Eleito presidente, Gustavo Petro é um economista e ex-combatente do grupo M-19. Ele venceu o candidato Rodolfo Hernández, ex-prefeito da cidade de Bucaramanga e empresário, que havia surpreendido no primeiro turno. Petro teve 50,49% dos votos, contra 47,25% de Hernández. No total, cerca de 22 milhões de votos foram contabilizados pelo orgão de contagem de votos nacional. A diferença foi de 717 mil votos de um para o outro.
Após a divulgação do resultado, Petros fez um comentário nas redes sociais : "Hoje é um dia de festa para o povo. Que festeje a primeira vitória popular. Que tantos sofrimentos sejam absorvidos pela alegria que hoje inunda o coração da pátria. Essa vitória é para Deus e para o povo e sua história. Hoje é o dia das ruas e das praças." Francia Márquez, que compõe a chapa com Petro, será a primeira vice-presidente negra do país.
Francia Márquez e Gustavo Petro se abraçando. (Foto: reprodução/BrasildeFato)
Em menos de uma hora, Hernández reconheceu a vitória de Petro após a divulgação do resultado : "Colombianos, hoje a maioria dos cidadãos escolheu o outro candidato. Como eu disse durante a campanha, 'eu aceito os resultados dessa eleição'", disse ele em um vídeo publicado em redes sociais.
Já no discurso da vitória, Petro disse que seu governo será feito "com a política do amor". "A política do amor não é uma mudança para nos vingarmos, não é uma mudança para construir mais ódio ou aprofundar o sectarismo na sociedade colombiana. Nossos pais e avós nos indicaram o que significa o sectarismo. A mudança consiste em deixar o ódio para trás", disse ele.
Petro se elegeu prometendo democratizar a economia do país. Petro não fala muito sobre outros países da América Latina ou como seria uma relação de uma Colômbia por ele governada com o Brasil. Em 2018, quando candidato a presidência, Petro foi criticado pela amizade com o falecido presidente venezuelano Hugo Chávez. Foi acusado pela oposição de querer transformar o país em uma Vnezuela e perdeu a eleição no segundo turno para Iván Duque.
Agora eleito, Petro quer que o país esteja à frente da luta contra mudanças climáticas, afirma que é preciso salvar a Amazônia para salvar a humanidade, e que, se preciso estabelecer diálogo nas Américas (EUA). Petro foi deputado por 4 anos, depois, após ameaça de morte, ficou 2 anos da Bélgica como funcionário da embaixada colombiana.
Foto destaque : Gustavo Petro segurando uma cédula de votos. Reprodução/EstadodeMinas
