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PF prende Colômbia, suspeito de ser mandante das mortes de Dom e Bruno

O suspeito é acusado de ser o fornecedor de drogas provenientes do Peru e da Colômbia para facções criminosas do Brasil. Ele foi detido na quinta-feira (7), após utilizar um documento falso em Tabatinga.

08 Jul 2022 - 17h25 | Atualizado em 08 Jul 2022 - 17h25
PF prende Colômbia, suspeito de ser mandante das mortes de Dom e Bruno Lorena Bueri

A Polícia Federal prendeu na manhã desta sexta-feira (8), o peruano Rubens Villar Coelho, conhecido como Colômbia, suspeito de ser o mandante dos homicídios do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. Os crimes ocorreram no início de junho na região do Vale do Javari, no estado do Amazonas.

A prisão foi confirmada pelo superintendente da PF no Amazonas, Eduardo Fontes ao blog da jornalista Andreia Sadi.

Coelho foi detido em flagrante por uso de documentos falsos. Ao ser ouvido na delegacia de Tabatinga, ele negou envolvimento com o crime. Uma das linhas de investigação da Polícia Federal é de que ele também seria um traficante de drogas e negocia pescado ilegal de criminosos da região.

Como a pena do crime de uso de documentos falsos é superior a quatro anos, Colômbia não poderá ser solto por pagamento de fiança. A PF pretende pedir a prisão temporária dele para que possa aprofundar as investigações.

A autoridades que apuram o caso devem dar uma entrevista nesta sexta-feira com atualizações da prisão. A PF vai explicar como foi feita a reconstituição do crime e informar sobre o envio do caso para a Justiça Federal, onde o processo foi encaminhado por ter relação com terras indígenas.

Também nesta sexta-feira vence o prazo das prisões dos outros três suspeitos do crime: Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como Pelado, Oseney da Costa de Oliveira, de 41 anos, o Dos Santos; e Jefferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha.


 Um gabinete integrado com a participação das Forças Armadas, Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros foram responsáveis pelas buscas. (Foto Reprodução: Ministério da Defesa)


O indigenista e o jornalista desapareceram quando faziam uma expedição para uma investigação na Amazônia, no Vale do Javari. Eles foram vistos pela última vez em 5 de junho, quando passavam em uma embarcação pela comunidade de São Rafael. O ponto final da viagem seria em Atalaia do Norte. O percurso de 72 quilômetros deveria durar apenas duas horas, mas eles nunca chegaram ao destino.

Os restos mortais deles foram achados em 15 de junho. As vítimas teriam sido mortas a tiros e os corpos, esquartejados, queimados e enterrados. Segundo um laudo de peritos, Bruno foi atingido por três disparos, dois no tórax e um na cabeça. Já Dom foi baleado uma vez, no tórax.

 

Foto Destaque: Dom Phillips e Bruno Pereira. Foto Reprodução: Site Brasil de Fato.

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