A economia brasileira criou 159,4 mil empregos com carteira assinada em outubro de 2022, divulgado nesta terça-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
O resultado demonstra piora em relação a outubro do ano passado, quando foram criados 252,5 mil empregos formais. A queda, em comparação, foi de 36,9%. Ao todo, com informações do governo federal, em outubro foram apontados:
- 1,78 milhão de contratações;
- 1,63 milhão de demissões.
Já em outubro de 2020, em meio à primeira onda da Covid-19, foram criados 365,9 mil empregos de carteira assinada.
A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é a mais adequada, pois o governo mudou a metodologia.
Acumulado do ano
Com informações do Ministério do Trabalho, 2,32 milhões de vagas formais de emprego foram formadas no país entre janeiro e outubro.
O número representa baixa em comparação com o mesmo momento de 2021, quando foram formadas 2,75 milhões de vagas.
Ao final de outubro de 2022, ainda conforme informações oficiais, o Brasil tinha saldo de 42,99 milhões de empregos com carteira assinada.
O resultado significa um aumento em comparação com setembro deste ano (42,83 milhões) e com outubro de 2021 (40,65 milhões).
Com informações do ministro do Trabalho e da Previdência Social, José Carlos Oliveira, os números de outubro abrem a possibilidade de que os empregos formais, criados em todo ano de 2022, sejam mais de 2,5 milhões de vagas formais. Normalmente as demissões ocorrem em dezembro.
“A economia está no caminho certo”, declarou ele.
Pesquisa de economia. (Foto: Reprodução/Pexels)
Salário médio de admissão
O governo também relatou que o salário médio de admissão foi de R$ 1.932,93 em outubro deste ano, representando uma baixa (descontada a inflação) em relação a setembro (R$ 1.940,21).
Na comparação com outubro de 2021, porém, houve uma elevação no preço do salário médio de admissão. Naquele período, o valor era de R $1.910,11.
Caged x Pnad
Com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados apenas consideram os trabalhadores com carteira assinada, isto é, não incluem os informais.
Com isso, os resultados não são comparáveis com os números do desemprego publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), recolhidos por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad).
Os números do Caged são recolhidos das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, enquanto os dados da Pnad são obtidos por meio de estudo domiciliar e abrangem também o setor informal da economia.
Segundo o IBGE, a taxa de desemprego no Brasil diminuiu para 8,7% no terceiro trimestre deste ano, sendo a menor porcentagem desde o trimestre encerrado em junho de 2015, mas com a falta de trabalho ainda atingindo 9,5 milhões de brasileiros, conforme já publicado anteriormente pelo IBGE.
Foto Destaque: Pesquisa de economia. Reprodução pexels.