Neste sábado (09), milhares de pessoas lotaram as ruas de Madrid, na Espanha, para protestar contra um projeto de lei para anistiar independentistas catalães, que participaram do ato separatista em 2017.
Atualmente no poder, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), fez acordo com partidos separatistas em troca de apoio para o governo do primeiro-ministro Pedro Sánchez. Segundo informações, Sanchez espera que o Parlamento aprove o projeto de lei ainda este mês.
As manifestações foram convocadas por grupos de direita, logo após a aprovação da lei na Comissão de Justiça do Congresso dos Deputados, manifestantes pedem a renuncia de Pedro Sánchez do cargo.
Manifestantes se organizam nas ruas de Madrid (Foto: reprodução/Felipe Días de Vivar/Elmundo)
Sanchez rebate acusações
O primeiro-ministro da Espanha, diz ser a favor da lei de anistia, alega que esse ato tornará a democracia mais forte, pois vislumbra uma reconciliação com a Catalunha.
Desde 2018 Sanchez está à frente do governo e os votos de grupos regionais e separatistas catalães foram cruciais para o sucesso em suas decisões.
Manifestantes vão as ruas em Madrid (Foto: reprodução/REUTERS/Ana Beltran)
Tentativa de independência da Catalunha
A Catalunha é parte do território da Espanha e possui uma população de aproximadamente 7,5 milhões de habitantes. Tem uma economia forte e representa um quinto da economia espanhola. Uma das cidades mais visitadas da Espanha é Barcelona que está localizada nessa região.
O governo regional da Catalunha é autônomo, mas está subordinado ao Estado da Espanha. Em 2017, foi realizada uma consulta pública, através de um referendo, questionando se a população apoiaria ou não a separação da região. Segundo as autoridades, o resultado foi que 90% dos votantes eram a favor da separação.
Diante de polêmicas, a Suprema Corte Espanhola questionou votação por achá-la ilegal e um ato inconstituicional. O movimento tomou força após a prisão dos responsáveis pelo governo regional, milhares de manifestantes foram às ruas em protesto a favor do resultado da votação. O primeiro-ministro da Espanha Mariano Rajoy não reconheceu o plebiscito e cancelou a eleição, alegando que o intituto do ato seria acabar com a constituição.
Foto destaque: Manifestantes tomam as ruas de Madrid para protestar (Reprodução/REUTERS/Ana Beltran)
