Na madrugada deste domingo (24), forças israelenses conduziram um ataque aéreo massivo contra alvos no sul de Beirute, capital do Líbano. A ação, focada em áreas controladas pelo grupo Hezbollah, gerou explosões que danificaram tanto estruturas residenciais quanto comerciais. O exército israelense alegou que a ofensiva foi uma resposta a ameaças de segurança, embora não tenha especificado os alvos exatos atingidos.
Moradores locais relataram momentos de caos durante os bombardeios, que ocorreram nas primeiras horas do dia. A fumaça densa e os escombros resultantes do ataque causaram pânico entre os habitantes, muitos dos quais precisaram evacuar suas casas em meio ao perigo iminente.
Cronologia dos confrontos
No sábado (23), Israel iniciou a série de ofensivas com um bombardeio no distrito de Basta, em Beirute. O ataque resultou no desabamento de um prédio residencial, causando a morte de 29 pessoas e ferindo 67. A operação tinha como alvo supostos centros estratégicos do Hezbollah e marcou o início de uma nova fase de intensificação dos conflitos.
Socorristas buscam vítimas nos escombros de um prédio após ataque israelense em Beirute, sábado (Foto: reprodução/AFP)
Em resposta ao ataque de sábado (23), no domingo (24) o Hezbollah lançou cerca de 250 foguetes e projéteis contra o território israelense, atingindo áreas próximas a Tel Aviv. Os disparos deixaram pelo menos sete feridos e causaram danos materiais significativos. Este foi um dos bombardeios mais intensos realizados pelo grupo em meses.
Poucas horas após a retaliação do Hezbollah, Israel realizou mais um ataque, desta vez no sul do Líbano, em regiões controladas pelo grupo. A ação foi descrita como um esforço para neutralizar posições militares estratégicas do Hezbollah, mas também gerou danos significativos em áreas civis.
Cenário geopolítico tenso
A crise entre Israel e o Líbano se insere em um contexto de longa data marcado por tensões políticas e religiosas. Recentes episódios de confronto na fronteira aumentaram a preocupação internacional sobre a possibilidade de uma crise humanitária. Organizações como a ONU pediram moderação de ambos os lados, destacando os impactos devastadores para civis.
Enquanto a comunidade internacional acompanha os desdobramentos, os moradores das regiões afetadas permanecem em alerta, temendo uma escalada ainda maior da violência.
Foto destaque: ataque aéreo israelense atingiu Sul do líbano em setembro (reprodução/Rabih DAHER /AFP)