Nos próximos dias, o atual presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve publicar um decreto de correção do salário mínimo. Com base no crescimento da economia, o valor terá um aumento de R$ 106, equivalente a 7,5%, totalizando R$ 1.518 em 2025. O reajuste entrará em vigor a partir do dia 1º de janeiro, com o primeiro pagamento previsto para fevereiro.
Votação da PL 4.614/2024 (Foto: reprodução Senado Notícia/Jonas Pereira/Agência Senado)
Novas regras para o cálculo do salário mínimo
O novo valor aprovado via projeto de lei (PL 4.614/2024), de autoria do Deputado Federal José Guimarães (PT/CE), limita o acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o aumento real do salário mínimo. Baseado no pacote de corte de gastos do governo federal, as novas regras ditam que o reajuste deve ser de no máximo até 2,5% acima da inflação. O texto também frisa o crescimento real em pelo menos 0,6% independente do desenvolvimento econômico do país.
Se o salário mínimo fosse calculado pela fórmula anterior (INPC de 4,84% + variação do PIB de 3,2% de dois anos atrás), o reajuste seria para R$ 1.528, ou R$ 10 a mais por mês.
Cortes de gastos
Em 2025, as despesas do governo estarão menores. Como o salário mínimo corrige benefícios e aposentadorias, o reajuste reduzirá R$ 4 bilhões de custos. Justamente porque R$ 392 milhões equivale a R$ 1 de aumento do salário, conforme afirma cálculos do governo federal.
Embora a medida contenha as contas públicas, por outro lado, impacta o consumo das famílias brasileiras. Os desafios podem ser percebidos no salário ou múltiplos desse valor para 59,3 milhões de pessoas, que limitam seu crescimento econômico, o poder de compra e baseiam seus salários, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o Diese.
Foto destaque: Uma pessoa contando dinheiro (reprodução:Pixabay/Joelfotos)