Na madrugada desta sexta-feira (25), foi preso o ex-presidente do Brasil, Fernando Collor de Mello, em Maceió, Alagoas, por volta das 4h, pela Polícia Federal, para cumprir pena de 8 anos e 10 meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, após decisão do Supremo Tribunal Federal. A ordem de prisão veio na última quinta-feira (24) após ordem de Alexandre de Moraes, do STF.
Caso da BR Distribuidora
O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a prisão de Fernando Collor de Mello, ex-presidente da República e ex-senador por Alagoas, nesta sexta-feira. A ordem foi emitida pelo ministro Alexandre de Moraes após o esgotamento dos recursos da defesa. Collor foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão em regime fechado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em um caso relacionado à BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.
Segundo as investigações, entre 2010 e 2014, Collor teria recebido cerca de R$ 20 milhões em propinas da UTC Engenharia para facilitar contratos com a BR Distribuidora, utilizando sua influência política para indicar e manter diretores em cargos políticos. O esquema foi descoberto durante a Operação Lava Jato, que expôs práticas corruptas envolvendo políticos e empresários no Brasil.
Fernando Collor de Mello no Impeachment de Dilma Rousseff (Foto: Reprodução/ANDRESSA ANHOLETE/Getty Images Embed)
Prisão e repercussão política
A defesa de Collor informou que o ex-presidente foi detido pelas autoridades na madrugada desta sexta-feira em Maceió, enquanto se deslocava para Brasília, para cumprir a decisão judicial.
A decisão do mandato do ex-presidente foi tomada ontem (24) e será levada ao plenário da Corte ainda hoje. "Determino a prisão e o início do cumprimento da pena de reclusão, em regime fechado, em relação ao réu Fernando Collor de Mello", disse Moraes na decisão. O julgamento ocorrerá de forma virtual e começará às 11h da manhã e está previsto para terminar às 23h59 da noite.
Collor, que presidiu o país entre 1990 e 1992, renunciou ao cargo em meio a um processo de impeachment por corrupção. Após recuperar seus direitos políticos, foi eleito senador por Alagoas, cargo que ocupou até 2023.
Foto destaque: Fernando Collor de Mello (Reprodução/Igo Estrela/Getty Images Embed)