Mesmo com um cessar-fogo assinado em novembro deste ano, em Gaza a guerra continua. 15 mil crianças foram assassinadas no território desde o início da guerra entre Israel e Hamas, em outubro de 2023, segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O órgão também afirma que já houve mais de 45 mil palestinos mortos até aqui devido ao conflito, com mais de dez mil mulheres nesta contagem.
Infância perdida
Após 14 meses de conflito, os dados continuam espantosos: em Gaza, mata-se uma criança por hora no conflito entre israelenses e o grupo terrorista Hamas. Além da morte, elas também sofrem com o desamparado causado por tragédias familiares. Segundo Catherine Russell, diretora-executiva da Unicef, 19 mil meninos e meninas tornaram-se órfãs em função do assassinato de seis mil das mais de dez mil mulheres mortas até o momento na faixa de Gaza. O número de crianças mortas ou destituídas de suas famílias já passa dos 30 mil.
Nesta segunda-feira (23), o chefe da Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA), Philippe Lazzarini, usou o X (antigo Twitter) para expor número e criticar o conflito e sua consequência para o desenvolvimento infantil, “o tempo está passando para essas crianças. Elas já perderam suas vidas, seus futuros e, a maioria delas, sua esperança”, disse ele.
“Uma criança é morta por hora; isso não são números, são vidas interrompidas”, diz o Comissário-Geral da Agência das Nações Unidas, Lanzzarini (Foto: Reprodução / X / @UNLazzarini)
O conflito
Em outubro de 2023, o Hamas invadiu Israel e assassinou mais de 1200 pessoas, além de fazer 250 reféns. Como resposta e para recuperar os cidadãos do país, o premiê Benjamin Netanyahu aumentou a presença de tropas na Palestina, intensificou o controle na região de Gaza, local onde se esconde parte do núcleo terrorista do Hamas e atacou o país para eliminar o grupo radical. No conflito entre o exército de Israel e terroristas do Hamas, a população perde. São 45 mil civis palestinos assassinados e milhares de refugiados em decorrência do cerco bélico israelense.
O grupo terrorista se nega a devolver os reféns e ameaça matá-los, como tentativa de manter a guerra sob controle. Enquanto isso, Netanyahu é criticado por outros chefes de estado pela forma de conduzir a guerra e pelo altíssimo número de baixas registrada. No momento, há uma tentativa de cessar-fogo que busca amenizar as hostilidades de forma temporária, mas ambos os lados impõem novas condições e culpam o adversário pelo atraso do acordo.
Foto destaque: Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu (Reprodução / Instagram / @b.netanyahu)