Bolsonaro recebe filhos em casa durante julgamento

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu nesta quarta-feira (3) a visita dos filhos Jair Renan, vereador em Balneário Camboriú (PL), e Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro (PL). A reunião familiar aconteceu em sua residência, onde o ex-chefe do Executivo cumpre prisão domiciliar, e coincidiu com o segundo dia de seu julgamento, que tem atraído atenção nacional.

Apoio familiar em momento de tensão

A presença dos filhos foi interpretada como uma demonstração de apoio em um momento delicado da trajetória política e pessoal de Bolsonaro. A visita ocorreu em meio ao forte esquema de segurança que circunda a casa do ex-presidente, reflexo do alto interesse público e das implicações do processo em andamento. Embora o encontro tenha sido breve, reforçou a imagem de união familiar, frequentemente destacada por Bolsonaro em sua carreira política.

Mostrando e reforçando o discurso que a família dele segue a família tradicional brasileira, pela honra de seus familiares.


Imagem de Bolsonaro e seus filhos em manifestações antes do ex presidente virar réu (Foto: reprodução/X/@impactodiario)

Processo com repercussão nacional

O julgamento que resultou na prisão domiciliar segue em andamento, sem previsão imediata de decisão final. A defesa de Bolsonaro mantém uma postura de cautela, acompanhando os desdobramentos jurídicos e reforçando que o ex-presidente tem colaborado com as autoridades. O caso, ainda em sigilo em alguns pontos, já desperta debates políticos e jurídicos, especialmente entre apoiadores e opositores.

Repercussão política e expectativa

Enquanto isso, parlamentares ligados ao PL e aliados políticos acompanham de perto o desenrolar do processo. A expectativa é de que novas informações sobre a investigação sejam divulgadas ao longo das próximas semanas, o que poderá influenciar o cenário político. Bolsonaro permanece em casa, cumprindo medidas restritivas, mas segue no centro das discussões nacionais.

STF ouve defesas em julgamento por tentativa de golpe de Estado

Nesta quarta-feira (3), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deu continuidade ao julgamento da ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados de envolvimento na tentativa de golpe de Estado em 2022. A sessão, iniciada às 9h em Brasília, foi dedicada às sustentações orais das defesas de quatro réus, entre eles Bolsonaro. Segundo o Ministério Público Federal, o processo tramita no STF porque os crimes investigados atentam contra o Estado democrático de direito.

Sessão concentra falas das defesas e adia decisão

Os advogados de Augusto Heleno, Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto tiveram cerca de uma hora cada para apresentar seus argumentos e tentar afastar a responsabilidade de seus clientes. Como o tempo da sessão matutina foi limitado e o plenário tinha compromissos no período da tarde, a votação dos ministros foi adiada para a próxima semana.

Durante a audiência, o relator Alexandre de Moraes ouviu as manifestações sem antecipar seu voto. A expectativa é que ele dê início à votação na terça-feira (9), seguido por Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, obedecendo à ordem de antiguidade da Primeira Turma.


Material da CNN Brasil (Vídeo: Reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Julgamento será retomado na próxima semana

Se o cronograma for mantido, os ministros deverão analisar questões processuais antes de avançar para a decisão final sobre eventual condenação. O resultado dependerá da maioria dos votos: caso os réus sejam absolvidos, o processo será arquivado; em caso de condenação, as penas serão aplicadas de acordo com o grau de participação de cada um.

A retomada do julgamento está prevista para os dias 9, 10 e 12 de setembro, com sessões pela manhã e à tarde. O voto de Moraes deve reunir o resumo das provas e a análise jurídica dos fatos. O caso é considerado um marco institucional por tratar de um dos episódios mais graves contra a democracia recente do país, acompanhado de perto pela sociedade e pela comunidade internacional.

Matéria por Flavia Lopes (In Magazine)

Julgamento de Bolsonaro é interrompido e será retomado às 14h

Às 9h desta terça-feira (2), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deu início ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus envolvidos na tentativa de golpe de Estado associada aos ataques ocorridos em 8 de janeiro de 2023.

Após a fala de Paulo Gonet, procurador-geral da República, o presidente da primeira turma do STF, Cristiano Zanin, suspendeu a sessão para o intervalo do almoço.

O julgamento está previsto para retornar às 14h e contará com as defesas dos réus, que terão até duas horas disponíveis para advogar a favor da absolvição de seus clientes.

Réus e acusações

O chamado núcleo 1, núcleo principal do plano para o golpe de Estado, possui 8 réus. São eles: Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente; Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-presidente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); Almir Garnier, almirante de esquadra da Marinha durante o governo de Bolsonaro; Anderson Torres, ex-ministro da justiça do governo Bolsonaro; Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro; Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro; Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa do governo Bolsonaro; e Walter Souza Braga Netto, ex-ministro de Defesa e da Casa Civil do governo Bolsonaro.


Julgamento de Bolsonaro interrompido (Vídeo: reprodução/YouTube/@recordnews)

Sete dos oito réus respondem à Suprema Corte por cinco crimes. Alexandre Ramagem é a exceção e responde por três crimes após a Câmara dos Deputados ter aprovado a suspensão da ação penal contra ele. Desta maneira ele responde por: golpe de Estado; organização criminosa armada; e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Para os demais réus, há, além dos crimes citados acima, dano qualificado pela violência e ameaça grave e deterioração de patrimônio tombado.

O cronograma do julgamento

Cinco datas foram fixadas por Cristiano Zanin para a realização do julgamento do núcleo 1 da trama golpista.

As sessões terão início no dia 2 de setembro, terça-feira, de 9 às 12h e de 14h às 19h; 3 de setembro, quarta-feira, de 9h às 12h; 9 de setembro, terça-feira, de 9h às 12h e de 14h às 19h; 10 de setembro, quarta-feira, de 9h às 12h; e 12 de setembro, sexta-feira, de 9h às 12h e de 14h às 19h onde se encerrarão as sessões e serão dadas as sentenças.

Tudo ou nada: entenda o julgamento de Bolsonaro

O Supremo Tribunal Federal iniciou nesta terça-feira (2) o julgamento de Jair Bolsonaro e outros sete aliados, acusados de liderar uma tentativa de golpe entre 2022 e 2023. Entre os envolvidos estão ex-ministros como Walter Braga Netto, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Anderson Torres, além do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), o ex-comandante da Marinha Almir Garnier e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Os réus enfrentam acusações por cinco delitos: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, envolvimento em organização criminosa armada, dano qualificado e destruição de patrimônio protegido por lei. A análise será conduzida pela Primeira Turma e se estenderá por cinco sessões, marcadas para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro.

Julgamento em curso, prisão incerta

Mesmo com o julgamento em andamento, Jair Bolsonaro não será detido de forma imediata. O ex-presidente segue em prisão domiciliar e, mesmo em caso de condenação pela Primeira Turma do STF, ainda poderá recorrer. Especialistas apontam que ele pode apresentar embargos de declaração que contestam trechos específicos da decisão e, se houver divergência entre os ministros, embargos infringentes, que podem levar o caso ao Plenário da Corte. O ex-presidente Jair Bolsonaro só poderá ser preso após o encerramento definitivo do processo, quando não houver mais possibilidade de recurso.


Ex-presidente é julgado por envolvimento em trama golpista (Foto: Reprodução/Getty Images Embed/Sergio Lima)

Bolsonaro sob pressão

Bolsonaro pode ter prisão preventiva decretada se o STF identificar riscos atuais à ordem pública ou à aplicação da lei penal. Essa medida está prevista no artigo 312 do Código de Processo Penal e depende da existência de motivos concretos e recentes que justifiquem a detenção antes do fim do processo. A definição da pena levará em conta o nível de envolvimento de cada réu e aspectos individuais, como idade, histórico criminal e conduta. Embora a condenação possa somar até 43 anos, a legislação brasileira limita o tempo máximo de prisão a 40 anos. A lei também prevê a possibilidade de progressão de regime. Com bom comportamento, estudo ou trabalho na prisão, o condenado pode cumprir parte da pena em regime semiaberto ou aberto.

Começa o julgamento de Bolsonaro e mais sete por tentativa de golpe

O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia hoje (2) o julgamento que pode levar à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de sete ex-auxiliares, acusados de articular uma trama golpista para reverter o resultado das eleições de 2022. O julgamento, que ocorre na Primeira Turma do STF, é um marco na história política brasileira, sendo a primeira vez que um ex-presidente é julgado por tentativa de golpe de Estado.

A ação mira no que a Procuradoria-Geral da República (PGR) chama de “núcleo crucial” da suposta organização criminosa, que culminou nos atos de 8 de janeiro de 2023. Segundo a denúncia da PGR, a organização era liderada por Bolsonaro e tinha como objetivo impedir a posse da presidência por Luiz Inácio Lula da Silva. As acusações incluem crimes como organização criminosa armada, golpe de Estado, e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Se somadas, as penas podem ultrapassar 40 anos de prisão.

Como será o julgamento

A sessão inicial está prevista para às 9h desta terça-feira (02/09). As sessões do julgamento serão transmitidas ao vivo pela TV Justiça e pelo canal do STF no YouTube. O processo seguirá um rito definido pelo tribunal, que deve se estender por várias semanas, e que está resumido abaixo em três etapas:

  • Abertura e relatório: o ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, abrirá a sessão. Em seguida, o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, apresentará um relatório do processo, resumindo os atos praticados e as provas.
  • Sustentação da acusação e da defesa: o procurador-geral da República, Paulo Gonet, terá até duas horas para sustentar a denúncia. Depois, as defesas dos oito réus terão a chance de se manifestar. O ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que fechou um acordo de delação premiada, será o primeiro a ser ouvido. A expectativa é que as manifestações das defesas se estendam por mais de uma sessão.
  • Votação: após as sustentações orais, os cinco ministros da Primeira Turma, Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino, iniciarão a votação. A decisão de condenar ou absolver os réus será tomada por maioria simples, ou seja, com pelo menos três votos.

O rito permite que os ministros façam manifestações sobre os argumentos e definam as penas de cada réu, caso haja condenação.


Ministro Cristiano Zanin (Foto: Reprodução/Evaristo Sá/AFP/Getty Images Embed)

Os réus e as acusações

A denúncia da PGR descreve o papel de cada um dos oito réus na suposta trama. Além de Jair Bolsonaro, são eles:

  • Walter Braga Netto (ex-ministro da Defesa e ex-vice de Bolsonaro): acusado de coordenar ações militares.
  • Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira (ex-ministro da Defesa): acusado de desacreditar as urnas eletrônicas.
  • Almir Garnier Santos (ex-comandante da Marinha): teria oferecido apoio naval à tentativa de golpe.
  • Anderson Torres (ex-ministro da Justiça): acusado de facilitar as invasões em Brasília.
  • Alexandre Ramagem (ex-chefe da Abin): acusado de usar a agência de inteligência para espionar autoridades.
  • Augusto Heleno (ex-ministro do GSI): apontado como um dos responsáveis pelo planejamento estratégico.
  • Mauro Cid (ex-ajudante de ordens): delator que forneceu evidências importantes para a investigação.

O julgamento é considerado histórico pelo caráter inédito, pela gravidade das acusações e pelo potencial de influência em todo o cenário político e jurídico do Brasil. Analistas preveem que a maioria dos ministros deve votar pela condenação dos réus, com o principal debate concentrado na dosimetria das penas. No caso de uma condenação, a defesa ainda pode recorrer. Esses recursos podem ser apresentados dentro do próprio STF, mas a decisão final da Primeira Turma já representará um passo decisivo no processo.

Bolsonaro e mais sete réus serão julgados por crimes ligados a abolição da democracia

Na próxima terça-feira (2), o Supremo Tribunal Federal (STF) inicia o julgamento de oito réus, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusados de uma tentativa de golpe de Estado após as eleições gerais de 2022.

São réus no processo, além de Jair Bolsonaro; o ex-diretor-geral da ABIN, Alexandre Ramagem; o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier; Anderson Torres, ex-ministro da justiça; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno; o ex-ministro da defesa, Paulo Sérgio Nogueira; Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil; e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência.

Dentre os crimes, os réus, que ganharam essa condição em março deste ano após decisão unânime do STF, serão julgados por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, deterioração do patrimônio tombado, além de dano qualificado contra o patrimônio da União.

Situação particular

Um dos réus, o deputado federal e ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Alexandre Ramagem (PL-RJ) possui uma situação peculiar. Em maio, a Câmara dos Deputados aprovou uma solicitação para suspender parcialmente a ação contra o parlamentar, e, com isso, Ramagem será julgado apenas por três dos cinco crimes que havia sido acusado antes: tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado e organização criminosa armada.  Os outros dois crimes teriam ocorrido após a diplomação de Ramagem como parlamentar, fazendo com que as condições do processo fossem alteradas.


Os ministros do STF, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Alexandre de Moraes (Foto: reprodução/Sérgio Lima/AFP/Getty Images)

Andamento do processo

O julgamento se inicia com a leitura do relatório pelo ministro Alexandre de Moraes. Em seguida, o Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, terá duas horas para defender a denúncia apresentada pelo STF.

Na sequência, as defesas dos oito réus terão uma hora, cada, para defender os acusados. Por ser delator do caso, Mauro Cid será o primeiro a se manifestar, provavelmente. Em seguida, as defesas seguem suas respectivas falas em ordem alfabética do nome dos réus.

Após as sustentações feitas pelas defesas, os ministros do STF iniciam a votação do caso. Alexandre de Moraes será o primeiro a votar, seguido por Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

Se a maioria optar pela condenação, o colegiado terá a missão de decidir a pena por cada réu. Em caso de absolvição, não haverá necessidade de decisão sobre penalidades.

Moraes libera visita de Damares a Bolsonaro um dia antes do julgamento

A senadora Damares Alves recebeu autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (1), entre 10h e 18h. A decisão ocorreu na véspera do início do julgamento em que Bolsonaro e outros sete aliados serão analisados pela Primeira Turma da Corte, acusados de participação em uma tentativa de golpe de Estado em 2022.

Visita sob condições legais

De acordo com o despacho de Alexandre de Moraes, a visita deverá seguir integralmente as condições já estabelecidas pela Justiça. Entre elas estão a manutenção da vigilância reforçada no entorno da residência do ex-presidente, que se encontra em prisão domiciliar desde 4 de agosto, e a fiscalização de qualquer movimentação no local durante o período da visita. 

O ministro também determinou que todos os veículos que deixarem a casa sejam obrigatoriamente submetidos a revista, medida que inclui o carro utilizado pela senadora. O procedimento, segundo Moraes, deve abranger tanto o interior dos veículos quanto os porta-malas, a fim de garantir que não haja descumprimento das restrições impostas pela Corte. 

Damares Alves, que foi ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos no governo de Bolsonaro, será a primeira parlamentar a visitar o ex-presidente após a intensificação das medidas de segurança estabelecidas pelo STF na última semana.

Julgamento de Bolsonaro e aliados

Na próxima terça-feira (2), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal começa a analisar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que aponta a existência de um “núcleo central” encarregado de organizar um esquema para tentar invalidar o resultado das eleições de 2022. O julgamento tem previsão para se estender até 12 de setembro.


Jair Bolsonaro (Foto:reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)

Além do ex-presidente, o processo envolve outros ex-integrantes do governo e militares de alta patente. Todos respondem por suposta participação em atos voltados à ruptura da ordem democrática. O julgamento avaliará se a denúncia será aceita pela Primeira Turma do Supremo, o que pode abrir caminho para que os réus respondam a ações penais.

O processo é considerado um dos mais relevantes da Suprema Corte desde os ataques de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas em Brasília.

STF reforça segurança com drones e tecnologia avançada para julgamento de Bolsonaro e aliados

Com a aproximação do julgamento do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), marcado para a próxima terça-feira (2), medidas especiais de segurança foram definidas para garantir o pleno andamento das sessões. A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, em parceria com a Polícia Judicial do Supremo Tribunal Federal (STF), anunciou um esquema reforçado que contará com o uso de equipamentos de última geração.

Entre eles, destacam-se drones com tecnologia de imagem térmica, capazes de captar movimentos e identificar objetos mesmo em ambientes de baixa luminosidade. O objetivo é assegurar que nenhuma intercorrência comprometa o andamento do processo.


Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil (Foto: reprodução/X/@g1)

O julgamento

O julgamento de Bolsonaro, juntamente com outros sete réus, terá início em 2 de setembro. A análise do STF se concentrará nas denúncias ligadas à tentativa de golpe de Estado em 2022, episódio que marcou fortemente o cenário político nacional. Ao todo, serão realizadas seis audiências, distribuídas ao longo de setembro.

Para quem deseja acompanhar de perto, é importante ficar atento aos horários. Algumas sessões serão únicas, ocorrendo no período da manhã, enquanto outras contarão com dois turnos — pela manhã e à tarde.

Programação das audiências:
2 de setembro, terça-feira: 9h às 12h (Extraordinária) e 14h às 19h (Ordinária)
3 de setembro, quarta-feira: 9h às 12h (Extraordinária)
9 de setembro, terça-feira: 9h às 12h (Extraordinária) e 14h às 19h (Ordinária)
10 de setembro, quarta-feira: 9h às 12h (Extraordinária)
12 de setembro, sexta-feira: 9h às 12h (Extraordinária) e 14h às 19h (Extraordinária)

Expectativas

A condução desse julgamento é considerada histórica por envolver diretamente um ex-chefe de Estado. A adoção de medidas de segurança reforçadas, com uso de tecnologia avançada, mostra a preocupação das autoridades em evitar qualquer imprevisto que possa ameaçar a ordem pública ou comprometer a credibilidade do processo. Os próximos dias prometem ser de grande relevância política e jurídica, com atenções voltadas para o STF e para o desfecho das denúncias que pesam contra Bolsonaro e seus aliados.

STF julga Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe com base em gravações e mensagens

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta terça-feira (2) o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus, todos acusados de envolvimento em crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado em 2022.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) reuniu gravações, mensagens e documentos que, segundo o procurador-geral Paulo Gonet, revelam de forma quase completa como o grupo teria atuado para fragilizar o Estado Democrático de Direito.

Acusações e réus

Bolsonaro e seus aliados respondem por cinco crimes: tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Entre os acusados estão figuras de destaque do governo anterior, como Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto. Todos negam participação em planos golpistas e alegam que não houve qualquer ação efetiva para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Provas apresentadas pela PGR

As evidências reunidas incluem transmissões ao vivo com ataques sem fundamento ao sistema eleitoral, documentos internos e registros de reuniões voltadas ao uso irregular das forças de segurança. Mensagens analisadas também indicam tentativas de manipular o relatório militar sobre a votação eletrônica.

Depoimentos e registros obtidos pela investigação apontam ainda para a convocação do Alto Comando do Exército em discussões sobre medidas contra a posse de Lula. Entre os materiais apreendidos estão minutas de decretos, mensagens estratégicas e até planos militares, como a chamada operação “Punhal Verde Amarelo”.

As imagens da invasão e destruição das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, também foram incluídas no processo como prova de deterioração do patrimônio público. Câmara, Senado e STF enviaram relatórios detalhando os prejuízos.


Polícia Federal tem supervisionado Jair Bolsonaro (Vídeo: reprodução/YouTube/@UOL)

Estrutura criminosa e riscos atuais

De acordo com a PGR, a atuação ocorreu de forma estruturada, com hierarquia e divisão de tarefas, configurando uma organização criminosa instalada dentro do próprio Estado e com respaldo de setores militares.

Com a proximidade do julgamento, a Polícia Federal reforçou a segurança na residência de Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar. O ex-presidente utiliza tornozeleira eletrônica e é monitorado em tempo real.

Matéria por Igor Boigues (In Magazine)

Julgamento de Jair Bolsonaro no STF terá presença de 501 jornalistas

Foi anunciado pelo Supremo Tribunal Federal que 501 profissionais da imprensa, entre nacionais e internacionais, estarão presentes para acompanhar o julgamento da denominada “trama golpista”. O número recorde de credenciamentos reflete a atenção global ao caso, que leva ao banco dos réus o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. Bolsonaro teve o seu julgamento marcado para começar no dia 2 de setembro.

Público limitado

Mais de 3 mil pessoas se inscreveram para assistir presencialmente às sessões, mas apenas 150 assentos estarão disponíveis no plenário da Segunda Turma, em Brasília. Já os jornalistas terão 80 lugares reservados na sala de julgamento da Primeira Turma, com acesso garantido por ordem de chegada.


Jair Bolsonaro no meio dos jornalistas (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)

Segurança máxima em Brasília

Um esquema reforçado de segurança será implementado a partir do dia 1º de setembro, com fechamento da Praça dos Três Poderes e presença ostensiva de tropas táticas, Bope, cães farejadores, detectores de metal e agentes da Polícia Militar e Judiciária do DF e de outros estados. A estratégia visa garantir ordem e integridade física no tribunal durante os dias de sessão. No período do julgamento, acontecerá o dia da Independência do Brasil, no dia 7, um evento que poderá ocorrer forte tensão da população que apoia o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Relembrando o julgamento

O Julgamento de Jair Bolsonaro e mais 7 ex-ministros irá começar no dia 2 de setembro e as próximas sessões ocorrerão nos dias 3, 9, 10 e 12, sendo este último, o dia da sentença. Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Carmen Lúcia, Flávio Dino e Lúcio Fux, que são os membros da Primeira Turma, irão conduzir o julgamento do ex-presidente da república. Bolsonaro foi acusado por tentativa de Golpe do Estado, para impedir a posse do atual presidente Lula.

Alta expectativa

A antecipação e a cobertura intensa indicam o peso histórico do processo. O alto número de jornalistas credenciados evidencia o clamor por transparência e informação. Ao mesmo tempo, o reforço de segurança aponta para a delicadeza política e institucional que paira sobre o julgamento.