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Mais de 23 Milhões vivem sob controle de facções e milícias no Brasil

Pesquisa Datafolha revela milhões enfrentando violência e extorsão de grupos criminosos sem a proteção do Estado

03 Set 2024 - 11h40 | Atualizado em 03 Set 2024 - 11h40
Mais de 23 Milhões vivem sob controle de facções e milícias no Brasil Lorena Bueri

O Datafolha divulgou uma pesquisa, encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, indicando que mais de 23 milhões de brasileiros vivem em áreas controladas por facções criminosas ou milícias. Em algumas dessas áreas, moradores são obrigados a pagar taxas para garantir serviços básicos e a própria segurança. Além disso, mais de 27 milhões convivem com cracolândias em seus trajetos diários, demonstrando a ausência do Estado nessas regiões vulneráveis.

Medo constante e extorsão diária

Na reportagem realizada pelo Jornal Nacional, que foi ao ar nesta segunda-feira (02), cerca de 3 milhões de brasileiros moram em áreas dominadas por milícias. Além do medo constante de se tornarem vítimas durante os confrontos por disputas territoriais, as famílias nessas localidades sofrem violência psicológica, pois são vítimas de extorsão, sendo forçadas a pagar taxas para grupos armados que controlam o fornecimento de serviços básicos como água, gás e eletricidade. 

A situação é tão crítica que, mesmo aqueles que pagam, podem ser punidos caso algum vizinho não consiga arcar com as cobranças. “Quando um dos moradores do condomínio não efetua o pagamento e fica devendo, eles cortam o fornecimento de água não só da pessoa que está inadimplente, como também das pessoas que efetuaram o pagamento. Até para você denunciar é complicado”, disse um morador à TV Globo.


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Vista da Favela da Rocinha ao nascer do sol no Rio de Janeiro, (Reprodução/Pablo Porciuncula/AFP/Getty Images Embed)


Proximidade a pontos de venda de drogas

A pesquisa ainda revelou que mais de 27 milhões de brasileiros vivem, estudam ou trabalham próximos a pontos de venda de crack. Segundo Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Estado perdeu o controle dessas localidades para o crime organizado. Renato acredita que somente um debate profundo sobre prevenção pode indicar alguma saída para a situação atual. 

“Acho que a palavra-chave aqui é: sem prevenção, a gente não consegue avançar nesse debate. E sem uma repressão qualificada, que vá doer no bolso do criminoso e ele seja responsabilizado e preso adequadamente, nós não temos muito o que deslumbrar como futuro”, afirmou o diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Protesto no Rio

Conviver com a violência gerada pelo tráfico de drogas e com a expansão das áreas dominadas por milícias é uma dura realidade nas periferias de todo o Brasil. Nesta segunda-feira (02), no bairro Madureira, na zona norte do Rio de Janeiro, aconteceu um protesto na principal rua do bairro.  A população carioca vive em meio a um caos: “Infelizmente, viver em uma área dominada pelo poder paralelo é ser eternamente refém de uma guerra que não é sua”, disse um morador presente no protesto de ontem. Manifestantes exibiram faixas pedindo paz após uma troca de tiros entre facções rivais que deixou quatro mortos e cinco feridos em um acesso a uma das comunidades da região.

Foto Destaque: vista da favela Morro dos Macacos no Rio de Janeiro, Brasil (Reprodução/Pablo Porciuncula/AFP/Getty Images)

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