Neste domingo (24), um subúrbio no sul de Beirute foi envolto por uma densa fumaça após ser alvo de um bombardeio aéreo realizado por Israel. Até o momento, não há informações confirmadas sobre vítimas ou feridos.
Mais cedo, o exército libanês relatou que um ataque israelense atingiu uma instalação militar na cidade de Al-Amiriya, localizada na estrada entre Al-Qalila e Tiro, no sul do Líbano. O ataque resultou na morte de um soldado e deixou outros 18 feridos, alguns em estado grave.
O bombardeio a Beirute ocorreu pouco depois de o Líbano disparar centenas de foguetes que atingiram várias áreas de Israel na manhã deste domingo.
Em declaração, o primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, afirmou que Israel enviou "uma mensagem clara e agressiva, demonstrando oposição a qualquer esforço para estabelecer um cessar-fogo, reforçar a presença do exército libanês no sul e cumprir a resolução 1701 da ONU".
Ainda no domingo, o responsável pela política externa da União Europeia solicitou que se intensificassem os esforços para pressionar tanto o governo israelense quanto o Hezbollah no Líbano a aceitarem o acordo de trégua proposto pelos Estados Unidos.
Ataques aéreos israelenses, no sul de Beirute, Líbano (Foto: reprodução/AFPFADEL ITANI/Getty Images Embed)
Guerra
Os ataques no Líbano se intensificaram nos últimos meses, resultando em destruição generalizada e forçando mais de um milhão de pessoas a abandonarem suas casas para escapar da guerra. O confronto entre Israel e o Hezbollah já deixou dezenas de vítimas no território libanês.
Simultaneamente, a guerra prossegue na Faixa de Gaza, onde forças israelenses enfrentam o Hamas e buscam localizar reféns sequestrados há mais de um ano, durante o ataque realizado pelo grupo radical em território israelense em 7 de outubro de 2023. Naquele ataque, mais de 1.200 pessoas foram mortas e 250 sequestradas. Desde então, a ofensiva israelense em Gaza já resultou na morte de mais de 43 mil palestinos, além de causar a destruição quase total dos edifícios na região.
Motivo
Em 1948, foi fundada a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que passou a recrutar combatentes no Líbano, especialmente entre as famílias de refugiados palestinos que haviam fugido após a sua criação. A partir de 1968, os confrontos entre a OLP e outros grupos começaram a ocorrer, violando a soberania do Líbano.
Foto destaque: Ondas de fumaça após o bombardeio israelense na vila de Shihin, no sul do Líbano, perto da fronteira com Israel (reprodução/KAWNAT HAJU/AFP)