O governo israelense afirmou, em declaração desta terça-feira (12), que 19 dos 135 reféns aprisionados pelo Hamas na Faixa de Gaza foram mortos. Antes do anúncio, as Forças de Israel já haviam informado que localizaram corpos de dois reféns.
De acordo com a assessoria de imprensa do Estado Judeu, dentre os 19 está um cidadão da Tanzânia. O país confirmou que dois de seus cidadãos teriam sido sequestrados no ataque de 07 de outubro, no entanto, um está declarado como morto desde o mês passado.
Corpos de reféns são encontrados
Familiares choram sobre os corpos de militantes palestinos mortos durante operação de infiltração em Israel. (Foto: Reprodução/Eyad Baba/AFP)
Neste domingo (10), o porta-voz do Hamas, Abu Obeida, declarou que os 135 reféns restantes não serão libertados vivos "sem uma troca e sem o cumprimento das exigências". Já em comunicado desta terça-feira (12), o governo israelense informou que as forças do país encontraram dois corpos.
“Durante uma operação em Gaza, os corpos dos reféns Eden Zecharya e [Sargento-mor] Ziv Dado foram recuperados pelas Forças Especiais das FDI e trazidos de volta a Israel”, declararam as Forças de Defesa de Israel.
De acordo com as FDI, Eden Zecharya foi sequestrada no ataque ao festival de música de Re’im, enquanto Ziv Dado foi feito de refém e morto durante suas atividades como soldado, no 51º Batalhão da Brigada Golani.
Nova tentativa de cessar-fogo
Em 24 de novembro, Hamas e Israel determinaram um acordo de cessar-fogo temporário no conflito, que durou sete dias e foi responsável por libertar mais de 100 reféns do grupo extremista, além de 240 prisioneiros palestinos detidos em Israel.
Os territórios negociavam para estender a trégua – acordada, de início, com duração de quatro dias. No entanto, o governo israelense afirmou que o Hamas teria violado os termos do acordo.
De acordo o Estado Judeu, as Forças de Defesa de Israel teriam interceptado um foguete lançado da Faixa de Gaza em 01 de dezembro. Desde então, Israel tem intensificado as ofensivas contra Gaza, com ataques aéreos ao centro e ao leste de Khan Younis.
O Catar, que foi responsável pela mediação da primeira trégua, afirma que tem destinado esforços para um novo cessar-fogo, mas o país acredita que os bombardeios de Israel “reduzem” as chances de um acordo.
Foto destaque: cadeiras com retratos de reféns sequestrados pelo Hamas durante os ataques de 7 de outubro são exibidos em frente à sede da Europa das Nações Unidas em Genebra. (Reprodução/EFE/EPA/MARTIAL TREZZINI).