A possível candidatura de Michelle Bolsonaro ao Senado no Paraná tornou-se um foco de atenção, sobretudo após as recentes declarações do presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto. Durante uma reunião esta semana, Valdemar expressou uma clara oposição à eventual candidatura da ex-primeira-dama, caso o mandato de senador de Sergio Moro seja cassado.
Veredito sobre a cassação de Moro
Cassação de Sergio Moro (Foto: reprodução/Marcos Oliveira/Agência Senado)
No dia 14 de dezembro, a Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná (PRE) emitiu um parecer favorável à cassação do senador Sergio Moro, figura proeminente no cenário político desde o momento em que destacou na “lava jato” e também ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro.
O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) é o palco central dessa polêmica, onde Moro é investigado por suposto abuso de poder econômico nas eleições de 2022. O processo foi instaurado a partir da acusação apresentada pelo Partido Liberal e pela Federal Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV), que alegam que o ex-juiz teria feito gastos excessivos durante a pré-campanha.
O desfecho do julgamento do TRE-PR, previsto para o final de janeiro de 2024, é aguardado com expectativa, e caso Moro seja cassado, o senador poderá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Enquanto a decisão se aproxima, a incerteza paira sobre o futuro político de Michelle Bolsonaro.
Discordâncias internas sobre candidatura de Michelle
De acordo com Valdemar, ocupar o eventual cargo de senadora seria considerado “pouco” para Michelle Bolsonaro. Além disso, apesar das especulações e do apoio declarado de Jair Bolsonaro à candidatura da esposa, a ex-primeira-dama não manifestou interesse em entrar na disputa.
Em meio à incerteza sobre o futuro político de Michelle Bolsonaro, o posicionamento divergente entre o ex-presidente da República e Valdemar Costa Neto sobre a relevância do cargo de senadora revela as fissuras internas do Partido.
Foto Destaque: Valdemar Costa Neto e Michelle Bolsonaro lado a lado (Reprodução/Instagram/@plnacional22)