Após uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Fernando Collor deixou a cadeia e passou a cumprir prisão domiciliar em sua cobertura duplex de 600 metros quadrados. O imóvel está localizado em um edifício à beira-mar, na praia de Maceió, e conta com piscina privativa, quatro suítes, bar e um quarto de empregada. Apesar de estar sendo monitorado por uma tornozeleira eletrônica, nada dificulta sua chamada "prisão premium".
A cobertura duplex
O imóvel onde Collor atualmente reside foi penhorado em novembro de 2024 como garantia de uma dívida trabalhista de R$ 264 mil, resultante de um processo movido por um ex-funcionário da TV Mar, empresa de mídia com a qual o ex-presidente mantém vínculos. Uma avaliação feita há seis meses estimou o valor do apartamento em R$ 9 milhões.
Segundo noticiado, o ex-presidente mora no 6º andar do Edifício Residencial Chateau Larousse, localizado na Avenida Álvaro Otacílio, em uma área nobre do bairro Jatiúca. Além de estrutura luxuosa, o apartamento conta com espaço de estar íntimo, três suítes (sendo uma máster), pavimento superior com piscina, dois terraços — um coberto e outro descoberto —, jardineiras, bar e diversos outros cômodos, como gabinete, depósito, adega, galeria, sala de estar e sala de jantar. O condomínio ainda dispõe de cinco vagas de garagem para veículos de médio porte.
Conheça o duplex de luxo do ex-presidente e presidiário Fernando Collor(Vídeo/Reprodução/Instagram/@globonews)
Essa cobertura duplex permanecerá penhorada até fevereiro de 2028, quando se encerram as parcelas referentes à dívida trabalhista. Caso Collor não cumpra o acordo, o luxuoso apartamento poderá ser levado a leilão. Vale lembrar que ele já teve uma mansão em Campos do Jordão penhorada pelo mesmo motivo: dívida relacionada a direitos trabalhistas.
Regime de prisão
Antes de ter o regime de prisão alterado, após ser condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção e outros crimes investigados pela Operação Lava Jato, o ex-presidente estava detido em uma cela diferenciada na delegacia de Alagoas. No entanto, sua defesa apresentou mais de 130 exames médicos que comprovaram que ele é portador de Parkinson desde 2019, além de transtorno bipolar e insônia crônica. Com base nessas comorbidades, foi decretada a prisão domiciliar do condenado de 75 anos.
Atualmente, Collor usa tornozeleira eletrônica e está proibido de deixar o país. Seu passaporte foi suspenso.
Foto destaque: Ex-Presidente Fernando Collor (Reprodução/@perfilcombrasil/Instagram)