O crime de estelionato está ganhando uma nova vertente, isso porque os criminosos estão criando falsas centrais telefônicas de bancos e operadoras de cartões de crédito para aplicar o golpe financeiro e fazer milhares de vítimas.
Só no ano de 2023, o Banco Central recebeu mais de 16 mil denúncias e reclamações referente à segurança bancárias e transações financeiras desconhecidas por clientes.
Como funciona o novo golpe
Ao receber uma ligação de um número desconhecido, a vítima ouve uma gravação de voz parecida com as da centrais de atendimentos dos bancos, redirecionando-o para uma ação seguinte, “para atendimento à pessoa física, digite 1; para o atendimento à pessoa jurídica, clique 2”.
Pronto, basta escolher uma dessas opções e o plano já entra em ação com um falso atendente entrando em contato direto com o então cliente do banco, fazendo negociações e transferências bancárias. A reportagem do Jornal Nacional (29), ainda denuncia que os estelionatários pedem para que as vítimas entrem no aplicativo do banco e realizem transferências via pix.
Golpistas usam o número de celular para entrar em contato com as vítimas (Foto: reprodução/Pixabay/Porapak Apichodilok)
Uma das vítimas do golpe, a tatuadora Alessandra Siqueira Gonçalves, que participou da reportagem acima, contou que perdeu R$48 mil durante uma ligação telefônica, onde uma golpista se passava por funcionária do banco e a informou sobre uma fictícia clonagem em seu cartão de crédito.
Saiba como identificar esse tipo de crime
A fraude financeira é um dos crimes cibernéticos mais comuns no Brasil, saber identificar como ele funciona é fundamental para não cair no conto das falsas centrais de atendimentos bancários e evitar o risco da perda de dinheiro da sua conta no banco.
Segundo o levantamento da empresa de soluções de cyber segurança Fortinet, utilizando dados com base no FortiGuard Labs (Centro de Inteligência e Pesquisa Contra Ameaças Cibernéticas), em 2022, o Brasil ficou em 2° lugar no ranking geral de registros de ataques cibernéticos da América Latina e Caribe, registrando cerca de 101,1 bilhões de tentativas.
Crimes cinerbéticos ficaram mais comum depois da pandemia do covid-19 (Foto: reprodução/Shutterstock)
Ficar atento a alguns detalhes pode fazer a diferença e não fazer parte dessa estatística:
- Desconfie de ligações desconhecidas
- Fique atento ao revelar informações confidenciais (número de documentos, senhas de cartões)
- Não confie em mensagens de textos, links ou SMS
- Entre em contato com o seu banco apenas por canais oficiais
De acordo com o chefe da Delegacia de crimes cibernéticos da Polícia Federal, as quadrilhas que antes praticavam assaltos violentos nas ruas, agora, atuam com mais frequência em ambientes virtuais. Ele deixa claro que a melhor maneira de se proteger desse novo método é evitar chamadas desconhecidas.
Foto Destaque: hacker usando laptop (Reprodução/Freepink)