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Bolsonaro, Cid e Gutemberg são indiciados pela PF por fraude no cartão de vacinação

Ex-presidente e membros de seu governo são implicados em associação criminosa e falsa inserção de dados no sistema público de saúde

19 Mar 2024 - 10h00 | Atualizado em 19 Mar 2024 - 10h00
Bolsonaro, Cid e Gutemberg são indiciados pela PF por fraude no cartão de vacinação Lorena Bueri

Foram indiciados pela Polícia Federal (PF), na manhã desta terça-feira (19), o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ajudante de ordens do governo, o tenente-coronel Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) por fraudarem seus certificados vacinais.

A investigação

Os investigadores apontam crime de associação criminosa e falsificação na inserção de dados no sistema público de saúde. A inconsistência nos dados vacinais do ex-mandatário foi encontrada no lote marcado em seu cartão vacinal, que jamais foi disponibilizado na UBS Peruche, na cidade de São Paulo, onde teria recebido a dose. A enfermeira que teria lhe aplicado a vacina também não reconhece tal vacinação, além de que Bolsonaro sequer estava em São Paulo na data registrada. Também foi encontrada uma fraude na carteira de vacinação da filha de Bolsonaro, que teve dados fraudulentos inseridos em seu registro para poder viajar ao exterior. 

A informação já havia sido antecipada por Mauro Cid em delação à PF. O tenente-coronel era ajudante de ordens de Bolsonaro e foi indiciado por uso indevido de documento falso. Além dele e do ex-presidente, mais 15 integrantes e ex-integrantes do governo foram indiciados, são eles:

  • Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República;
  • Mauro Barbosa Cid, coronel do Exército e ex-ajudante de ordens da Presidência da República;
  • Gabriela Santiago Cid, esposa da Mauro Cid;
  • Gutemberg Reis de Oliveira, deputado federal (MDB-RJ);
  • Luis Marcos dos Reis, sargento do Exército que integrava a equipe de Mauro Cid;
  • Farley Vinicius Alcântara, médico que teria emitido cartão falso de vacina para a família de Cid;
  • Eduardo Crespo Alves, militar;
  • Paulo Sérgio da Costa Ferreira
  • Ailton Gonçalves Barros, ex-major do Exército;
  • Marcelo Fernandes Holanda;
  • Camila Paulino Alves Soares, enfermeira da prefeitura de Duque de Caxias;
  • João Carlos de Sousa Brecha, então secretário de Governo de Duque de Caxias;
  • Marcelo Costa Câmara, assessor especial de Bolsonaro;
  • Max Guilherme Machado de Moura, assessor e segurança de Bolsonaro;
  • Sergio Rocha Cordeiro, assessor e segurança de Bolsonaro;
  • Cláudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, servidora de Duque de Caxias;
  • Célia Serrano da Silva.

O caso vai ao Ministério Público Federal, onde será decidido se os elementos apontados pela investigação são suficientes para dar prosseguimento na acusação ou se ocorrerá o arquivamento. 

O advogado de Bolsonaro, Fábio Wajngarten se referiu ao vazamento do indiciamento para a imprensa como "lamentável", já que, segundo ele, a defesa do ex-presidente não teve acesso ao caso antes do mesmo se tornar público.

Negacionismo


Jair Bolsonaro vestindo máscara de prevenção contra a COVID-19 (Foto: reprodução/Raúl Spinassé/Folhapress)


Durante todo o período da pandemia o ex-presidente jamais fez movimentações que fomentassem a vacinação no país, na verdade, muitos médicos, cientistas e infectologistas o responsabilizam por um grande desestímulo à vacina e aumento no pensamento negacionista no Brasil, que tem um grande histórico de vacinação. O movimento é visto como um retrocesso para o país.

Ignorando totalmente a Lei de Acesso à Informação, Bolsonaro nunca confirmou nada sobre sua situação vacinal, além de impor um sigilo de 100 anos sobre seu cartão de vacinação, alegando que a informação era de interesse pessoal dele. O ex-presidente, que esteve à frente do país na pandemia, fez ataques públicos aos métodos preventivos à COVID-19, algo que retardou o combate à doença e resultou em milhares de internações e, consequentemente, mortes.

 

Foto Destaque: ex-presidente Bolsonaro e Zé Gotinha (Foto: reprodução/Adriano Machado/Crusoé)

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