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Petrobras: Novo reajuste eleva o preço da gasolina e do diesel

Litro da gasolina vendida às distribuidoras passará de R$ 3,86 para R$ 4,06. Para o diesel, preço médio sobe de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro. Aumento se deve principalmente à impostos.

17 Jun 2022 - 18h08 | Atualizado em 17 Jun 2022 - 18h08
Petrobras: Novo reajuste eleva o preço da gasolina e do diesel Lorena Bueri

Os preços dos combustíveis na bomba aumentaram desde meados do ano passado, conforme as atividades econômicas foram retomadas após a fase mais severa do isolamento social contra a pandemia do coronavírus.

O ano passado começou com altas recorrentes no preço dos combustíveis, pesando nos bolsos dos brasileiros. Em 2022, com a guerra na Ucrânia  e as sanções impostas ao governo russo estão fazendo o preço internacional do petróleo disparar.

Como a Petrobras  é dominante no mercado, a influência do preço da gasolina e do diesel começa com a empresa, mas também há a venda de empresas privadas. O diesel sofre maior alta, devido ao peso do petróleo na composição.

Sem contar os impostos (ICMS, PIS/Pasep e Cofins, e Cide), a diferença entre os preços das refinarias para o preço cobrado do consumidor sofre influência direta dos lucros do produtor ou importador, custo do etanol anidro (no caso da gasolina) e do biodiesel (no caso do diesel) e margens do distribuidor e revendedor. O diesel tem a maior influência da Petrobras sobre a formulação dos preços. A porção de realização (Petrobras) da empresa no preço é de 63,2%, mais da metade do que o consumidor encontra na bomba.

Os impostos são a segunda maior fatia, com 11,7% do preço. Com os impostos federais (Cide, PIS e Cofins) depois de sucessivas altas e a aprovação do presidente Bolsonaro em queda o governo federal decidiu zerar estes impostos, essa fatia hoje é toda do ICMS, imposto este, estadual. A cadeia de distribuição e os revendedores ficam com 14,7% do valor pago, terceira maior porção do preço.

Por último, há também influência do biodiesel. Atualmente, é necessária uma mistura mínima ao diesel mineral em proporção de 10,4% pelas distribuidoras, segundo a Petrobras.  Especialistas apontam que em 2023, essa parcela deve ultrapssar 15%.


Cadeia de comercialização dos combustíveis. (Foto; Reprodução/G1)


A gasolina vendida nos postos é uma mistura entre gasolina e etanol anidro. A divisão é de 73% e 27%, respectivamente. Como o diesel, incidem os impostos e lucro de distribuição e revenda no preço final. Boa parte do preço da gasolina é formada por impostos. Somados, o ICMS, o PIS/Pasep e Cofins somam 33,6% do valor final, sendo 24,1% para o primeiro e 9,5% para os demais. O que fica para a Petrobras (a realização) são 38,8% do preço final.

Na sequência, entra o etanol anidro  representa 13,2% do valor final. O lucro das distribuidoras e revendedoras é de 14,3%.

A principal pressão no valor dos combustíveis vem dos preços internacionais do petróleo. Houve uma dupla ação, da alta da commodity no mercado internacional desde a retomada das atividades econômicas e da cotação do dólar.

A pandemia do coronavírus e as restrições para conter o espalhamento da Covid-19, fez o preço do petróleo afundar no momento mais intenso do isolamento social e veio em uma alta, posteriormente, conforme houve abertura das atividades comerciais.

Além da alta dos preços internacionais do petróleo, o impacto aqui é sentido através da alta do dólar, moeda em que a commodity é cotada. Depois de fechar 2021 com forte alta, no entanto, a moeda acumula queda de quase 10% este ano, apesar da disparada dos últimos dias.

 

Foto Destaque: Após alta do preço dos combustíveis, gasolina sobe 5,18 e diesel 14,26%. Foto Reprodução: site Drmulta. 

 

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