Neste sábado (9), mais duas pessoas morreram em Gaza devido à desnutrição grave e à desidratação, elevando o número total de mortes relacionadas à fome e à sede para 25 desde o início do conflito entre Israel e Hamas.
Segundo o Dr. Ashraf Al-Qidra, porta-voz do Ministério da Saúde da Palestina em Gaza, uma criança de dois meses faleceu no Hospital Kamal Adwan, no norte de Gaza, e uma mulher de 20 anos morreu no complexo médico Al-Shifa, na cidade de Gaza.
Dificuldades em Gaza
Os palestinos deslocados estão enfrentando dificuldades crescentes para alimentar seus filhos devido às restrições rigorosas de Israel à entrada de ajuda humanitária em Gaza. Muitas mães estão lutando para produzir leite suficiente para amamentar, e os pais estão recorrendo aos centros de saúde em busca de fórmula infantil. Trabalhadores humanitários da região em conflito observam que a população civil perdeu uma quantidade significativa de peso como resultado da escassez de alimentos.
Crianças palestinas aguardam para receber comida em meio à escassez de suprimentos (Foto: reprodução/UNICEF)
Na região norte de Gaza, os residentes estão buscando desesperadamente assistência. Profissionais de saúde locais relatam dificuldades em fornecer tratamento vital devido à destruição generalizada do sistema de saúde, causada pelos ataques e pelo bloqueio de Israel.
Situação da fome é grave
O número divulgado de mortes por desnutrição e desidratação se refere apenas aos casos que chegaram aos hospitais, indicando que o total real de mortes por fome ou sede pode ser muito maior. Autoridades palestinas afirmam que um 72% das vítimas são mulheres e crianças, e alertam para a gravidade da situação, descrevendo a fome no norte de Gaza como atingindo níveis mortais.
Israel lançou sua ofensiva contra a Faixa de Gaza em resposta aos ataques do Hamas, que resultaram em cerca de 1.200 mortos e 240 sequestrados. O total de mortes relacionadas ao conflito, incluindo Cisjordânia e Jerusalém Oriental, chega a aproximadamente 31.000, de acordo com autoridades gazatís.
Foto Destaque: uma menina de 8 anos espera a sua vez de receber comida em Rafah, no sul da Faixa de Gaza (Reprodução/UNICEF/Abed Zagout)