesus Andrade, o Zóio, 23 anos
Luiz Claudio da Silva Santos, 28 anos
Luiz Eduardo da Silva Mattos, 21 anos
Maicon Pyterson da Silva, o DJ, 28 anos
Maicon Thomaz Vilela da Silva, o MK, 31 anos
Marcio da Silva de Jesus, 22 anos
Marcos Adriano Azevedo de Almeida, o BC / Beiço / Mateus / Matheus, 32 anos
Marcos Antonio Silva Junior, 25 anos
Marcos Vinicius da Silva Lima, o Rodinha / Brancão / MV, 27 anos
Marllon de Melo Felisberto, o Branquinho ou Balão, 28 anos
Maxwel Araújo Zacarias, o Dedão, 38 anos
Michael Douglas Rodrigues Fernandes, 28 anos
Michel Mendes Peçanha, o Diguerra, 14 anos
Nailson Miranda da Silva, o Moju / Mujuzinho, 27 anos
Nelson Soares dos Reis Campos, o Cabeludo, 27 anos
Rafael Correa da Costa
Rafael de Moraes Silva, 31 anos
Ricardo Aquino dos Santos
Richard Souza dos Santos, o Prejudicado, 20 anos
Rodolfo Pantoja da Silva, 28 anos
Ronald Oliveira Ricardo, 25 anos
Ronaldo Julião da Silva, 46 anos
Tiago Neves Reis, 26 anos
Vanderley Silva Borges, 28 anos
Victor Hugo Rangel de Oliveira, 32 anos
Vitor Ednilson Martins Maia, o Ipixuna do Pará, 25 anos
Wagner Nunes Santana
Waldemar Ribeiro Saraiva, o Fantasma, 21 anos
Wallace Barata Pimentel, o Pizza, 27 anos
Wellington Brito dos Santos, 20 anos
Wellinson de Sena dos Santos, 20 anos
Wendel Francisco dos Santos, 24 anos
Wesley Martins e Silva, o PP, 27 anos
Willian Botelho de Freitas Borges, 23 anos
Yago Ravel Rodrigues Rosário, o Ravel do CV, 19 anos
Yan dos Santos Fernandes, 20 anos
Yure Carlos Mothé Sobral Palomo, 23 anos
Yuri dos Santos Barreto, 22 anos
Coletiva sobre a lista divulgada (Vídeo: reprodução/YouTube/@g1globo)
Relembrando a Operação
A ação, batizada como Operação Contenção, mobilizou cerca de 2.500 agentes de segurança para cumprir mandados e desarticular o Comando Vermelho nos dois complexos. As forças enfrentaram resistência com barricadas incendiadas, uso de drones e intenso tiroteio. As comunidades de Penha e Alemão teriam servido como centros de comando e treinamento da facção, segundo as investigações.
Repercussão e próximos passos
A divulgação da lista busca dar transparência à operação mais mortal da história do Rio. No entanto, levantou críticas de grupos de direitos humanos que questionam a letalidade e exigem investigação sobre cada caso de morte. O governo afirma que o processo de identificação continua e que os corpos restantes estão sendo ou serão submetidos à perícia. A ação e suas consequências deverão influenciar o debate sobre segurança, controle de facções e operações em favelas no Brasil.
