A capital da Síria, Damasco, foi atacada pelas Forças Aéreas Israelenses neste domingo (19), com um bombardeio que resultou na morte de 15 pessoas, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH). Segundo a ONG, "mísseis israelenses tinham como alvo locais [usados por] milícias iranianas e o Hezbollah libanês". No entanto, A agência estatal de notícias Síria, Sana, havia informado inicialmente que foram 15 feridos e cinco mortes.
Um dos prédios atingidos pelo bombardeio (Reprodução/SANA)
O bombardeio destruiu um prédio de 10 andares onde estão sediados órgãos de inteligência, agências de segurança e ministérios no bairro de Kafar Souseh, em Damasco. Segundo a ONG, o ataque gerou explosões e incêndios que se estenderam por mais de 10 quilômetros entre as cidades de Sayeda Zainab e Diabiya. Outra cidade atingida pelos mísseis foi Dawar al Mazra, que fica a 12 quilômetros da capital Síria.
A região é conhecida por ser fortemente policiada, já que abriga várias agências de segurança do Irã, aliado da Síria. Em 2008 a área já havia sido atingida por bombas, quando o principal comandante do grupo libanês Hezbollah pró-Irã, Imad Moughniyeh, foi morto.
O ataque está sendo considerado como “um crime contra a humanidade” pelo ministro das Relações Exteriores da Síria, Faisal Mekdad, que ressaltou que aconteceu há menos de duas semanas após o terremoto de 6 de fevereiro, que deixou mais de 5800 feridos somente na Sìria. Este é o segundo ataque israelense contra a Síria em 2023, que já havia sido sofrido bombardeio no Aeroporto Internacional de Damasco, provocando 7 mortes.
Segundo a OSDH, em 2022 aconteceram 32 ataques israelenses na Síria, que resultaram na morte de 89 militares e 121 feridos, além da destruição de 91 alvos, incluindo prédios, depósitos de armas ou munições, quartéis generais, o centro de pesquisa científica Messiaf e ponto comercial de Latakia. Atualmente, a intenção de Israel é desacelerar o entrincheiramento do Irã na Síria. As Forças Aéreas de Israel, no entanto, não comentaram os ataques.
Imagem destaque: Prédio atingido por bombas (Reprodução/REUTERS)