Nesta sexta-feira (20) o casco do antigo porta-aviões em São Paulo começou a deixar a costa brasileira, já que está proibido de atracar em portos do Brasil e do exterior por conta de risco ambiental.
Desde outubro de 2022 o navio ficou "vagando" na costa pernambucana, onde consumiu 20 toneladas diárias de combustível.
Em nota divulgada pela Força Armada, eles afirmam que assumiu o controle operacional para "preservar a segurança da navegação, danos a terceiros e ao meio ambiente", expondo que o navio acabava representando "elevado risco e com possibilidade de encalhe, afundamento ou interdição do canal de acesso a porto nacional", tendo prejuízos de ordem logística, operacional e econômica ao Estado Brasileiro.
Porta-aviões que vaga há meses no mar (Foto: Reprodução/Antônio Gaudério/Folhapress)
Entretanto, o deslocamento da embarcação ainda é um mistério, dado que aconteceu sem a divulgação de informações importantes. Não divulgaram para onde o navio está sendo levado, quem está financiando a operação e o que vai acontecer com ele.
Todo trajeto da embarcação foi adquirido pelo estaleiro turco Sok Denizcilik Tic Sti (Sök) através de um polêmico leilão da Marinha em 2021. O estaleiro turco, dono do porta-aviões, "acabou não efetivando as providências que anteriormente foram determinadas pela AMB". "Cabe destacar que o turco não deixou de ter responsabilidade pelo bem".
A empresa acabou decidindo atracar a embarcação no Porto de Suape, que fica no Grande Recife, já que Pernambuco é mais próximo da Europa, mas foi no Rio de Janeiro que a embarcação partiu.
Conforme o governo de Pernambuco, foi encontrado uma substância tóxica, que é proibida em diversos países, acabou sendo constatada a presença de amianto, por isso o risco ambiental.
A Marinha só assumiu o controle operacional do navio, porque no dia 10 de janeiro de 2023, a empresa que era responsável pelo navio acabou ameaçando abandonar o porta-aviões no mar, perto do Porto de Suape, que fica no Grande Recife, eles disseram que era um "pedido de socorro" já que não tem mais recursos para manter a embarcação.
Foto Destaque: Ex-porta-aviões NAe São Paulo (A-12). Reprodução/Marinha do Brasil/Divulgação