Nesta segunda-feira (7), durante uma reunião do governo israelense, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu propôs a renomeação do confronto de Israel com o Hamas na Faixa de Gaza, que atualmente é chamado de “Espadas de Ferro”, para “Guerra da Ressurreição”.
Renomeação como símbolo de esperança
Para justificar a proposta do novo nome, Netanyahu afirmou que o atual embate é pela existência do país e que não terminará até que o grupo radical seja destruído e os reféns, assim como outros desabrigados, voltem para suas casas, além de frustrar quaisquer ataques que ofereçam risco à Gaza. O ministro também ressaltou que, ao contrário do que ocorreu no Holocausto, o povo israelense vai resistir ferozmente às ameaças dos inimigos.
Críticas e consequências humanitárias
A sugestão não agradou o líder da oposição, Yair Lapid, que fez uma crítica no Telegram afirmando que Benjamin “não mudará o fato de que, sob sua supervisão, ocorreu a pior catástrofe da história de Israel”. Ele também afirmou que este governo não seria o da ressurreição, mas sim o da culpa.
Os familiares dos reféns capturados pelo Hamas realizaram uma manifestação também na segunda-feira (7), data que marca um ano do ataque realizado em Gaza pelos extremistas, em frente à residência do premier, pedindo que Israel faça um acordo sobre a libertação de seus entes queridos. O pai de Omer Wenkert, um dos sequestrados, também se manifestou sobre a renomeação, dizendo que “não há e não haverá ressurreição sem devolver todos os reféns”.
Protestos dos familiares dos reféns capturados pelo Hamas (Foto: reprodução/Menahem Kahana/Getty Images Embed)
Relembre o início do conflito
No dia 7 de outubro do ano passado, o Hamas invadiu Israel e matou 1.200 pessoas, além de prender vários reféns, por não reconhecer o país como um Estado legítimo. Desde então, o exército israelense tem realizado uma série de bombardeios na região da Faixa de Gaza, que resultaram na morte de mais de 41.000 palestinos, incluindo mulheres e crianças, e deixaram vários sobreviventes em condições desumanas. Do outro lado, segundo o Instituto Nacional de Estudos da Segurança, 1.698 pessoas foram mortas, sendo 826 civis, 804 militares e 68 estrangeiros.
Foto destaque: Benjamin Netanyahu (reprodução/Ulrich Baumgarten/Getty Images Embed)