Sobre Érica Monique Antunes

Jornalista e publicitária com ampla e consistente experiência nas mais diversas áreas da comunicação. É colunista nas editorias de cinema, música, tecnologia e notícias do Lorena R7.

Whalemate recebe investimento de R$ 6 milhões da Parceiro Ventures e prepara expansão no Brasil

A “Whalemate”, startup argentina de cibersegurança fundada por Mateo Bovio e Federico Joel Hombre, anunciou a captação de US$ 1 milhão (cerca de R$ 6 milhões) liderada pela “Parceiro Ventures”, fundo brasileiro de investimentos. O investimento marca não somente uma injeção financeira, mas também o fortalecimento da presença da empresa em um dos mercados digitais mais competitivos da América Latina: o Brasil.

A companhia já conta com tecnologia validada por grandes nomes da região, como “Mercado Livre” e “Rappi”, e agora acelera sua estratégia de expansão regional.

Cibersegurança com foco no fator humano

Segundo os fundadores, 90% dos ataques cibernéticos começam com falhas humanas, e foi a partir dessa ideia que a “Whalemate” desenvolveu a sua plataforma. O sistema integra neurociência, gamificação, psico-cibersegurança e inteligência artificial para transformar a conscientização em segurança digital prática e eficiente.

A startup oferece campanhas automatizadas contra diferentes tipos de ataques, como phishing, smishing, QR-shing e advanced attacks, adaptando conteúdos a cada país e monitorando resultados em tempo real. A proposta é tornar o aprendizado personalizado e próximo do cotidiano de cada usuário, reforçando a prevenção como ferramenta central da cibersegurança.


 Startup oferece campanhas automatizadas contra ataques cibernéticos (Foto: Reprodução/Akub Porzycki/Getty Images Embed)

Expansão no Brasil e estratégia regional

O Brasil ocupa papel estratégico no plano de crescimento da empresa. Além de ser um dos maiores mercados digitais da América Latina, a conexão é também pessoal: Bovio, um dos fundadores da empresa, tem vínculos familiares com o país. Esse laço afetivo fortalece a determinação da startup em consolidar operações locais.

Com o novo investimento, a “Whalemate” planeja atuar em três frentes: aprimorar a personalização dos conteúdos de treinamento, ampliar a capacidade tecnológica para simulações realistas e formar uma equipe dedicada no Brasil, estruturando estratégia comercial própria.

A meta de longo prazo é transformar a empresa na principal plataforma de conscientização em cibersegurança da América Latina, construindo uma nova cultura digital.

 

Índia mantém negociações comerciais com EUA, mas defende interesses nacionais

O ministro das Relações Exteriores da Índia, Subrahmanyam Jaishankar, afirmou no último sábado (23) que as negociações comerciais com os Estados Unidos seguem em andamento. A declaração ocorre poucos dias antes da entrada em vigor de tarifas adicionais de até 50% sobre produtos indianos, adotadas por Washington em resposta ao aumento das compras de petróleo russo pelo país asiático.

Até o momento, 25% das tarifas já estão em vigor, enquanto os outros  25% restantes entram em ação a partir de 27 de agosto. Uma visita de negociadores comerciais dos EUA a Nova Délhi, entre os dias 25 e 29 de agosto, foi cancelada, frustrando as expectativas de um possível adiamento ou redução das taxas.

Temos alguns limites nas negociações, que devem ser mantidos e defendidos”, disse Jaishankar durante evento do Economic Times, destacando a proteção aos agricultores e pequenos produtores do país. Ele também criticou as decisões do governo Trump, definindo-as como “incomuns”, e apontou que preocupações sobre compras de petróleo russo não estão sendo aplicadas a outros grandes consumidores, como China e União Europeia.

Tarifas impactam crescimento econômico e comércio bilateral

O comércio bilateral entre Índia e EUA supera US$ 190 bilhões e já enfrentou tensões no início do ano, quando negociações anteriores fracassaram devido à recusa indiana em abrir setores estratégicos como agricultura e laticínios.

Analistas da Capital Economics avaliam que, caso as tarifas adicionais sejam mantidas, o impacto no crescimento econômico da Índia será de 0,8 ponto percentual neste ano e no próximo. A medida também pode reduzir a atratividade da Índia como centro global de manufatura, afetando investimentos estrangeiros de longo prazo.

Jaishankar ressaltou que a Índia tem o direito de tomar decisões em seu interesse nacional e destacou que a questão do petróleo russo não havia sido levantada em negociações anteriores. Segundo o ministro, o comércio entre Rússia e Europa é maior do que entre Índia e Rússia, o que levanta questionamentos sobre a seletividade das tarifas aplicadas.


Governo Trump dobrou tarifas aos produtos da Índia (Vídeo: reprodução/YouTube/@cnnbrasil)

Repercussões para investidores e empresas

O aumento das tarifas tem gerado preocupação entre empresários e investidores internacionais, que agora reavaliam contratos de exportação e estratégias de entrada no mercado norte-americano. Setores como tecnologia, produtos manufaturados e agronegócio podem enfrentar custos mais elevados, margens reduzidas e atrasos logísticos. A incerteza sobre a continuidade das negociações aumenta a volatilidade nos preços de commodities e pode influenciar decisões de investimento direto estrangeiro, enquanto empresas indianas buscam alternativas de mercado para minimizar os impactos das tarifas impostas pelos EUA.

Enquanto as negociações continuam, empresas indianas e investidores internacionais observam atentamente o desenrolar do conflito tarifário, avaliando seus impactos sobre custos, competitividade e estratégias de exportação em um cenário de crescente tensão comercial global.

OpenAI busca vender US$ 6 bilhões em ações para investidores estratégicos

Atuais e ex-funcionários da OpenAI, criadora do ChatGPT, estão em negociações para vender cerca de US$ 6 bilhões em ações da empresa, de acordo com fontes ouvidas pela Reuters na última sexta-feira (15). Entre os investidores que podem participar da oferta, estão empresas que já têm participação na companhia como SoftBank, Thrive Capital e Dragoneer Investment Group.

O movimento surge em um contexto de crescimento acelerado da OpenAI, que está sendo avaliada em US$ 500 bilhões, significativamente acima dos US$ 300 bilhões estimados anteriormente. A valorização reflete tanto o aumento expressivo de usuários quanto a receita da companhia, além da crescente competição por talentos no setor de inteligência artificial.

Segundo a Bloomberg, as negociações continuam em estágio inicial, e o tamanho final da venda pode ser ajustado. A oferta de ações secundária também reforça a posição do SoftBank na liderança da rodada de financiamento primária de US$ 40 bilhões da OpenAI.

Crescimento acelerado impulsionado pelo ChatGPT

O principal motor do crescimento da OpenAI continua sendo o ChatGPT, que atraiu cerca de 700 milhões de usuários ativos semanais em seus produtos até agosto deste ano, um aumento expressivo em relação aos 400 milhões registrados em fevereiro. A receita da empresa também registrou forte expansão: nos primeiros sete meses de 2025, a receita anualizada atingiu US$ 12 bilhões, e a expectativa é que o faturamento alcance US$ 20 bilhões até o fim do ano, segundo dados apurados pela Reuters.


ChatGPT atraiu cerca de 700 milhões de usuários até agosto de 2025 (Foto:reprodução/alexsl/Getty Images Embed)

O apoio financeiro da Microsoft continua sendo um fator estratégico importante, consolidando a posição da OpenAI como líder em inteligência artificial generativa. O interesse de investidores como SoftBank e Thrive Capital demonstra a confiança do mercado no potencial de crescimento da empresa, além de indicar que a demanda por participação em companhias de tecnologia de ponta permanece alta.

Oferta reflete valorização do setor de IA

A venda de ações secundárias não envolve emissão de novas ações, mas permite que funcionários e investidores originais realizem parte de seus ganhos. O movimento também destaca a valorização das startups de inteligência artificial no mercado global, com empresas buscando capturar capital para expansão, recrutamento e desenvolvimento de tecnologias emergentes.

Ainda sem data definida para fechamento do acordo, a transação da OpenAI reforça o cenário de investimento intenso em IA e o interesse contínuo de fundos estratégicos em companhias líderes do setor.

O Cavaleiro dos Sete Reinos: série derivada de Game of Thrones ganha nova foto e presença confirmada na Comic-Con de NY

O universo de “Game of Thrones” continua em expansão. “O Cavaleiro dos Sete Reinos”, nova série derivada baseada nos contos de George R. R. Martin, acaba de ganhar uma foto inédita de bastidores e a confirmação de que marcará presença na próxima New York Comic-Con.

O anúncio reacendeu as expectativas dos fãs, que aguardam ansiosamente mais detalhes sobre a produção — que ainda não tem data oficial de estreia.

Um mergulho no passado de Westeros

Anunciada originalmente em 2023, a série está sendo escrita e produzida por George R. R. Martin em parceria com Ira Parker (The Nevers, Better Things). A produção também conta com Ryan Condal, (atual showrunner de A Casa do Dragão), como produtor executivo.

A trama da primeira temporada acompanha as aventuras de Sor Duncan, o Alto (interpretado por Peter Claffey) e seu jovem escudeiro Egg (Dexter Sol Ansell), situadas séculos antes dos eventos que marcaram Game of Thrones. Ao longo da narrativa, a dupla se envolve em uma competição que reúne figuras marcantes da dinastia Targaryen, dentre eles os príncipes Aerion Targaryen,  Baelor Targaryen e  Maekar Targaryen. Também farão parte da jornada o misterioso Sor Lyonel Baratheon, conhecido como Tempestade Risonha, e o titereiro Tanselle.

Além dos protagonistas, o elenco reúne nomes como Finn Bennett (True Detective: Night Country), Bertie Carvel (The Crown), Tanzyn Crawford (Tiny Beautiful Things), Daniel Ings (Sex Education) e Sam Spruell (Small Axe: Mangrove).


HBO divulgou foto de bastidores de "O Cavaleiro dos Sete Reinos" (Foto:reprodução/Instagram

/@hbomax)

Continuidade no legado de Game of Thrones

Assim como “A Casa do Dragão”, “O Cavaleiro dos Sete Reinos” promete expandir a mitologia de Westeros, explorando períodos ainda pouco retratados no universo televisivo da franquia. A expectativa é que a série mantenha o alto padrão de produção da HBO, com figurinos detalhados, cenários grandiosos e o mesmo cuidado narrativo que consolidou o sucesso das produções anteriores.

Embora não haja previsão de estreia, a presença na New York Comic-Con pode indicar que novas imagens, trailers ou até mesmo a data de lançamento sejam revelados em breve. Enquanto isso, fãs podem revisitar Game of Thrones e acompanhar “A Casa do Dragão”, que segue em exibição no catálogo da HBO Max, mantendo viva a chama de Westeros enquanto aguardam o próximo capítulo dessa saga épica.

Depois da Caçada: novo suspense de Luca Guadagnino revela pôster e estreia nos EUA

O novo suspense psicológico de Luca Guadagnino, “Depois da Caçada”, reúne Julia Roberts, Andrew Garfield e Ayo Edebiri em uma trama de segredos, acusações e tensões morais dentro de uma Universidade. Enquanto nos Estados Unidos o filme estreia em 10 de outubro, o público brasileiro ainda aguarda definição da data de lançamento nas salas de cinema.

Trama envolve acusações e passado sombrio

A história acompanha uma professora universitária confrontada com seu passado obscuro quando um aluno destacado faz uma séria acusação contra um colega. A trama explora dilemas éticos, segredos antigos e as complexas relações entre professores e alunos, prometendo um suspense denso e envolvente, característico do trabalho de Guadagnino.


Trailer oficial de "Depois da caçada" (Vídeo: reprodução/YouTube/@SonypicturesBrasil)

Elenco de peso e direção consagrada

Além de Julia Roberts e Andrew Garfield, o elenco inclui Ayo Edebiri, conhecida pelo filme “O Urso”. Guadagnino, diretor de “Me Chame Pelo Seu Nome” e “Suspiria”, assume a direção a partir de um roteiro cuidadosamente elaborado para mergulhar nos conflitos internos de cada personagem, explorando tensão e mistério com seu estilo visual marcante.

O filme já teve seu pôster divulgado, reforçando o clima de suspense e mistério que permeia a história. Embora os fãs brasileiros ainda não tenham uma data definida para conferir a estreia, a expectativa é alta, considerando principalmente a reputação do diretor e o elenco estrelado.



Pôster de "Depois da caçada" (Foto: reprodução/Sony Pictures)

Estreia mundial

O filme já teve seu pôster divulgado, reforçando o clima de suspense e mistério que permeia a história. Embora os fãs brasileiros ainda não tenham uma data definida para conferir a estreia, a expectativa é alta, considerando principalmente a reputação do diretor e o elenco estrelado.

Sobre Luca Guadagnino

Luca Guadagnino é conhecido por transformar histórias intensas em experiências visuais únicas. Nascido na Itália, o cineasta ganhou reconhecimento internacional com “Me Chame Pelo Seu Nome” (2017), indicado a quatro Oscars, incluindo o de Melhor Filme.

Seu estilo combina estética refinada, narrativa emocional profunda e uma atenção minuciosa aos detalhes sensoriais, criando filmes que dialogam tanto com crítica, quanto com o público. Guadagnino também dirigiu “Suspiria” (2018), um remake que conquistou destaque por sua abordagem artística e ousada do terror psicológico. Com “Depois da Caçada”, o diretor continua explorando dramas humanos complexos, desta vez em um cenário universitário cheio de segredos e tensões.

Mercado global de smartphones dobráveis continua restrito apesar dos investimentos e inovações

A recente apresentação global da linha Galaxy Z Fold 7, Galaxy Z Flip 7 e Galaxy Z Flip 7 FE pela Samsung reforça seu protagonismo no setor de smartphones dobráveis. Ainda assim, a liderança da gigante sul-coreana tem sido gradualmente contestada por concorrentes como a Motorola, Huawei e Honor, com destaque para o mercado chinês, que já representa 55,2% das vendas globais de dobráveis em 2025, segundo dados da Coherent Market Insights.

Desafios para a adoção em massa

Apesar das inovações que resultaram em dispositivos mais finos e leves — como o Galaxy Z Fold 7 —, a aceitação comercial permanece tímida. Uma análise da Statista indica que, dos 1,2 bilhões de smartphones vendidos em 2024, apenas cerca de 25 milhões são dobráveis.

Pesquisa realizada pela YouGov com consumidores nos EUA destaca os principais entraves para a expansão da tecnologia: preocupações com a durabilidade das telas flexíveis, o alto custo dos aparelhos, ausência de vantagens claras em relação aos smartphones convencionais, o tamanho e o peso dos dispositivos.

Novas gerações

Ainda assim, o futuro do segmento pode ser promissor. O interesse dos jovens adultos por smartphones dobráveis está crescendo, impulsionado por demandas específicas: maior duração de bateria, capacidade multitarefa otimizada e câmeras de alta qualidade. A IDC projeta que as vendas globais de dobráveis poderão atingir 45,7 milhões de unidades até 2028, indicando um crescimento significativo, embora gradual.


Embed from Getty Images

A versão dobrável da Apple é um dos lançamentos mais aguardados da categoria (Foto: reprodução/John Keeble/Getty Images Embed)

Expectativa pelo iPhone dobrável

Um dos pontos mais aguardados no setor é o lançamento do iPhone dobrável, popularmente chamado de “Apple Fold”. Embora a Apple ainda não tenha confirmado oficialmente o lançamento do dispositivo, analistas apontam para um possível lançamento no segundo semestre de 2026.

Tim Bajarin, especialista em tecnologia e colunista da Forbes US, destaca que, para a Apple investir no produto, a empresa precisaria garantir vendas anuais na casa dos 30 a 40 milhões de unidades. Para que o mercado de dobráveis se torne sustentável, ele avalia que o segmento teria que alcançar algo em torno de 100 milhões de aparelhos vendidos por ano — patamar que deve demorar alguns anos para ser atingido.

Mercado global

O mercado global de smartphones dobráveis caminha entre avanços tecnológicos e barreiras comerciais e culturais. A combinação de fatores como preço, durabilidade e usabilidade ainda precisa evoluir para que o formato conquiste mais espaço entre os consumidores tradicionais. Entretanto, o interesse crescente, principalmente entre os jovens, e as próximas inovações — incluindo a entrada da Apple — sugerem que o segmento pode ganhar corpo e relevância no médio prazo.

Estudo da Microsoft revela 40 profissões mais expostas à inteligência artificial

Um levantamento inédito da Microsoft, em colaboração com pesquisadores da área de tecnologia e trabalho, revelou as profissões mais suscetíveis à automação por Inteligência Artificial (IA), principalmente aquelas com tarefas baseadas em linguagem natural, matemática, comunicação, computação e produção de conteúdo.

O estudo, intitulado “Working with AI: Measuring the Occupational Implications of Generative AI”, analisou mais de 200 mil interações reais de usuários com o Microsoft Copilot, ferramenta de IA generativa integrada a produtos como Word, Excel e Teams. O objetivo: identificar quais ocupações mais se beneficiam – ou correm riscos – com a adoção da tecnologia.

Publicado como pré-print (ainda sem revisão por pares), o estudo analisou dados exclusivamente do mercado de trabalho dos Estados Unidos, mas suas implicações se estendem globalmente, especialmente em setores com alto grau de digitalização.

Metodologia da pesquisa

A análise se baseou na integração de três fontes de dados: interações reais com o Copilot da Microsoft; a base ocupacional O\NET, que mapeia funções profissionais nos EUA; e ferramentas estatísticas que mediram a proporção do trabalho passível de automação por IA generativa.

Os cientistas criaram um índice de aplicabilidade da IA, que atribui uma pontuação a cada ocupação com base na frequência e na relevância das tarefas que podem ser realizadas com o auxílio de IA. A pontuação não reflete uma substituição total, mas sim, o nível de suporte ou automação que essas ferramentas podem oferecer.

Profissões mais impactadas pela IA

O topo da lista é ocupado por funções que exigem trabalho intelectual, criativo ou repetitivo baseado em linguagem, exatamente o ponto forte dos grandes modelos de linguagem como o GPT-4. Confira a lista:

  • Intérpretes e tradutores
  • Historiadores
  • Redatores, revisores e jornalistas
  • Cientistas políticos e matemáticos
  • Analistas de dados, desenvolvedores web
  • Representantes de vendas e telemarketing
  • Professores universitários de negócios e economia
  • Editores, locutores, agentes de viagem
  • Consultores financeiros e demonstradores de produtos

Profissões menos impactadas pela IA

De outro lado estão as  funções manuais, físicas, operacionais ou relacionadas a cuidados humanos, que exigem habilidades motoras, sensoriais ou empatia. Sendo elas:

  • Operadores de draga, ponte e usinas
  • Técnicos de manutenção e instalação
  • Auxiliares de enfermagem e assistentes cirúrgicos
  • Lavadores de louça e embaladores industriais
  • Trabalhadores da construção civil e florestal
  • Telhadistas, lustradores, pintores e encanadores
  • Flebotomistas e cirurgiões bucomaxilofaciais
  • Engenheiros navais e embalsamadores

Essas atividades, por dependerem de ações no mundo físico, estão longe da automação total, ao menos com a tecnologia disponível atualmente.


baseadas em linguagem natural, matemática, comunicação, computação e produção de conteúdo.
Áreas da matemática, comunicação e computação serão as mais afetadas(Foto:reprodução/Laurence Dutton/Getty Images Embed)

IA como ferramenta, não substituição

A principal conclusão do estudo é que, embora muitas tarefas possam ser executadas por IA, isso não significa a substituição total de empregos humanos. Em vez disso, a tecnologia tende a amplificar a produtividade, especialmente em tarefas burocráticas e cognitivas repetitivas.

Esses achados estão alinhados com o relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do instituto polonês NASK, que apontam que 1 em cada 4 empregos no mundo pode ser transformado pela IA generativa, o que reforça a urgência de capacitação digital contínua para os profissionais nas próximas décadas.

 

Cientistas descobrem “super-Terra”, com características semelhantes às da Terra a 35 anos-luz

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Montreal, no Canadá, revelou a descoberta de um quinto planeta no sistema L 98-59, a apenas 35 anos-luz da Terra. Batizado de L 98-59 f, o novo exoplaneta encontra-se dentro da chamada zona habitável, região onde as condições permitem a existência de água em estado líquido, um dos principais pré-requisitos para a vida humana.

A descoberta, intitulada como uma “super-Terra”, indica que o planeta recebe um nível de radiação semelhante ao que a Terra recebe do Sol. Ele completa sua órbita em torno da estrela central em apenas 23 dias, o que, apesar da curta duração, não impede que tenha uma temperatura compatível com a manutenção de água líquida em sua superfície, dependendo da presença de atmosfera.

Avanço tecnológico e análise de dados de ponta

Diferente de muitas descobertas feitas via trânsito — quando um planeta passa na frente de sua estrela — o L 98-59 f foi identificado por meio da análise de oscilações gravitacionais da estrela, detectadas por instrumentos de alta precisão como Harps e Espresso, do Observatório Europeu do Sul.

Esses dados foram cruzados com medições do satélite TESS, da NASA, e do Telescópio Espacial James Webb, permitindo calcular a massa, o diâmetro e a composição de cinco planetas que orbitam essa estrela anã vermelha. O uso combinado dessas tecnologias marca um avanço significativo na astronomia de exoplanetas, com impacto direto no desenvolvimento de ferramentas de inteligência artificial aplicadas à astrofísica.

Segundo o astrônomo Charles Cadieux, líder da pesquisa, a descoberta reforça a diversidade dos sistemas planetários fora do Sistema Solar. “Encontrar um planeta temperado em um sistema tão compacto destaca a importância de explorar mundos potencialmente habitáveis ao redor de estrelas de baixa massa”, afirmou o cientista em comunicado.


    Quinto planeta teria apenas 35 anos-luz da Terra (Foto: reprodução/JAXA/Michael Benson/Getty Images Embed)

Próximos passos: atmosfera e sinais de vida

O próximo grande desafio é identificar a presença de atmosfera em L 98-59 f. Caso ela exista, o Telescópio James Webb pode identificar os elementos de vapor d’água, dióxido de carbono ou até mesmo compostos orgânicos que possam detectar formas de vida primitiva. Os resultados completos do estudo serão publicados em breve na revista The Astronomical Journal, com expectativas de gerar novos caminhos para a exploração científica e tecnológica do universo.

Ozzy Osbourne: trajetória de excentricidades, revolução e legado no heavy metal

Da fundação do Black Sabbath à consagração como ícone global do rock, o “Príncipe das Trevas” moldou os rumos do heavy metal. Ozzy Osbourne, uma das figuras mais emblemáticas da história do rock, morreu aos 76 anos, nesta terça-feira (22). A notícia foi confirmada por sua família, semanas após o músico realizar um histórico show de despedida com o Black Sabbath em sua cidade natal, Birmingham, no Reino Unido. Sofrendo de Parkinson e com mobilidade reduzida, Osbourne havia se afastado dos palcos nos últimos anos, mas jamais do coração de seus milhões de fãs.

Nascido como John Michael Osbourne, em 1948, no coração operário da Inglaterra, Ozzy construiu uma carreira marcada por ousadia, excentricidade e uma reinvenção constante. Diagnosticado tardiamente com dislexia e transtornos de atenção, enfrentou desde cedo dificuldades na escola e na vida profissional. Antes de se tornar vocalista, trabalhou como operário e até mesmo em um matadouro — experiências que moldaram seu imaginário sombrio e visceral.

Black Sabbath: nascimento do heavy metal

Em 1969, ao lado de Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward, Ozzy fundou o Black Sabbath — banda que mudaria os rumos da música. Com letras carregadas de misticismo e riffs pesados, o grupo criou, praticamente do zero, um novo gênero musical: o heavy metal. O disco de estreia, o homônimo “Black Sabbath” (1970), pavimentou esse caminho. O segundo álbum, “Paranoid” (1970), consolidou o sucesso com hinos como “War Pigs”, “Iron Man” e a faixa-título, que atravessaram gerações.

Nos anos seguintes, a banda lançou clássicos como Master of Reality (1971) e Sabbath Bloody Sabbath (1973), mesmo enfrentando conflitos internos alimentados pelo abuso de drogas. Em 1979, Ozzy foi demitido da banda. Seria, porém, o início de uma nova fase ainda mais triunfante.


A banda Black Sabbath é considerada uma das precursoras do Heavy Metal (Foto: reprodução/Jorgen Angel/Redferns/Getty Images Embed)

Ascensão solo e consagração definitiva

Longe do Sabbath, Ozzy lançou seu primeiro disco solo, Blizzard of Ozz (1980), que se tornaria um marco do hard rock, com faixas como “Crazy Train” e “Mr. Crowley”. Com a parceria do virtuoso guitarrista Randy Rhoads, Osbourne redefiniu o som do metal nos anos 1980. Seguiram-se álbuns de sucesso como Diary of a Madman (1981), Bark at the Moon (1983) e No More Tears (1991), sempre marcados por sua presença de palco excêntrica e vocal inconfundível.

Ao longo da carreira solo, Ozzy vendeu mais de 100 milhões de discos, sendo reconhecido como um dos maiores artistas do século XX. Em 1997, retomou os laços com o Black Sabbath e participou de reuniões e turnês que celebraram a história da banda. Em 2013, o álbum 13 marcou a volta ao estúdio com Iommi e Butler, estreando no topo das paradas no Reino Unido e nos Estados Unidos.

Despedida com emoção e causa social

O último show de Ozzy Osbourne, o “Back to the Beginning: Ozzy’s Final Bow”, aconteceu no último dia 5 de julho, em um evento especial na cidade de Birmingham, reunindo dezenas de milhares de fãs para uma despedida histórica. Com curadoria musical do guitarrista Tom Morello (Rage Against the Machine), o espetáculo contou com grandes nomes do rock e arrecadou cerca de US$ 190 milhões para instituições como a Cure Parkinson’s, o Birmingham Children’s Hospital e o Acorn Children’s Hospice.

A apresentação foi marcada por emoção, reverência e um repertório que celebrou a essência do Black Sabbath. Em meio aos aplausos e lágrimas, Ozzy selou sua jornada nos palcos com uma atuação simbólica, histórica e inesquecível.


O "Back to the Beginning: Ozzy’s Final Bow" foi o show de despedida de Ozzy (Foto: reprodução/Instagram/@ozzyosbourne)

Ícone do metal e legado cultural

Em 2002, Osbourne voltou aos holofotes de uma forma inesperada: como protagonista do reality show The Osbournes, exibido pela MTV. Ao lado da esposa Sharon Osbourne e dos filhos Kelly e Jack, Ozzy mostrou seu lado doméstico, vulnerável e por vezes cômico, conquistando uma nova geração de fãs e reforçando seu status de ícone pop.

Mesmo enfrentando problemas de saúde, Ozzy continuou lançando álbuns e realizando apresentações pontuais. Seu último show não apenas encerrou uma era, mas também reafirmou seu compromisso com o público e com causas sociais importantes.

Ozzy Osbourne foi uma força cultural, símbolo da contracultura, do sombrio, do excêntrico e do revolucionário musical. Sua presença influenciou desde o metal extremo até o pop, atravessando fronteiras com autenticidade inabalável. Seu grito primal ecoará para sempre na eternidade do rock.

Tarifas de Trump ameaçam colapso produtivo e inovação tecnológica no Brasil

A imposição de uma tarifa de 50% sobre todas as importações brasileiras pelos Estados Unidos, anunciada pelo presidente Donald Trump, acendeu o alerta vermelho nos setores industriais de tecnologia aplicada à produção. Representantes da indústria madeireira e de pescados alertam que a medida pode paralisar cadeias produtivas inteiras, travar investimentos em inovação e dificultar o avanço da automação em processos de exportação e rastreabilidade.

Segundo Paulo Roberto Pupo, superintendente da Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente), há uma crescente sensação de paralisia nas negociações desde a reunião com a equipe do governo Lula. “A cada dia que passa, esse cronômetro fica ainda mais vermelho”, diz Pupo, referindo-se à falta de respostas técnicas e diplomáticas. Com 100% da produção de algumas empresas voltada ao mercado norte-americano, o setor já começa a projetar férias coletivas e demissões, medidas que podem comprometer investimentos em infraestrutura digital e sistemas de controle industrial.

Impacto direto na digitalização de cadeias produtivas

Eduardo Lobo, presidente da Abipesca (Associação Brasileira das Indústrias de Pescados), também aponta os riscos sistêmicos do tarifaço para o futuro tecnológico do setor. Com 70% das exportações de pescados destinadas aos EUA e impedimentos de entrada no mercado europeu desde 2017, a tarifa representa não apenas um golpe financeiro, mas um obstáculo à implementação de soluções digitais de rastreabilidade, logística e compliance internacional.

Estamos de mãos atadas. O cenário escalou e está mais tenso. Os empresários não têm como intervir ou planejar soluções de longo prazo”, afirma Lobo. Ele enviará ao governo federal uma solicitação de linha de crédito emergencial de R$ 900 milhões para manter a operação viva. Para o setor, o pedido mais urgente é a postergação imediata da entrada em vigor da tarifa, prevista para 1º de agosto, permitindo tempo para adaptação logística e busca por alternativas digitais de escoamento.

A proposta de que o setor privado pressione os importadores americanos é vista como inviável. “O comprador dos EUA vai simplesmente substituir pelo fornecedor mais barato, sem entrar em debate político”, alerta Lobo.


Tarifaço de Trump causará impacto direto nas cadeias produtivas brasileiras (Vídeo:reprodução/YouTube/@CNNBrasil)

Reflexo na cadeia tecnológica e urgência diplomática

Além das barreiras comerciais, o impasse prejudica iniciativas tecnológicas estratégicas, como o uso de blockchain para rastreabilidade de origem, certificações digitais internacionais e digitalização da logística portuária — todas são medidas que dependem de estabilidade comercial e previsibilidade regulatória.

O empresariado pede que o governo brasileiro reforce argumentos técnicos nas negociações, destacando a complementaridade produtiva entre Brasil e EUA, que pode ser traduzida em ganhos para ambos os países. No entanto, sem uma resposta rápida, o receio é que os setores se tornem “reféns da negociação”, nas palavras de Pupo.