Nesta sexta-feira (31), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aceitou uma cessar-fogo de seis semanas para Gaza, a proposta foi apresentada pelo presidente americano, Joe Biden. Porém, Netanyahu afirmou que os conflitos só terminarão quando forem destruídas as capacidades militares e políticas do grupo terrorista, e também quando houver o retorno de todos os reféns israelenses em poder do grupo.
Aceite de cessar-fogo por Israel
Netanyahu anunciou que autorizou a proposta de cessar-fogo em Gaza apresentada por Joe Biden. A proposta inclui um cessar-fogo de seis semanas, período o qual as Israel retirariam seus militares de Gaza. Em troca, o Hamas colocaria em liberdade parte dos reféns, preferencialmente mulheres e idosos, na proposta também Israel libertará centenas de prisioneiros palestinos que estão em seu poder. Para Biden, a medida trará avanço nos esforços de paz, o confronto já dura oito meses, a medida tem como prioridade permitir que os civis palestinos voltem para suas casas e tenham ajuda humanitária.
O primeiro-ministro deixou claro que o governo israelense está unido pelo objetivo de recuperar os reféns o mais rápido possível e que está trabalhando para alcançar esse objetivo. No entanto, ele afirmou que as ações só terminarão quando se der a eliminação total das capacidades militares e políticas do Hamas.
Joe Biden e Benjamin Netanyahu em reunião (Foto: reprodução/Brendan Smialowski/AFP/Getty Images Embed)
Detalhes da proposta
Joe Biden em pronunciamento, explicou que a proposta consiste em três fases. A primeira fase inclui o cessar-fogo de seis semanas e a retirada das forças israelenses, troca de reféns por prisioneiros e autorização para Gaza receber ajuda humanitária. O cessar-fogo temporário pode ser estendido enquanto as discussões continuarem.
Na segunda fase, haveria a troca de todos os reféns restantes e a saída das forças israelenses de Gaza. A terceira fase prevê a reconstrução para Gaza e a devolução dos corpos dos reféns mortos às suas famílias. Biden alertou aos líderes israelenses que não percam a oportunidade de pôr fim um ao conflito. A proposta ao Hamas, foi intermediada pelo Catar, o grupo reagiu de forma positiva.
Segundo reportagem da agência Reuters, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, tem sido o responsavél por contatar os países árabes vizinhos para ajudar no convencimento do grupo terrorista. Para demover Israel da ideia de manter-se no fronte, senadores americanos e membros da Câmara convidaram o premier israelense para discursar em uma reunião do Congresso. A crise em Gaza está influenciando, inclusive, a corrida eleitoral presidencial americana, a ala mais progressita do partido democrata vem criticando duramente Joe Biden pelo apoio demonstrado a Israel.
Foto destaque: primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu (Reprodução/Sean Gallup/Getty Images)