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Conflito entre Israel e Hamas entra em seu 3º dia e não tem previsão de acabar

O conflito entre Israel e Hamas começou nas nas primeiras horas de sábado, no final do feriado judaico Sucot. Desde então ele se intensificou e já deixou milhares de mortos.

09 Out 2023 - 11h30 | Atualizado em 09 Out 2023 - 11h30
Conflito entre Israel e Hamas entra em seu 3º dia e não tem previsão de acabar Lorena Bueri

Israel e os territórios palestinos viveram mais um dia de violência, com ataques a mísseis e bombardeios. Nas últimas 48 horas, as forças de segurança israelenses responderam com bombardeios aos ataques terroristas do grupo extremista Hamas. A organização terrorista havia bombardeado o país no último sábado (7), em um ataque surpresa considerado um dos maiores ataques já sofridos pelo país, o Hamas afirmou que o ataque está iniciando uma grande operação para retomar o território que hoje pertence a Israel.

O conflito começou nas primeiras horas do último sábado, ao final do feriado judaico Sucot, quando dezenas de homens armados membros do grupo terrorista Hamas se infiltraram no sul de Israel desde a faixa de Gaza. As invasões aconteceram tanto por terra, mar e ar, com auxílio de parapentes. Além de invadir o país, os terroristas fizeram reféns, segundo as forças armadas israelenses, mais de 100 pessoas foram capturadas pelo Hamas e estão sendo mantidas em cativeiro, entre elas estão civis e militares. Em resposta à ação do grupo terrorista, o exército de israelenese realizou uma série de ataques aéreos na Faixa de Gaza. Desde então o confronto entre Israel e Palestina só piorou. 

Hoje ele entrou em seu 3º dia, até então ele já deixou mais de mil pessoas mortas e milhares de feridos. As autoridades palestinas informaram que os ataques deixaram 413 pessoas mortas. Já as autoridades israelenses informaram que os ataques fizeram mais de 700 vítimas. Além disso, os ataques deixaram cerca de 4 mil feridos nos dois territórios. 


Fogo e fumaça saíndo de prédio bombardeado por Israel na Faixa de Gaza. (foto:reprodução/REUTERS/Ashraf Amra)


Hezbollah e escalada dos ataques

As escaladas do ataques provocou temores que um conflito de maior escala possa acontecer entre Israel e outras facções que se opõem ao estado judeu na região, isso inclui o Hezbollah, um partido armado pelo Irã e pela Síria que já esteve em conflito com estado israelense durante a Guerra do Líbano, em 2006. O grupo reivindicou três bombardeios com mísseis teleguiados feitos a uma região conhecida como Fazendas de Shebaa, afirmando apoio ao Hamas, a área está localizada em um território ocupado por Israel desde 1967. Essa área é reivindicada pelo Líbano. As Fazendas Shebaa são um pedaço de terra com 39 quilômetros quadrados, que foi tomado por Israel em 1967. Porém tanto a Síria e o Líbano afirmam que as Fazendas Shebaa são território libanês.

O exército libanês se pronunciou por meio de uma declaração pública na rede social x, afirmando que projéteis e foguetes foram lançados no sul do país para o “território libanês ocupado”, sem afirmar quem foi responsável, e que houve um ataque israelense que deixou muitas pessoas feridas.  

Uma fonte ligada às forças de segurança libanesas disseram à agência de notícias Reuters que uma tenda que havia sido montada pelo Hezbollah nas Fazendas Shebaa havia sido atingida e que os membros do Hezbollah haviam construído uma nova. Ao longo do último domingo (8) mais trocas de tiros aconteceram, de acordo com duas fontes de segurança libanesas, os foguetes que foram disparados pelo Líbano atingiram novamente as posições do exército israelense em Shebaa. Após isso Israel respondeu com um ataque de artilharia no Vilarejo de Kfar Shouba. 

A missão de manutenção da paz nas Nações Unidas no sul do Líbano, conhecida como UNIFIL, afirmou ter "detectado vários foguetes disparados do sudeste do Líbano em direção ao território ocupado por Israel", e também detectou os disparos feitos por Israel contra o Líbano. 

Comunidade Internacional

Muitos países da Europa, como Alemanha e Reino Unido reforçaram a segurança perto de sinagogas, escolas e outras instituições ligadas à comunidade judaica. Na França, o governo deixou claro que nenhuma ameaça havia sido detectada até o momento. 

Já no Vaticano, durante a celebração de domingo, o Papa Francisco pediu o fim da violência e dos ataques. O pontífice afirmou que o terrorismo e a Guerra não trazem soluções, apenas morte e sofrimento a muitas vidas inocentes. 

Pelos desdobramentos nos últimos dias, o conflito não parece estar próximo do fim. Segundo um levantamento feito pela Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado nesta segunda-feira, cerca de 123 mil pessoas tiveram que deixar suas casas na Faixa de Gaza.

 

Foto destaque: Prédio destrído na Faixa de Gaza após ataque de Israel. Foto:reprodução/Mohammed Abed/AFP

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