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IBGE: 82% das mulheres ganham menos que homens em suas áreas

Um levantamento afirma que a média remunerada mensal das mulheres é 17% menor que dos homens

20 Jun 2024 - 16h38 | Atualizado em 20 Jun 2024 - 16h38
IBGE: 82% das mulheres ganham menos que homens em suas áreas Lorena Bueri

Uma pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informa que as mulheres receberam salários inferiores aos dos homens em 82% das principais áreas de atuação no Brasil em 2022

Desigualdade Salarial por Gênero nas Principais Áreas de Atuação em 2022

Das 357 áreas de atuação analisadas, as mulheres recebiam salários médios iguais ou superiores aos dos homens em apenas 63 delas, representando 18% do total.

O IBGE calculou a média salarial de cada um reunindo os salários por gêneros do pessoal ocupado assalariado das empresas de cada área de atuação.

A área de fabricação de mídias virgens, magnéticas e ópticas apresentou a maior disparidade salarial, com os homens recebendo R$ 7.509,33 e as mulheres R$ 1.834,09, resultando em uma diferença de 309,4%.

A área onde as mulheres tiveram os maiores salários em relação aos homens foi em organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais. Nessa área, as mulheres receberam, em média, R$ 9.018,70, enquanto os homens ganharam R$ 4.717,09, resultando em uma diferença de 47,7% a favor delas. As mulheres ganham salários menores que os homens em 17 dos 20 grupos de acordo com o CNAE (Classificação de Atividades Econômicas).


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Foto: Imagem unidade IBGE (reprodução/site/IBGE)


Panorama das Empresas e Desigualdade Salarial no Brasil em 2022

No senso feito pelo IBGE em 2022 Tinham cerca de 9,4 milhões de empresas formais ativas no país, 63 milhões de pessoas ocupavam essas empresas. Das 6,6 milhões de empresas desse total, não havia pessoal assalariado, mas 8,4 milhões de pessoas recebiam sua renda como sócios e/ou proprietários.

Em 2022, outras 2,9 milhões de empresas empregavam um total de 54,3 milhões de pessoas, das quais 50,2 milhões eram funcionários assalariados e 4,1 milhões atuavam como sócios e/ou proprietários. Essas organizações desembolsaram R$ 2,3 trilhões em salários e outras formas de remuneração, resultando em um salário médio mensal de R$ 3.542,19, equivalente a 2,9 salários mínimos. Dos mais de 50 milhões de trabalhadores assalariados, 54,7% eram homens e 45,3% mulheres.

Quando consideramos o tamanho das empresas em termos de número de funcionários, 76,8% delas tinham de 1 a 9 profissionais, 19,8% entre 10 e 49, 2,6% entre 50 e 249, e apenas 0,8% possuíam 250 pessoas ou mais. Apesar de serem menos numerosas, as empresas de maior porte foram responsáveis por mais da metade (54,1%) do total de empregos assalariados e por 69,3% do total de salários pagos.

Os salários tendem a aumentar com o porte da empresa. Empresas com 250 funcionários ou mais pagaram em média R$ 4.528,67 por mês, o que representa um aumento de 152,6% em comparação com o valor pago por empresas com 1 a 9 profissionais, que foi de R$ 1.793,08.

Em 2022, a maioria das pessoas ocupadas assalariadas (76,6%) não possuía ensino superior, enquanto 23,4% tinham concluído o nível superior. Os trabalhadores com maior escolaridade receberam, em média, R$ 7.094,17 por mês, cerca de três vezes mais do que aqueles sem ensino superior, cuja média salarial foi de R$ 2.441,16.

Os setores que mais empregaram pessoas com ensino superior foram educação (64,3%), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (60,6%), e administração pública, defesa e seguridade social (47,4%). Em contrapartida, as áreas com maior proporção de funcionários sem nível superior incluíram alojamento e alimentação (96,1%), agricultura, pecuária, produção florestal e aquicultura (94,1%), e construção (92,6%).

Foto destaque: Imagem ilustrativa de notas de real (Reprodução/Getty Imagens Embed)

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