Zelensky pede mísseis a Trump, mas americano fala em ‘fazer acordos’

O presidente Donald Trump recebeu Volodymyr Zelensky na Casa Branca nesta sexta-feira (17). Após 2h30 de reunião, o presidente norte americano viajou para a Flórida, não chegou a falar com a imprensa, mas deixou uma mensagem em suas redes sociais:

“O encontro com o presidente Volodymyr Zelensky foi muito interessante e cordial, mas disse a ele, como sugeri ao presidente Putin, que é hora de parar com a matança e fazer um acordo.” disse o americano.

Zelensky disse que o encontro foi muito bom e amigável e que trataram de assuntos diversos, incluindo o tema sobre as defesas aéreas da Ucrânia, mas sem prolongar sobre assuntos de mísseis:

“Confiamos nos Estados Unidos, e acreditamos que o presidente quer acabar com esta guerra” disse o ucraniano.


Trump e Zelensky tiveram uma conversa produtiva na Casa Branca (Foto:reprodução/Mandel Ngan/Getty Images Embed)

Trump reitera uso e prioriza o governo

Durante as conversas, o presidente Zelensky vem solicitando ao presdiente Trump para que venda os mísseis Tomahawk para a Ucrânia. O armamento é um míssil teleguiado de longo alcance, onde daria acesso para o governo ucraniano fazer ataques com altíssimo grau de precisão. Entretanto, Donald Apesar dos pedidos do presidente ucraniano, Donald Trump recusou o pedido.

“Nós precisamos dos Tomahawks, nós gostariamos muito mais se eles não precisassem dos mísseis” disse Trump ao ser questionado sobre a situação.

Zelensky argumenta que o uso dos mísseis Tomahawks faria com que Vladmir Putin levasse mais a sério os apelos de Trump sobre o acordo para o fim da guerra na Ucrânia, e segundo um membro da delegação de Zelensky que conversou com a AFP sob anonimato, o presidente da Ucrânia mostrou alguns possíveis alvos a serem atacados com os mísseis.

Ao passar do ano, a relação entre ambos os presidentes oscilou bastante, com inclusive uma discussão entre os presidentes e com o vice de Trump, James David Vance, subindo o tom com o presidente ucraniano.

Porém, desde as ultimas semanas, o presidente norte-americano mudou sua postura em relação a guerra, citando até a recuperação dos territórios ucranianos tomados pela Rússia.

Telefonema para Putin

Na última quinta-feira (16), Trump entrou em contato com Vladmir Putin por telefone, e anunciou em sua rede social, que marcaram um encontro em Budapeste, na Hungria, na semana que vem, mas sem um local definido, onde assessores de ambos irão tentar encontrar o melhor caminho para uma paz entre os países

“Acabei de conversar com o presidente russo, Vladmir Putin, e foi muito produtiva. O presidente me elogiou pela conquista de paz no Oriente Médio, algo que segundo ele, era algo que era sonhado há séculos (…) Também conversamos sobre o comércio entre Rússia e Estados Unidos após o fim da guerra com a Ucrânia, acredito que a conversa de hoje foi teve muito progresso” disse o presidente.

Um porta-voz da Casa Branca informou que a conversa durou mais de 2 horas, e que o presidente americano ainda acredita em um encontro entre Zelensky e Putin para selar uma paz.

As promessas de paz na guerra da Ucrânia e no Oriente Médio foram fundamentais para o discurso de Trump em 2024, em detrimento às críticas que Joe Biden, útimo presidente antes de Trumo, sofreu pela forma como lidou com ambos os conflitos. No entanto, tal qual Joe Biden, Trump teve seus esforços negados por parte do presidente russo, que recusou formas de selar a paz entre os países.

STF: ministro Barroso vota pela descriminalização do aborto precoce

O ministro do STF, Luís Roberto Barroso, votou a favor da descriminalização do aborto voluntário até a 12ª semana de gestação. Esse foi o segundo voto a favor da liberação da interrupção da gravidez dentro desse período. Para que a decisão seja aprovada, é necessário que a maioria dos 11 ministros do tribunal concorde com o entendimento.

Voto marca a despedida de Barroso no STF

O voto marcou a despedida de Barroso do Supremo Tribunal Federal, após 12 anos no cargo, já que sua aposentadoria começa neste sábado (18).

Em seu último dia, o ministro solicitou uma sessão extraordinária no plenário virtual para apresentar sua posição sobre o tema e registrar seu voto, pedido concedido pelo presidente da corte, Edson Fachin.

No voto, Barroso afirmou:
“A interrupção da gestação deve ser tratada como uma questão de saúde pública, não de direito penal.”


Ministro Luís Roberto Barroso durante sessão no STF (Foto: Reprodução/X/@republiqueBRA)

Segundo a avaliação do agora ex-ministro do STF, a criminalização afeta principalmente mulheres de baixa renda, que muitas vezes não têm acesso ao sistema de saúde pública para obter informações ou medicamentos adequados.

“As pessoas com melhores condições financeiras podem atravessar a fronteira com o Uruguai, Colômbia, ir para a Europa ou valer-se de outros meios aos quais as classes média e alta têm acesso.”

Além dos países citados acima, existem outros países onde o aborto não é criminalizado nas primeiras semanas, como: Alemanha, Austrália, Dinamarca, Holanda, Espanha, França e Itália.

STF faz a tramitação do caso desde 2017

O próprio Barroso já havia suspendido a ação em setembro de 2023, após a ministra Rosa Weber, então relatora, votar a favor da descriminalização antes de também se aposentar. O STF mantém os votos já concedidos pelos ministros nesse processo. A ação foi apresentada pelo PSOL em 2017, solicitando que o tribunal se posicionasse sobre a possibilidade de interrupção da gestação, atualmente proibida pelo Código Penal brasileiro.

Atualmente, o aborto é legalizado no Brasil em três situações: quando há risco de morte para a gestante, quando a gravidez resulta de estupro e quando o feto é anencéfalo (sem cérebro).

Segundo a Pesquisa Nacional de Aborto de 2021, uma em cada sete mulheres com idade próxima aos 40 anos já realizou pelo menos um aborto, e 43% delas precisaram ser hospitalizadas para concluir o procedimento.

Turquia envia socorristas a Gaza em meio a impasse político com Israel

A Turquia enviou mais de 80 socorristas especializados em desastres para Gaza com a missão de localizar corpos soterrados nas ruínas deixadas pelos bombardeios. A operação, coordenada pela Afad, agência turca de gestão de desastres e emergências, busca recuperar vítimas palestinas e reféns israelenses ainda desaparecidos. Embora o governo israelense tenha inicialmente autorizado a entrada da equipe, o avanço da missão enfrenta incertezas por causa das tensões políticas entre os dois países.

Missão humanitária em terreno de guerra

Os profissionais turcos têm ampla experiência em operações complexas, atuando em locais de difícil acesso e em estruturas colapsadas, como as de terremotos. A mesma equipe já participou de missões internacionais em áreas devastadas, demonstrando preparo técnico e agilidade em situações extremas. Agora, o desafio é outro: lidar com a destruição em Gaza, agravada pelos ataques aéreos e pela instabilidade da região. A missão enfrenta riscos adicionais, como a presença de bombas não detonadas e túneis subterrâneos que dificultam o trabalho de busca.


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Palestinos caminham pela área de Saftawi, em Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, em 19 de janeiro de 2025 (Foto: reprodução/Getty Images Embed/OMAR AL-QATTAA/AFP)

Além do aspecto técnico, a operação tem peso diplomático. A Turquia tenta reforçar sua imagem como mediadora humanitária em crises internacionais, mesmo diante das divergências com Israel. O envio dos socorristas representa um gesto de solidariedade em meio a uma das situações mais delicadas do conflito recente.

Política e ajuda humanitária em conflito

Apesar das tensões, a presença da equipe da Afad é vista como uma ação voltada exclusivamente à assistência humanitária. Nos últimos anos, a Turquia tem enviado ajuda a mais de 50 países, incluindo missões na Somália, no Iêmen e no Nepal. Em Gaza, a atuação da equipe pode se estender por semanas, dada a magnitude da destruição e a dificuldade de localizar corpos entre os escombros. O impasse político, porém, continua sendo o principal obstáculo para a continuidade dos trabalhos e para qualquer avanço nas negociações de cooperação entre os dois países.

A relação entre Turquia e Israel se agravou devido à guerra em Gaza. Ancara apoia a causa palestina, critica duramente as ações israelenses, rompeu laços diplomáticos e comerciais e fechou fronteiras aéreas e marítimas. A interceptação de ajuda humanitária ampliou ainda mais as tensões entre os dois países.

INSS bloqueia novos empréstimos consignados em quatro bancos

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) suspendeu cautelarmente os contratos com quatro bancos, impedindo que ofereçam novos empréstimos consignados a aposentados e pensionistas. A medida foi publicada no Diário Oficial da União na última quinta-feira (16) e afeta as instituições Inter, Facta Financeira, Cobuccio Sociedade de Crédito e Paraná Banco.

Os quatro despachos publicados mencionam o descumprimento do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) firmado com o INSS, sem detalhar quais normas teriam sido violadas. Segundo o órgão, a decisão é necessária para “cessar as irregularidades e salvaguardar o interesse público, até a conclusão definitiva dos processos de apuração”.

A ação segue casos anteriores, como a suspensão do Banco Master na semana passada, devido ao “volume expressivo” de reclamações relacionadas à concessão de empréstimos consignados a beneficiários da autarquia.

Bancos e entidades se posicionam

O Banco Master afirmou ter sido surpreendido com a suspensão preventiva e reafirmou seu compromisso com a conformidade regulatória e o respeito aos clientes. Banco Inter, Facta Financeira e Paraná Banco declararam estar em contato com o INSS para esclarecer a situação e normalizar os serviços. A Cobuccio Sociedade de Crédito ainda não se pronunciou sobre o assunto.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) acompanha os desdobramentos da concessão de consignados, orientando instituições para coibir irregularidades e garantindo o direito de defesa caso sejam acusadas de má conduta.

Parlamentares indicam que o assunto será analisado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, responsável por investigar irregularidades na concessão de crédito consignado e propor medidas corretivas.


Pessoa insere cartão em caixa eletrônico (Foto: reprodução/Freepik/Dragana_Gordic)

Suspensão anterior de oito instituições

Em agosto, a autarquia já havia cancelado a autorização para que oito instituições financeiras realizassem novas operações de crédito consignado utilizando a folha de pagamento de aposentados e pensionistas. As empresas afetadas foram:

  • CDC Sociedade de Crédito Direto
  • HBI Sociedade de Crédito Direto
  • Banco Seguro
  • Via Certa Financiadora
  • Casa do Crédito
  • Valor Financiamentos
  • Banco do Nordeste
  • Banco Industrial do Brasil

Segundo o instituto, a suspensão ocorreu porque essas instituições não adotavam o mecanismo obrigatório conhecido como “não perturbe”, que bloqueia ligações de oferta de crédito e protege aposentados e pensionistas em situação de vulnerabilidade.

Pintura valiosa feita por Pablo Picasso some a caminho de exposição

Uma das obras mais valiosas de Pablo Picasso acabou desaparecendo durante o caminho para ser exposto temporariamente em Granada, Espanha. A bela obra desaparecida é a pintura em guache Natureza Morta com Violão, de 1919, pertencente a um colecionador privado. Ela deveria ser exibida no Centro Cultural CajaGranada, na Espanha, como parte da mostra “Natureza Morta. A Eternidade do Inerte”, com abertura prevista para 9 de outubro. Foi descoberto o sumiço da arte nesta manhã de sexta (17).

Transporte e entrega sem indícios visuais

A remessa com cerca de 56 obras saiu de Madri rumo a Granada. Ao chegar ao centro cultural, todas as peças foram transferidas por elevador e registradas em sala com vídeo vigilância. Até então, não havia indícios de eventos suspeitos: imagens de segurança mostram normalidade no local. Quando as caixas foram abertas no dia 6 de outubro, o curador percebeu que faltava a pintura de Picasso.

Valor e ativação de investigação

A obra estava segurada por 600 mil euros (R$4 milhões na cotação atual), valor que reflete seu status como item de alto valor artístico e patrimonial. A Fundação CajaGranada divulgou comunicado confirmando o desaparecimento e cooperando com as autoridades locais. A partir do registro, o caso foi incluído no banco internacional de obras de arte roubadas.


                              Notícia da arte desaparecida de Pablo Picasso (Vídeo: reprodução/YouTube/@bandjornalismo)

Dificuldades na apuração

O processo de investigação enfrenta obstáculos: alguns pacotes não estavam numerados, o que impediu conferência imediata da lista de peças; não há ainda certeza de em que ponto da viagem o quadro sumiu; e não há suspeitos identificados oficialmente. A polícia de Granada permanece com as apurações em aberto.

Reações e impactos culturais

O sumiço de um Picasso — mesmo de pequeno formato — repercute amplamente no meio artístico. A exposição seguiu normalmente, exibindo outras obras selecionadas. Mas a ausência da pintura incerta lança dúvidas sobre logística de transporte de arte e necessidade de protocolos intensos de segurança para obras sensíveis.

OpenAI suspende vídeos gerados de Martin Luther King

De acordo com o jornal The Washington Post, usuários têm feito vários vídeos com inteligência artificial colocando a imagem de Martin Luther King no meio, porém, os conteúdos eram desrespeitosos. Ao saber disso, a OpenAI, criadora do ChatGPT, suspendeu a criação de vídeo com o King. Os usuários utilizam a plataforma Sora, que é a IA responsável pela criação de comandos e vídeos e que foi lançado no final de setembro desse ano, mas não foi lançada ainda no Brasil.

Quais eram os conteúdos

Usuários passaram a gerar vídeos com falas manipuladas ou cenas ofensivas envolvendo Martin Luther King. Nessas cenas ofensivas, tinha uma simulação dele fazendo sons de macaco durante o seu discurso famoso do “Eu tenho um sonho” e provocações em uma luta livre. Esses tipos de vídeos acabaram levando a uma enxurrada de protestos e críticas nas redes sociais e na imprensa. A empresa decidiu, então, por pedido da própria filha do ativista, desativar temporariamente a função até que mecanismos de controle mais robustos sejam desenvolvidos. Além de Martin Luther King, também haviam feito vídeos de Robin Williams, ator que foi morto em 2014, e do famoso John F. Kennedy.


Sora, plataforma da OpenAI (Foto: reprodução/Cheng Xin/Getty Images Embed)

Defesa da OpenAI

Usuários passaram a gerar vídeos com falas. Em comunicado interno, a OpenAI afirmou que está comprometida com usos éticos da inteligência artificial e que enxerga o incidente como um alerta sobre os limites da tecnologia. A empresa garantiu que continuará investindo em filtros e auditorias para impedir que figuras públicas e históricas sejam distorcidas desse modo.

Impactos para usuários e desenvolvedores

A suspensão afeta tanto usuários comuns quanto desenvolvedores e pesquisadores que utilizavam a função para criar vídeos artísticos ou educacionais com Martin Luther King. A OpenAI disse que buscará diretrizes claras para retomar a funcionalidade, só quando for possível garantir que abusos não voltem a ocorrer.

Bolsonaro pede autorização a Moraes no aniversário de 15 anos da filha

A defesa de Jair Bolsonaro solicitou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a presença de convidados para um almoço no sábado, para comemorar o aniversário de 15 anos de sua filha com Michelle Bolsonaro.

Na lista de convidados apresentado pelos advogados do ex-presidente, conta com a presença da senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e de Rosimary Cardoso, assessora de Bolsonaro e madrinha de Laura, mas a defesa alega que a festa é “sem qualquer conotação pública ou política”. A lista não conta com amigos da aniversariante, por serem menores de idade.

Os convidados para o almoço

Rosi, como é conhecida a madrinha de Laura e assessora de Bolsonaro, já foi investigada pela Polícia Federal, por emprestar um cartão de crédito para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. As investigações apontaram que o pagamento das faturas do cartão eram realizadas em dinheiro vivo, enviados por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do Governo Bolsonaro e outros militares, que também repassavam as quantias para familiares de Michelle.

Além da Rosi e de Damares, a lista de convidados conta com a presença de seis integrantes que fazem parte do grupo de oração de Michelle. O grupo frequenta a casa de Bolsonaro semanalmente, com a autorização do ministro Alexandre de Moraes.

A defesa também solicitou que o maquiador e empresário Augustin Fernandez dormisse na casa de Bolsonaro no final de semana. Fernandez é amigo de Michelle, com quem lançou inclusive uma linha de perfumes.


Bolsonaro solicita a presença de convidados para o aniversário de 15 anos de Laura (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

A prisão domiciliar de Bolsonaro

Bolsonaro cumpre prisão domiciliar imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, no dia 4 de agosto de 2025, após o descumprimento de medidas cautelares, que o impediam de utilizar redes sociais, além de se comunicar com outros investigados pela tentativa de golpe de Estado.

Desde então, qualquer visita à sua casa, em Brasília, precisa ser autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, menos os familiares e advogados de Bolsonaro. Esta semana, Moraes negou o pedido de Bolsonaro para revogar a prisão domiciliar.

Lula sinaliza possível candidatura em 2026 e diz que decisão depende da saúde

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a abrir espaço para uma nova candidatura presidencial em 2026. Em discurso durante o 16º Congresso do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), realizado nesta quinta-feira (16) em Brasília, Lula declarou que “possivelmente serei candidato a presidente outra vez, se eu estiver com saúde”. A fala reacende o debate interno dentro do Partido dos Trabalhadores (PT) e entre os aliados sobre a sucessão presidencial e o futuro político do governo.

Decisão depende da saúde e de propósito político

Durante o evento, Lula reforçou que sua decisão não se baseará apenas em vontade pessoal, mas nas condições físicas e no propósito político que uma eventual candidatura poderia representar. O presidente afirmou que, se decidir concorrer novamente, será para apresentar um novo projeto de país e não apenas repetir políticas já conhecidas.
“Mas vou ser candidato pra quê? Pra continuar falando de Bolsa Família, Luz para Todos? Eu preciso pensar num país maior, num país em que as pessoas acreditem que é possível construir algo diferente”, declarou.

O petista também disse que a eleição de 2026 será marcada por uma nova disputa entre a esquerda e a direita, destacando a necessidade de fortalecer as forças progressistas. Segundo ele, o foco do governo deve continuar sendo a reconstrução social e econômica do país, com políticas públicas que garantam oportunidades e justiça social.


Presidente Lula (Foto: reprodução/EVARISTO SA/Getty Images Embed)

Críticas ao Congresso e ao ambiente político atual

Lula não poupou críticas ao Congresso Nacional, afirmando que o país vive um momento de baixa representatividade política. “Esse Congresso nunca esteve tão ruim como está hoje”, disse, ressaltando que há uma distância crescente entre os interesses do povo e a atuação dos parlamentares. O presidente também defendeu uma maior unidade entre os partidos aliados e reforçou que a mobilização popular será essencial para qualquer disputa futura.

A declaração acontece em meio a especulações sobre possíveis nomes para a sucessão dentro do próprio PT, como a ministra Marina Silva e o ministro Fernando Haddad. Aliados próximos avaliam que, mesmo com a idade avançada, Lula continua sendo o nome mais forte da esquerda para enfrentar uma provável candidatura de oposição, que pode vir do campo bolsonarista ou liberal.

Repercussão e bastidores políticos

A fala do presidente repercutiu rapidamente entre líderes partidários. Parlamentares da base interpretaram o discurso como um sinal de que Lula pretende manter o protagonismo político até as eleições de 2026, enquanto setores da oposição criticaram o tom da fala, acusando o petista de antecipar o debate eleitoral.

Nos bastidores, dirigentes do PT avaliam que a prioridade é consolidar as entregas do governo até o fim de 2025, fortalecendo a economia e os programas sociais para garantir um cenário favorável antes de qualquer decisão oficial sobre uma nova candidatura.

Suposta interferência de Bolsonaro na PF faz Moraes reabrir inquérito

O ministro Alexandre de Moraes (STF), atendeu o pedido do procurador-geral da República, Paulo Gonet, de reabrir inquérito que aponta uma possível pressão de Bolsonaro contra o ex-ministro da Justiça e atual senador Sérgio Moro (União-PR).

O caso teria acontecido em 2020, quando o então ministro Sérgio Moro saiu do governo, alegando que o ex-presidente teria o pressionado, mediante mensagens. Na época, o ex-ministro do STF Celso de Mello autorizou a abertura de inquérito, que após não encontrar nenhum indício de crime pela PF, o caso foi arquivado pelo ex-procurador-geral Augusto Aras.

Moro alega interferência

Tudo teria começado após a saída de Sérgio Moro, do governo, em 24 de abril de 2020, por alegar que Bolsonaro teria tentado interferir politicamente na Polícia Federal, em assuntos relacionados aos seus familiares, demitindo Maurício Valeixo, ex-diretor-geral da Polícia Federal e insistir na troca do comando do órgão, no Rio de Janeiro.

Logo após o anúncio da saída de Moro, o ex-presidente se pronunciou, afirmando que Moro propôs aceitar a demissão de Valeixo, se ele fosse indicado ministro do STF. Bolsonaro negou qualquer interferência, mas afirmou que pedia o então ministro da Justiça, relatórios diários da Polícia Federal, para poder tomar decisões de governo.

Três dias após a saída de Moro, no dia 27 de abril de 2020, Celso de Mello autorizou a solicitação do então Procurador-geral da República, Augusto Aras, de investigar as afirmações de Moro contra o ex-presidente Bolsonaro.

O ex-presidente, no dia 28 de abril de 2020, nomeou Alexandre Ramagem, que era diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e amigo da família de Bolsonaro, para ser o sucessor de Valeixo, no cargo de diretor-geral da PF. No dia seguinte, a nomeação foi suspensa pelo ministro Alexandre de Moraes, que alegou desvio de finalidade na nomeação.


Moraes abre investigação contra Bolsonaro (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Moraes reabre inquérito

O ministro Alexandre de Moraes aceitou, nesta quinta-feira (16), o pedido do atual procurador-geral, Paulo Gonet, que afirmou encontrar elementos que precisam ser aprofundados na investigação e concluir se Bolsonaro realmente buscou informações privilegiadas em seu governo e influenciar em decisões que envolviam seus familiares e aliados políticos.

Para Gonet, existem indícios de que a troca do comando da PF, em 2020, e a solicitação da troca do comando do órgão, no Rio de Janeiro e Pernambuco, tinham como finalidade obter informações privilegiadas.

Moraes intima Defensoria Pública para apresentar defesa de Eduardo Bolsonaro

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, intimou, nesta quinta-feira (16), a Defensoria Pública da União para apresentar uma defesa prévia na acusação do deputado Eduardo Bolsonaro sobre coação no curso do processo.

O caso que envolve Eduardo Bolsonaro é sobre a atuação do deputado para atrapalhar o processo sobre golpe de Estado, em que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, foi condenado pelo STF a 27 anos e 3 meses de prisão.

A Procuradoria-geral da República acredita que o deputado coagiu e buscou favores do presidente Trump para a aplicação de tarifas comerciais no Brasil, em troca da inocência e do perdão de seu pai.

Deputado é acusado de coação

O parlamentar tinha até a noite de quarta-feira (15), para manifestar sua resposta, mas não enviou uma resposta ao STF, nem por meio de nenhum advogado.

Sem uma resposta, Moraes decidiu nomear um defensor público para seguir com o processo, ele daria mais tempo para a defesa de Eduardo Bolsonaro, mas poderia dar prosseguimento no processo e analisar a denúncia ou até expedir um mandado de prisão preventiva do deputado.


Moraes manda DPU apresentar defesa prévia de Eduardo Bolsonaro (Vídeo: reprodução/YouTube/CNNBrasil)

STF aguarda defesa prévia do deputado

A denúncia apura se o deputado e o blogueiro Paulo Figueiredo tentaram interferir nos processos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Os acusados têm até 15 dias para apresentar uma defesa prévia após a notificação judicial. Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, não se encontra no Brasil, ele está nos Estados Unidos desde março deste ano.

A Defensoria Pública da União notificou o deputado por meio de um edital, pois não conseguiu localizar o deputado no Brasil e o intimar.

Após a resposta do deputado, Moraes também aguarda a entrega da defesa e o STF deve marcar o julgamento que decidirá se a denúncia será aceita e se o deputado se tornará réu no processo para ser julgado pelos crimes de coação.

O parlamentar manifestou recentemente o desejo de se candidatar para o cargo de presidência do Brasil no ano que vem, mas se vê diante de uma situação que pode barrar sua candidatura na eleição de 2026.