Pela primeira vez desde 2015, Nicolás Maduro veio ao Brasil. Em 2020, o líder venezuelano foi acusado por tráfico de drogas pela procuradoria geral dos EUA.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chegou ao Brasil nesta segunda-feira (29) para se reunir em encontros com o presidente Lula e mais 10 líderes de países sul-americanos.
Encontro entre Maduro e Lula (Foto: Reprodução/Folha)
Alguns deputados de oposição ao governo Lula fizeram críticas, como por exemplo, o deputado Zé Trovão (PL) que enviou um documento à Embaixada dos Estados Unidos para pedir a prisão de Maduro.
Ocorreu um caso semelhante na Argentina, onde Maduro havia sido convidado para participar de um encontro em Buenos Aires mas a Patricia Bullrich, uma política de oposição ao governo de Alberto Fernández, relatou que iria se comunicar com autoridades dos EUA para que o líder venezuelano fosse detido em solo argentino, o que fez com que Maduro acabasse desistindo de ir a Buenos Aires e ficou na Venezuela.
Além disso, em março de 2020, o órgão responsável por investigar crimes relacionados a drogas nos Estados Unidos (DEA) acusou Maduro a estar ligado a um grupo que supostamente traficava drogas, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Naquele tempo, os EUA eram governados por Donald Trump, o qual demonstrou apoio ao então líder da oposição, Juan Guaidó, que logo depois, chegou a ser reconhecido por aproximadamente 60 países como presidente da Venezuela. A justificativa para todo esse apoio era que as eleições de 2018, vencidas por Maduro, teriam sido fraudadas e, com isso, quem deveria assumir o posto seria o chefe do Legislativo.
Nos dias de hoje, os representantes do governo do atual presidente dos EUA, Joe Biden, se reuniram com uma bancada de oposição venezuelana, a Plataforma Unitária, que está negociando com os representantes do líder venezuelano em busca de uma saída para a crise política que vem ocorrendo na Venezuela.
Pressionados pela crise de energia causada pela guerra na Ucrânia, em 2022, os EUA aliviaram as pressões que fazem sobre a Venezuela, liberarando operações de quatro empresas petroleiras para fazer negócios com os venezuelanos
Maduro vem tentando acabar com todas as sanções internacionais que lhe foram colocadas na expectativa que ele abandonasse seu governo.
Foto Destaque: O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante visita a Brasília (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)
