No último sábado (2), Saleh Al-Arouri, vice-chefe do gabinete político do Hamas, reafirmou a posição do grupo radical islâmico, declarando que não participará de negociações para a libertação de reféns com Israel até que um cessar-fogo seja estabelecido em Gaza. A recusa do Hamas ocorre em meio às crescentes tensões na região, onde Israel insiste na libertação de 17 mulheres e crianças mantidas pelo grupo, alegando que o Hamas as considera soldados.
Recusa de negociações
Al-Arouri, em entrevista à Al Jazeera, enfatizou que "não há negociações agora" e que qualquer troca de prisioneiros está condicionada ao fim da "agressão terrorista sionista". Ele esclareceu que reféns do sexo masculino, todos com histórico militar, agora estão sujeitos a padrões diferentes por parte do Hamas, acrescentando que "não haverá negociações a respeito deles até ao final da agressão".
O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, por sua vez, destacou a recusa do Hamas em liberar 17 mulheres e crianças, sublinhando a dificuldade nas negociações. O impasse nas conversas entre Israel e o Hamas, que fracassaram no sábado, amplia a complexidade do cenário, uma vez que ambas as partes mantêm posições divergentes sobre a libertação dos reféns.
Reféns mantidos pelo Hamas
Autoridades dos EUA e de Israel acreditam que o Hamas se recusa a liberar mulheres na faixa dos 20 e 30 anos, retiradas durante o festival de música Nova, argumentando que são consideradas soldados, uma alegação negada por Israel.
Tanques israelenses atuam em Gaza em ofensiva contra o Hamas (Foto: Reprodução/CNN)
Este cenário de estagnação nas negociações aprofunda as tensões na região, enquanto líderes buscam soluções para encerrar o conflito em Gaza. O impasse destaca a complexidade das negociações e a dificuldade em alcançar um consenso que promova a estabilidade e o cessar das hostilidades. O foco internacional permanece na busca de uma resolução que leve à pacificação da região, embora as esperanças de um acordo futuro permaneçam incertas diante das atuais divergências entre as partes envolvidas.
Foto Destaque: Ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, disse no sábado (2) que o grupo radical islâmico se recusa a libertar 17 mulheres e crianças (Foto: Reprodução/CNN)