Agentes de IA: a nova vitrine digital para marcas no futuro do marketing
Agentes de IA torna-se vitrine do marketing digital, personalização diálogo e GEO redefinem a forma como marcas alcançam consumidores

A publicidade digital está entrando em uma nova era. Se antes os anúncios dependiam de cliques, telas e algoritmos de busca, agora o espaço de destaque está migrando para um terreno inesperado: os agentes de inteligência artificial. Segundo projeções de mercado, os investimentos em anúncios dentro dessas plataformas podem atingir US$ 1 bilhão em 2025, com expectativa de crescimento de mais de 100% ao ano até o fim da década.
Da busca ao diálogo
A diferença central está na forma como os consumidores acessam informação. Pesquisas recentes mostram que 38% dos adultos nos Estados Unidos já usam assistentes de IA para se informar e que, no setor de varejo, 41% recorrem a eles para decisões de compra. Isso significa que a busca tradicional, feita por texto em mecanismos como o Google, está cedendo espaço para uma interação direta, conversacional e contextualizada.
O papel dos agentes
Enquanto os chatbots tradicionais oferecem respostas, os agentes de IA são capazes de agir de forma autônoma. Eles não apenas informam, mas também executam tarefas: fazem pesquisas em tempo real, comparam preços, recomendam produtos, preenchem cadastros e até concluem compras.
Esse avanço já começa a ser incorporado por empresas de tecnologia e também por marcas do setor de moda e luxo. Grupos como LVMH e Diane von Furstenberg testam consultores virtuais que unem recomendação personalizada e experiência de marca, transformando o atendimento em algo mais próximo de um diálogo humano.
Logo do ChatGpt usada normalmente por sua empresa (Foto: reprodução/X/@blindowl_)
A era da GEO
Se o SEO (Search Engine Optimization) foi essencial para garantir visibilidade no Google, agora surge a GEO (Generative Engine Optimization). O conceito reflete a necessidade das marcas de estarem presentes não só nos mecanismos de busca, mas também na “memória” e no processo de recomendação das IAs generativas. Em vez de aparecer como um link patrocinado, a marca precisa se tornar a opção natural que o agente sugere.
Oportunidades e desafios
As possibilidades são vastas: personalização em tempo real, automação de processos e interação fluida com o consumidor. No entanto, os desafios também são claros. Questões como transparência na publicidade, confiança do usuário e preservação da identidade de marca precisam ser tratadas com cautela. Afinal, recomendações disfarçadas de publicidade podem gerar desconfiança e comprometer a experiência do cliente.
O futuro da vitrine
Os agentes de IA inauguram um novo paradigma: a publicidade deixa de ser apenas exposição para se transformar em conversa inteligente. Quem souber ocupar esse espaço cedo terá acesso não apenas à atenção, mas também à confiança e à fidelidade de consumidores cada vez mais guiados por assistentes digitais.