Trump aumenta pressão sobre Venezuela com envio de mais um navio e submarino nuclear

De acordo com a agência Reuters, o governo dos Estados Unidos determinou o envio de mais um navio de guerra e de um submarino de ataque rápido para o sul do Mar do Caribe, nas proximidades da costa venezuelana. A informação foi confirmada à Reuters por dois membros do Departamento de Defesa dos EUA, que pediram anonimato. Segundo as fontes, o cruzador de mísseis guiados USS Lake Erie e o submarino nuclear de ataque rápido USS Newport News devem chegar à região no começo da próxima semana.

Ampliação do efetivo militar

O destróier USS Lake Erin, equipado com 122 mísseis, e o submarino de propulsão nuclear USS Newport News reforçarão a presença militar dos EUA na costa da Venezuela, já monitorada por aeronaves de vigilância. Na semana passada, também foram enviados à região, três destróieres da classe Arleigh Burke, mas recuaram temporariamente devido ao furacão Erin. Nesta segunda-feira (25), retomaram o deslocamento.

Elas contarão com o apoio do avião de patrulha marítima P-8 Poseidon, da Marinha dos EUA, que opera a partir de San Juan, em Porto Rico. Além disso, um avião Boeing E-3 Sentry também foi detectado na região costeira da Venezuela, ele é usado para rastrear e identificar alvos estratégicos.

Com esse reforço, o poder de fogo dos EUA na região cresce mais de 50%, superando, em teoria, toda a capacidade militar de Maduro. Ainda assim, os navios americanos não estão totalmente imunes, já que a Venezuela possui mísseis anti navio de origem chinesa, russa e iraniana, embora sua quantidade exata seja desconhecida.

As embarcações dos Estados Unidos poderão ser empregadas em diversas missões, que vão desde ações de inteligência e vigilância até possíveis ataques de precisão em solo venezuelano, segundo uma autoridade que falou à Reuters sob anonimato.


Nicolas Maduro, presidente da Venezuela (Foto: reprodução/Juan Barreto/Getty Images Embed)

Palavras dirigidas a Maduro

Na semana passada, os EUA enviaram ao sul do Caribe cerca de 4.000 militares, navios de guerra, aviões e um submarino, segundo Reuters e Associated Press. A operação visa combater cartéis de drogas que atuam na região. O governo Trump vem intensificando a pressão sobre Nicolás Maduro, tratado como alvo direto. Seis navios foram deslocados sob a justificativa de conter o narcotráfico. Na terça (19), a porta-voz Karoline Leavitt chamou Maduro de “fugitivo”, “chefe de cartel” e “não legítimo”, afirmando que os EUA usarão “toda a força” contra seu regime.

Washington oferece US$ 50 milhões por informações que levem à prisão de Maduro, acusado de narco terrorismo, tráfico de drogas e ligação com o Cartel de los Soles, rotulado pelos EUA como organização terrorista.

Trump ameaça novas tarifa à China caso exportações de ímãs não aumentem

Em declaração feita no Salão Oval, durante a recepção ao presidente sul-coreano Lee Jae Myung, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou sua postura agressiva na disputa comercial com a China.

Segundo o presidente estadunidense, essa nova ameaça de tarifas severas, que pode alcançar até 200%, significaria que os EUA não vai fazer negócios com a China caso a entrega dos suprimentos não normalizar.

Essa declaração reforça um histórico recente de tensões tarifárias extremas entre os países, como quando Trump chegou a impor 145% de tarifas sobre produtos chineses em 2025, medida que chegou a paralisar o comércio entre eles, antes de reduzir as alíquotas a 30%. Já a China retaliou essa guerra com tarifas de até 125%, que hoje permanecem em cerca de 10%.

Contexto e implicações

A China domina cerca de 90% da produção global de minerais e ímãs de terras raras, esses elementos são vitais para a fabricação de veículos elétricos, drones, eletrônicos e equipamentos militares. Em maio, a restrição chinesa sobre essas exportações causou severos impactos nas cadeias de suprimentos ocidentais.

Desde então os envios chineses voltaram a subir, por exemplo, em julho, foram exportadas 619 toneladas de ímãs, um aumento de 76% em relação a junho, mas ainda está 28% abaixo da média mensal de 2024.


Presidentes Xi Jinping e Donald Trump (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)

Em outras falas recentes, Trump enfatizou que os Estados Unidos têm “cartas incríveis” de influência sobre a China, ele mencionou que caso as utilizasse, isso “destruiria a China”, embora tenha ressaltado que não desejar seguir esse caminho.

Atuais Negociações

Essa alfinetada ocorreu em meio à prorrogação de um cessar-fogo tarifário entre eles, que amplia o prazo da trégua até 10 de novembro de 2025. A extensão busca evitar escaladas anormais durante o período de compras de fim de ano e preparar terreno para uma possível negociação de alto nível entre Trump e Xi Jinping.

Além disso, o controle de Donald Trump enfrenta incertezas colocando em cheque sua autoridade sobre impor as tarifas, principalmente em relação ao uso da International Emergency Economic Powers Act (IEEPA), o qual seu controle pode depender da decisão do tribunal de apelações.

AGU contrata escritório de advocacia nos EUA contra sanções de Trump

O governo de Lula (PT) está, por intermédio da Advocacia-Geral da União (AGU), nas negociações finais da contratação de um escritório de advocacia para atuar nos EUA. O objetivo é defender o Estado Brasileiro das sanções impostas pelo presidente americano, Donald Trump.

O contrato será finalizado e o nome do escritório contratado deverá ser anunciado pela AGU nos próximos dias.

Respostas diretas

As ações buscam reverter tanto o ”tarifaço” anunciado em julho e posto em prática no inicio desse mês quanto a aplicação da Lei Magnistsky ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

No mês passado, a AGU já havia trabalhado na contratação de profissionais no território norte-americano para atuarem em nome de Moraes em processos movidos pelo grupo Trump e pela plataforma Rumble.

Os processos buscavam responsabilizar o ministro em supostas censuras que teriam sido cometidas contra empresas e cidadãos norte-americanos. A AGU possui a responsabilidade institucional de defender autoridades brasileiras dentro e fora do país.

Moraes chegou inicialmente a dispensar a proposta de Lula para que a AGU cuidasse do caso da Lei Magnistsky, em entrevista à Reuters, o ministro afirmou que irá aguardar, por opção própria, uma solução pela via diplomática.



As sanções e críticas

Desde julho, o governo norte-americano tem anunciado sanções contra o Brasil e as autoridades brasileiras, com o presidente Trump e seus apoiadores, fazendo declarações críticas e acusações aos poderes, chegando a se posicionar sobre ainda mais diretamente no Relatório anual do Departamento de Estado sobre os direitos humanos, que o Departamento de Estado dos Estados Unidos elabora anualmente em relação a diversos países.

Nos anúncios e discursos feitos por Donald Trump ou representantes da Casa Branca, o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) é citado nominalmente, visto que Trump aplicou justamente a Lei Magnistsky com o argumento de perseguição do poder judiciário brasileiro contra o ex-presidente réu pela suposta trama golpista.

Já o ”tarifaço” de 50% veio com a acusação de que o Brasil é uma ameaça a política externa, a economia e os direitos de liberdade de expressão dos EUA. Vale ressaltar que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e filho de Jair Bolsonaro, atualmente vivendo nos Estados Unidos, afirmou em entrevistas e publicações de que participou das articulações para as punições.

Trump volta a aparecer com maquiagem nas mãos após diagnóstico de doença venosa

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi novamente visto em público com maquiagem nas mãos, um mês após a Casa Branca revelar seu diagnóstico de insuficiência venosa crônica. A nova aparição levantou questionamentos sobre sua saúde e sobre o uso de cosméticos para disfarçar manchas na pele.

Na última sexta-feira (22), Trump recebeu o presidente da FIFA, Gianni Infantino, em Washington, e repórteres presentes observaram o uso de base no dorso da mão direita, um recurso que o presidente dos EUA já havia utilizado em outras ocasiões para disfarçar hematomas e manchas arroxeadas. 

Em transmissões televisivas, internautas também notaram que Trump procurava esconder a região, cruzando as mãos ou gesticulando com movimentos pouco naturais. Questionada sobre o episódio pelo jornal britânico The Independent, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, evitou comentar diretamente o uso de maquiagem, mas ressaltou que Trump é conhecido por cumprimentar diariamente um grande número de pessoas e que seus apertos de mão demonstrariam seu compromisso com os americanos.


Em evento na Casa Branca, a mão direita de Donald Trump estava coberta por base (Foto: reprodução/Chip Somodevilla/Getty Images Embed)

Condição confirmada em julho

As alterações na pele de Trump foram notadas pela primeira vez em fevereiro, quando ele apareceu com a mão direita arroxeada. Na ocasião, a explicação oficial foi de que os hematomas resultavam da rotina de cumprimentos. Em julho, porém, a Casa Branca divulgou que o presidente havia sido diagnosticado com insuficiência venosa crônica, condição que dificulta o retorno do sangue das pernas ao coração.


Hematoma na mão do presidente dos EUA, Donald Trump (Foto: reprodução/Chip Somodevilla/Getty Images Embed)

O relatório médico, assinado por Sean Barbabella, ressaltou que se trata de uma enfermidade benigna e comum em pessoas acima de 70 anos. O documento ainda descartou complicações graves, como trombose venosa profunda, insuficiência cardíaca ou doenças sistêmicas.

Exames complementares, incluindo ecocardiograma e ultrassonografias, confirmaram que o republicano não apresenta alterações cardíacas ou renais. Segundo a Casa Branca, todos os exames laboratoriais estavam dentro da normalidade.

Imagem pública e quadro de saúde

Em maio, ao embarcar para uma viagem oficial ao Catar, Trump já havia sido fotografado com a mão amarelada, o que levantou suspeitas de que estivesse utilizando maquiagem para encobrir hematomas. As imagens circularam rapidamente nas redes sociais e repercutiram na imprensa americana, que destacou a aparente tentativa do presidente de disfarçar as manchas. À época, a Casa Branca não comentou diretamente sobre o uso de cosméticos, limitando-se a atribuir as alterações na pele à rotina intensa de apertos de mão.

Atualmente com 79 anos, o presidente segue em campanha para fortalecer sua imagem pública. O memorando oficial, divulgado em julho, enfatizou que ele permanece em “excelente estado de saúde” e apto para cumprir suas funções.

Trump eleva tensão com Maduro e ameaça ação militar na Venezuela

Em uma das maiores demonstrações militares recentes na América Latina, os Estados Unidos deslocaram para o sul do Caribe uma força composta por navios de guerra, aeronaves, um submarino e cerca de 4 mil soldados, posicionando-se estrategicamente nas proximidades da Venezuela.

A operação, oficialmente voltada ao combate aos cartéis de drogas, ocorre em meio a tensões diplomáticas e levanta especulações sobre possíveis recados ao governo de Nicolás Maduro, segundo informações das agências Reuters e Associated Press.

A movimentação ocorre dias após Washington anunciar que passará a tratar cartéis de drogas como organizações terroristas, o que amplia o escopo legal para ações militares fora do território norte-americano.

Embora o governo dos EUA afirme que a operação tem foco no narcotráfico, analistas apontam que a presença militar tão próxima à Venezuela também envia um recado direto ao presidente venezuelano, em meio a tensões diplomáticas e sanções econômicas.

Presença militar dos EUA gera tensão no Caribe

Movimentação oficial mira cartéis de drogas, mas analistas veem recado direto a Maduro, embora o governo dos Estados Unidos afirme que a operação militar no sul do Caribe tenha como alvo os cartéis de drogas que atuam na rota entre a América do Sul e o território norte-americano.

Para o cientista político Carlos Gustavo Poggio, o arsenal mobilizado representa mais do que uma ação contra o crime organizado, é um sinal claro de que Donald Trump estaria disposto a considerar uma intervenção militar na Venezuela.

A medida amplia o isolamento diplomático de Maduro e reforça a narrativa de combate ao narcotráfico como justificativa para ações militares no Caribe.

Maduro se torna foco estratégico da política externa dos EUA

A ofensiva ganhou tom político após declarações da porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, que classificou Maduro como “fugitivo”, “chefe de cartel narcoterrorista” e “presidente ilegítimo”. Ela afirmou que os EUA estão dispostos a usar “toda a força” contra o regime venezuelano.

A acusação de “fugitivo” se refere à recompensa de US$ 50 milhões oferecida pelo governo americano em agosto por informações que levem à prisão ou condenação de Maduro.

O Departamento de Justiça dos EUA o acusa de envolvimento em narcoterrorismo, tráfico internacional de drogas e uso de armas em apoio a crimes ligados ao tráfico.

Segundo Washington, o presidente venezuelano lideraria o chamado Cartel de los Soles, recentemente classificado como organização terrorista internacional.

Cartel de los Soles

Donald Trump intensificou as acusações contra Nicolás Maduro, apontando-o como líder do Cartel de los Soles, organização supostamente comandada por militares venezuelanos e envolvida no tráfico internacional de drogas.

Segundo veículos latino-americanos, o grupo atua como elo logístico entre produtores sul-americanos e cartéis como o mexicano Sinaloa e o venezuelano Tren de Aragua, que abastecem o mercado norte-americano.

A ofensiva política ganhou apoio regional: Equador, Paraguai e Guiana seguiram a decisão de Washington e passaram a classificar o Cartel de los Soles como organização terrorista.

Segundo o cientista político Carlos Gustavo Poggio, essa movimentação reflete uma combinação de interesses estratégicos. Ele aponta que os países envolvidos mantêm uma postura crítica em relação ao governo venezuelano e ao chavismo, e veem na aproximação com Trump uma oportunidade de projetar seus próprios objetivos políticos e regionais.


Postagem do Instagram de Nicolás Maduro (Foto: reprodução/Instagram/@nicolasmaduro)

Maduro convoca milhões em resposta ao avanço dos EUA

Em reação ao aumento da presença militar norte-americana no Caribe, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos em todo o país.

De acordo com autoridades venezuelanas, a iniciativa pretende fortalecer a proteção do território nacional frente ao que o governo considera uma ameaça explícita à sua soberania.

Conforme análise de Poggio, os meios militares deslocados pelos Estados Unidos para a região têm elevado poder de ataque e foram desenvolvidos para executar missões ofensivas, incluindo ações táticas em território estrangeiro e operações de intervenção com alto grau de precisão.

Militares em ação

O cientista político Carlos Gustavo Poggio observa que Donald Trump tem adotado uma abordagem fortemente militarizada no enfrentamento ao crime, tanto dentro quanto fora dos Estados Unidos. Ele recorda momentos em que o Trump acionou a Guarda Nacional em centros urbanos como Los Angeles e Washington, para controlar manifestações e intensificar as medidas de segurança.

Essa postura militarizada também se reflete na decisão do governo norte-americano de enquadrar os cartéis de drogas como grupos terroristas. Com essa classificação, Washington amplia sua margem legal para empregar forças armadas diretamente contra essas organizações, inclusive fora do território dos Estados Unidos.

Copa do Mundo 2026: definidos data, local e horários do sorteio

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (22), a data e o local do sorteio da Copa do Mundo de 2026. O evento será realizado no dia 5 de dezembro, no Kennedy Center, em Washington, às 13h (de Brasília). Neste sorteiro serão conhecidos os 12 grupos do torneio, com quatro seleções cada.

Washington, apesar de sediar a cerimônia, não figura entre as cidades escolhidas para receber partidas no próximo ano. Normalmente, os sorteios são realizados em locais que fazem parte do conjunto de sedes da competição.

Copa do Mundo 2026: 48 seleções em 12 grupos

No total, 48 seleções disputarão o sorteio que determinará os confrontos da fase de grupos. A divisão será em 12 grupos, cada um composto por quatro equipes. O comunicado oficial foi realizado na Casa Branca, em transmissão ao vivo, com a presença do presidente dos Estados Unidos ao lado de Gianni Infantino, presidente da Fifa.

A Copa do Mundo de 2026 será realizada nos Estados Unidos, México e Canadá, entre 11 de junho e 18 de julho, com a maioria dos jogos nos EUA.

Infantino e Trump revelam ações inéditas para Copa 2026

O presidente da FIFA, Gianni Infantino, esteve na Casa Branca e permitiu que Donald Trump segurasse a taça da Copa do Mundo. Em tom descontraído, o líder norte-americano comentou que poderia deixar o troféu no Salão Oval, mas ouviu de Infantino que o objeto teria de ser entregue ao próximo campeão.

Durante a visita, Infantino também presenteou Trump com um ingresso simbólico para a final da Copa, agendada para 19 de julho no MetLife Stadium, em Nova Jersey. A venda oficial para o público terá início em 10 de setembro.

O governo dos Estados Unidos aproveitou a ocasião para anunciar medidas de facilitação de vistos aos visitantes durante o torneio, ainda que com ressalvas: “alguns países com mais facilidade, outros menos”. Trump acrescentou que “acha” possível que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, compareça ao país para assistir à Copa.

Além disso, foi confirmada uma ação inédita no sorteio do Mundial de 2026. Torcedores das 16 cidades-sede — duas no Canadá, três no México e 11 nos Estados Unidos — poderão concorrer a ingressos gratuitos em um “sorteio especial”, que incluirá experiências VIP. Cada cidade terá uma cota de entradas destinada a essa iniciativa.


Donald Trump e Gianni Infantino seguram um ingresso para a partida final da Copa do Mundo da FIFA de 2026 no Salão Oval da Casa Branca (Foto: reprodução/ Bloomberg/ Getty Images Embed) 

Calendário e países-sede da Copa do Mundo 2026

Dos 16 estádios que receberão jogos da Copa do Mundo de 2026, apenas cinco foram utilizados na edição da Copa do Mundo de Clubes: MetLife Stadium, em Nova Jersey; Estádio Mercedes-Benz, em Atlanta; Lincoln Financial Field, na Filadélfia; Estádio Hard Rock, em Miami; e Lumen Field, em Seattle. No total, as sedes serão distribuídas entre 11 nos Estados Unidos, três no México e duas no Canadá.

A edição de 2026 marcará a estreia do torneio com 48 seleções. Na fase inicial, os times serão divididos em 12 grupos, cada um com quatro equipes. Avançarão à segunda fase os dois melhores de cada grupo, além dos oito melhores terceiros colocados, dando início ao mata-mata. Na Copa de Clubes anterior, participaram 32 equipes.

A Fifa organizou as partidas em três grandes regiões — Costa Oeste, Central e Costa Leste —, e cada seleção disputará a primeira fase em uma dessas áreas.

Serão 72 jogos na fase de grupos, entre 11 e 27 de junho, em todas as sedes. O início do mata-mata ocorrerá de 28 de junho a 3 de julho, em 14 cidades. As oitavas de final serão disputadas em oito estádios, de 4 a 7 de julho. A partir das quartas de final, todos os jogos ocorrerão nos Estados Unidos.

Diretora do Federal Reserve é acusada de cometer fraude hipotecária

O Diretor de Habitação Federal dos Estados Unidos, Bill Pulte, acusa a diretora do Federal Reserve (Fed), Lisa Cook, de cometer fraude hipotecária. Segundo Pulte, Cook possui duas hipotecas supostamente reivindicadas como ocupação principal.

Ela teria falsificado documentos bancários e registros de propriedade para obter condições de empréstimo mais favoráveis. Pulte solicitou uma investigação para a Procuradora-Geral, Pamela Jo Bondi. Após denúncia de Bill Pulte, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, escreveu em seu perfil no Truth Social que “Cook deve renunciar, agora!!!”

Denúncia

O diretor de habitação postou em seu perfil na rede social X que Lisa Cook atestou que sua casa, em Michigan era sua residência principal. Isso ocorreu em 18 de junho de 2021. Contudo, em 2 de julho do mesmo ano, ela teria assinado documentos de uma hipoteca de uma casa em Atlanta e alegou que esta era sua casa principal. Lisa teria realizado a fraude visando garantir condições favoráveis ​​de empréstimo.

Pulte também alegou que Cook anunciou seu apartamento em Atlanta, Geórgia, para alugar. Hipotecas para casas usadas como residências principais normalmente têm taxas de juros mais baixas do que imóveis comprados para aluguel. A denúncia foi feita mediante uma carta enviada por Pulte ao Departamento de Justiça no dia 15 de agosto de 2025. O diretor de habitação também publicou em seu perfil os documentos com as assinaturas de Cook.

O responsável do Departamento de Justiça, Ed Martin, planeja investigar Lisa e recomendou que o presidente do Fed, Jerome Powell, destitua-a do cargo no banco central americano. Além disso, Martin disse que seu trabalho de investigação é apartidário: “Se for um republicano cometendo fraude hipotecária, vamos investigar. Se for um democrata, vamos investigar”, disse ele. Em virtude da denúncia contra Lisa, Donald Trump passou a cobrar a renúncia de seu cargo no Fed.


Lisa Cook, no dia de sua nomeação (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)

Respostas de Cook

Lisa Cook respondeu às acusações de fraude e disse que não pretende renunciar: “Não tenho intenção de ser pressionada a renunciar ao meu cargo por causa de algumas perguntas levantadas em um tweet”. Ela alegou ter tomado conhecimento da investigação por meio da mídia que está cobrindo o caso.

Ela foi nomeada para o conselho administrativo do Fed pelo ex-presidente democrata Joe Biden em 2022 e reconduzida no ano seguinte para um mandato que encerra em 2038. E ela não poderá ser destituída do cargo, exceto se renunciar.


Denúncia de Bill Pulte encaminhada ao Departamento de Justiça (Foto: reprodução/X/@pulte)

Indicação de Trump

A denúncia surge em um período em que o presidente republicano necessita de apoio dentro do Fed para baixar a taxa de juros. Caso Lisa Cook resolva renunciar, o critério que Trump estabeleceu para uma nova indicação é que o nomeado defenda taxas menores.

Recentemente, o presidente do Fed, Jerome Powell, foi criticado por Trump, sendo chamado de “tarde demais”, por não o atender em baixar as taxas há alguns meses. Powell também foi ameaçado de demissão, com possíveis nomes já ventilados na imprensa para ocpar o cargo. Scott Bessent e Michelle Bowman, que atua como membro do Conselho de Governadores do Federal Reserve desde 2018, são alguns deles.

Maduro anuncia mobilização de milhões de milicianos em resposta aos navios de guerra enviados por Trump

O governo americano, sob a gestão de Donald Trump, intensificou as ações e a retórica contra o regime de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, acusando-o de ser um “cartel narcoterrorista” e um dos maiores traficantes de drogas do mundo. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que os Estados Unidos estão prontos para usar “todos os elementos do poder americano” para combater o tráfico de drogas. A declaração de Leavitt faz uma clara referência à Venezuela.

Em resposta às “ameaças bizarras” dos Estados Unidos, como o presidente venezuelano Nicolás Maduro as chamou, ele anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos armados em todo o país, com o objetivo de defender a soberania nacional. O ministro do Interior venezuelano, Diosdado Cabello, por sua vez, declarou que as forças do país estão preparadas para responder a qualquer provocação em suas águas.

Deslocamento militar americano

Em agosto de 2025, o governo americano enviou três destróieres de mísseis guiados para a costa da Venezuela, incluindo o USS Gravely, o USS Jason Dunham e o USS Sampson. A operação, que conta com cerca de 4.000 marinheiros e fuzileiros navais, aviões de vigilância e um submarino, tem como objetivo oficial combater o narcotráfico. No entanto, analistas veem a ação como uma demonstração de força contra o regime venezuelano.


Presidente Trump faz discurso à comunidade venezuelano-americana em Miami (Foto: reprodução/Alicia Vera/Bloomberg/Getty Images Embed)

Recompensa milionária

Simultaneamente, o governo dos EUA aumentou a recompensa por informações que levem à prisão de Maduro de US$15 milhões para US$50 milhões. O Departamento de Justiça também confiscou mais de US$700 milhões em ativos ligados a Maduro, incluindo jatos e veículos de luxo.

Em fevereiro de 2025, o governo americano designou o grupo criminoso conhecido como “Tren de Aragua”, entre outras gangues, como organizações terroristas estrangeiras. Essa medida veio para reforçar as acusações de narcoterrorismo contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro.

Resposta de Maduro

O anúncio de Maduro de mobilizar 4,5 milhões de milicianos é a resposta mais forte do líder venezuelano à escalada das tensões. Essas milícias, criadas por seu antecessor, Hugo Chávez, são uma força civil de apoio ao regime. Maduro promete armá-las para a defesa territorial.

Os países vivem tensões desde o primeiro mandato de Trump. A política americana tem sido marcada por sanções econômicas e diplomáticas para pressionar a saída de Maduro. Em 2020, o governo Trump já havia indiciado o líder venezuelano por narcoterrorismo e enviado navios de guerra para o Caribe em uma operação antidrogas. A Venezuela, por sua vez, enfrenta uma grave crise econômica e fortalece sua base militar recorrendo à retórica de “ameaça externa”.

Governo brasileiro responde à investigação dos EUA e defende STF e Pix

O Brasil enviou nesta segunda-feira (18) uma manifestação oficial ao Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR) em resposta à investigação aberta pelos Estados Unidos sob a Seção 301 da Lei de Comércio de 1974. No documento, o Brasil nega a adoção de práticas comerciais desfavoráveis, injustas ou limitantes e afirma que não há fundamentos legais ou factuais que justifiquem a aplicação de sanções por parte do governo norte-americano. O documento também foi utilizado para reiterar a legitimidade das decisões do STF e do sistema brasileiro de pagamentos instantâneos (Pix).

Posicionamento do governo brasileiro

O Itamaraty destacou que o comércio entre Brasil e Estados Unidos é mutuamente vantajoso, ressaltando que os EUA mantêm um saldo positivo histórico na balança bilateral. O governo brasileiro também enfatizou que já realizou reformas nos setores mencionados pela parte norte-americana, todas conforme as diretrizes do comércio internacional. “Não há prejuízo às empresas norte-americanas em comparação com companhias de outros países”, informa o documento. Na avaliação do governo brasileiro, a adoção de medidas unilaterais violaria os princípios da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Em relação ao Pix, o governo informou que o sistema de pagamentos instantâneos segue padrões de segurança e proteção ao consumidor, sem impor barreiras a empresas estrangeiras. Ressaltou ainda que o sistema ampliou a inclusão financeira, incentivou a competição no setor de pagamentos, obteve maior participação de empresas privadas, inclusive dos EUA, e foi elogiado por instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Sobre propriedade intelectual, o Brasil afirmou que cumpre normas internacionais e está alinhado aos acordos da OMC.

O governo salientou que países como União Europeia, Índia e até os EUA adotaram sistemas semelhantes ao Pix, citando o FedNow, do banco central americano, como exemplo, que segundo o documento, o sistema “oferece funcionalidades semelhantes ao Pix”.


Lula em discurso sobre política econômica (Foto: reprodução/EVARISTO SA/Getty Images Embed)

Brasil defende STF

O governo brasileiro assegurou que as decisões do STF e ordens judiciais não resultam em discriminação contra empresas americanas, nem afetam sua capacidade de competir no Brasil ou globalmente. Destacou que o uso de multas e medidas obrigatórias é comum em qualquer Estado de Direito, inclusive nos EUA, e que exigências legais para empresas estrangeiras são práticas normais. O Brasil negou que o artigo 19 da Lei do Marco Civil da Internet seja direcionado contra empresas dos EUA, defendendo que se trata de norma geral. Segundo o documento, a objeção americana parece questionar medidas legítimas do país para proteger direitos fundamentais e combater crimes online.

Trump recebe os líderes europeus na Casa Branca

Em uma declaração democrática e estratégica, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que seria uma “grande honra” encontrar os líderes europeus na Casa Branca, em encontro multilateral crítico promovido em meio à escalada da guerra da Rússia contra a Ucrânia.

Um encontro incomum em meio à crise

A reunião, descrita por analistas como um “encontro de crise em tempo de guerra”, reuniu uma série de autoridades europeias, entre elas o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, o presidente francês Emmanuel Macron, a chanceler alemã Ursula von der Leyen, o chanceler alemão Friedrich Merz, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni e o presidente do Conselho Europeu Mark Rutte.

Antes desse encontro Trump havia mantido uma reunião com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy. O evento foi marcado por tensões diplomáticas, especialmente após Trump indicar apoio a acordos de paz potencialmente polêmicos envolvendo perdas de parte do território da Ucrânia.

Linhas de segurança e convites ao diálogo

Apesar das divergências, o encontro em Washington gerou avanços perceptíveis, com os líderes europeus defendendo firmemente as garantias de segurança para a Ucrânia similares às do artigo 5 da OTAN, fortalecendo a ideia da Europa disposta a armar Kiev e manter a pressão sobre Moscou.


Acordo entre os lideres para apoiar a Ucrânia (Foto: reprodução/Win McNamee/Getty Images Embed)

Além disso, o primeiro-ministro Keir Starmer anunciou dois resultados importantes da reunião, como a abertura de negociações entre Zelensky e Putin e o alinhamento dos Estados Unidos para garantir a segurança da Ucrânia.

Cenário político após a reunião

A atmosfera política pós-encontro foi marcada por diversos tons. Starmer descreveu o diálogo como “bom e construtivo”, ainda que as perspectivas de um cessar-fogo imediato pareçam distantes . Já Zelensky, mais contundente, denunciou os recentes ataques russos contra civis como “cínicos e demonstrativos”, buscando enfatizar a urgência de ação coletiva frente à agressão em curso.

Por outro lado, movimentos diplomáticos pouco comuns chamaram atenção. Como Trump que chegou a não receber pessoalmente os líderes europeus, optando por delegar esse papel à ex-estrela da Fox News Monica Crowley, hoje chefe de protocolo.

Como tudo, o encontro na Casa Branca transcende o protocolo, tornando-se um palco de negociações, pressões e projeções de interesse americano na segurança europeia. Na frase de Trump, “ser uma grande honra”, há tanto um gesto de cortesia quanto uma tentativa de reafirmar parcerias estratégicas e remodelar o papel dos EUA nas crises globais.