Nesta quarta-feira (6), o Kremlin refutou vigorosamente as alegações dos Estados Unidos de que a Rússia interferiu nas eleições presidenciais americanas de 2016 e 2020. Em comunicado, o porta-voz Dmitry Peskov afirmou que Moscou não planeja se intrometer nas futuras eleições americanas e ironizou uma preferência de Vladimir Putin por Joe Biden em relação a Donald Trump.
Rússia nega envolvimento e contesta acusações dos EUA
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou de forma enfática que a Rússia jamais interferiu nas eleições nos Estados Unidos e que não tem intenção de fazê-lo no futuro. Ele enfatizou a política de não intervenção do país nos assuntos internos de outras nações, ao mesmo tempo em que rejeitou as acusações americanas de manipulação eleitoral.
Peskov contestou as conclusões de relatórios dos EUA, incluindo o do conselheiro Robert S. Mueller, que acusou a Rússia de interferência nas eleições de 2016, e o relatório de 2021 do gabinete do diretor de Inteligência Nacional, que alegou que Putin autorizou operações para influenciar as eleições de 2020.
Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin (Foto: reprodução/TeleTrader.com)
Relações russo-americanas em crise
As tensões entre Rússia e Ocidente têm se intensificado devido à guerra na Ucrânia, resultando em uma deterioração nas relações entre Moscou e Washington. Peskov observou que as relações entre os dois países enfrentam um dos piores momentos, enquanto alertava sobre os riscos de uma escalada militar na Ucrânia.
Resistência russa às sanções ocidentais
Apesar das sanções impostas pelo Ocidente em resposta à crise na Ucrânia, Peskov afirmou que elas não prejudicaram a Rússia, mas sim fortaleceram a mobilização interna do país. Ele citou o crescimento econômico russo no ano passado como evidência de que as sanções não atingiram seu objetivo de enfraquecer a economia russa.
Perspectivas futuras
Questionado sobre o futuro da Rússia diante das mudanças geopolíticas, Peskov reconheceu os desafios que o país enfrentará, mas enfatizou a determinação russa em manter uma postura aberta ao mundo e buscar relações construtivas com outras nações.
Foto destaque: Palácio do Kremlin (Reprodução/ Existe um Lugar no Mundo)