Moraes intima Defensoria Pública para apresentar defesa de Eduardo Bolsonaro

Deputado em licença do cargo recebeu a notificação por meio de um edital nos Estados Unidos, o parlamentar está sendo acusado de coação

16 out, 2025
Deputado Eduardo Bolsonaro | Reprodução/ Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Deputado Eduardo Bolsonaro | Reprodução/ Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, intimou, nesta quinta-feira (16), a Defensoria Pública da União para apresentar uma defesa prévia na acusação do deputado Eduardo Bolsonaro sobre coação no curso do processo.

O caso que envolve Eduardo Bolsonaro é sobre a atuação do deputado para atrapalhar o processo sobre golpe de Estado, em que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, foi condenado pelo STF a 27 anos e 3 meses de prisão.

A Procuradoria-geral da República acredita que o deputado coagiu e buscou favores do presidente Trump para a aplicação de tarifas comerciais no Brasil, em troca da inocência e do perdão de seu pai.

Deputado é acusado de coação

O parlamentar tinha até a noite de quarta-feira (15), para manifestar sua resposta, mas não enviou uma resposta ao STF, nem por meio de nenhum advogado.

Sem uma resposta, Moraes decidiu nomear um defensor público para seguir com o processo, ele daria mais tempo para a defesa de Eduardo Bolsonaro, mas poderia dar prosseguimento no processo e analisar a denúncia ou até expedir um mandado de prisão preventiva do deputado.


Moraes manda DPU apresentar defesa prévia de Eduardo Bolsonaro (Vídeo: Reprodução/YouTube/CNNBrasil)

STF aguarda defesa prévia do deputado

A denúncia apura se o deputado e o blogueiro Paulo Figueiredo tentaram interferir nos processos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Os acusados têm até 15 dias para apresentar uma defesa prévia após a notificação judicial. Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, não se encontra no Brasil, ele está nos Estados Unidos desde março deste ano.

A Defensoria Pública da União notificou o deputado por meio de um edital, pois não conseguiu localizar o deputado no Brasil e o intimar.

Após a resposta do deputado, Moraes também aguarda a entrega da defesa e o STF deve marcar o julgamento que decidirá se a denúncia será aceita e se o deputado se tornará réu no processo para ser julgado pelos crimes de coação.

O parlamentar manifestou recentemente o desejo de se candidatar para o cargo de presidência do Brasil no ano que vem, mas se vê diante de uma situação que pode barrar sua candidatura na eleição de 2026.

Mais notícias