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Audiência pública na Câmara de Vereadores de Taboão da Serra termina em tumulto

Audiência que discutia o orçamento estadual de 2024, organizada pela Alesp, encerrou-se em meio ao caos e pancadaria. A GCM e a PM intervieram com gás lacrimogêneo.

29 Set 2023 - 16h15 | Atualizado em 29 Set 2023 - 16h15
Audiência pública na Câmara de Vereadores de Taboão da Serra termina em tumulto Lorena Bueri

A audiência pública ocorrida na Câmara dos Vereadores de Taboão da Serra, na região da Grande São Paulo, com o propósito de debater o orçamento estadual de 2024, organizada pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), teve um desfecho marcado pelo tumulto.

A reunião, que visava a coleta de sugestões da população para investimentos no próximo ano, foi interrompida devido a uma confusão generalizada.

De acordo com relatos, os tumultos tiveram início no plenário e se estenderam para áreas externas das dependências legislativas.


 Vídeo do momento da confusão na Câmara dos Vereadores de Taboão da Serra (Foto: reprodução/X/@otaboanense_)


Apesar da intervenção inicial da Guarda Municipal, a situação não foi controlada, o que levou à intervenção da Polícia Militar, que precisou usar bombas de gás para tentar restabelecer a ordem.

Estopim do conflito

O estopim do conflito parece estar relacionado a uma disputa por apoio político visando as eleições municipais de 2024.

Diversos deputados estaduais estiveram presentes, incluindo Analice Fernandes (PSDB), Fernando Fernandes (PSDB), Luiz Cláudio Marcolino (PT) e Eduardo Nobrega (Podemos).

Durante a audiência, grupos políticos adversos provocaram-se mutuamente, criando um ambiente tenso e com os ânimos exaltados.

Nota da prefeitura

A Prefeitura de Taboão da Serra emitiu uma nota alegando que servidores da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), que prestam serviços ao casal Fernandes, protagonizaram atos agressivos e ameaçaram o prefeito e o secretário de governo, Mário de Freitas.

Além disso, os envolvidos registraram um boletim de ocorrência relatando agressões físicas e verbais.

Segundo a administração municipal, a deputada Analice Fernandes teria agredido o prefeito José Aprígio da Silva, puxando o microfone e empurrando-o do púlpito. A Secretaria de Segurança Pública informou que a polícia está investigando o caso como lesão corporal.

Agentes da Guarda Civil Municipal foram acionados para conter a confusão e encontraram várias pessoas feridas.

Elas foram conduzidas à delegacia de polícia, onde prestaram depoimentos e receberam atendimento médico.

Perícias no local

Perícias no local e exames do Instituto Médico Legal (IML) foram solicitados, e o caso foi registrado como ameaça, lesão corporal e dano na 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP) de Taboão da Serra.

A audiência pública faz parte de uma série de encontros organizados pela Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) em diversas cidades do Estado de São Paulo.

O objetivo dessas reuniões é ouvir a população, prefeitos e vereadores para coletar as principais demandas das regiões que serão contempladas pelo orçamento estadual previsto para o próximo ano, estimado em aproximadamente R$ 307 bilhões.

Os deputados petistas Paulo Batista dos Reis e Enio Tatto ressaltaram que a disputa entre grupos políticos ficou evidente durante a audiência pública.

Segundo eles, a simples menção de nomes relacionados à gestão anterior ou atual era seguida de aplausos de grupos distintos, exacerbando ainda mais a hostilidade do ambiente.

Deputada Analice Fernandes

Por meio de uma nota oficial, a deputada Analice Fernandes, esposa do ex-prefeito Fernandes, lamentou o ocorrido e afirmou ter sido ofendida por pessoas presentes na Câmara.

Ela enfatizou que o objetivo da audiência pública era discutir as prioridades regionais para o orçamento de 2024 e expressou sua insatisfação com a tumultuada situação.

O deputado Luiz Claudio Marcolino, vice-presidente da Comissão de Finanças e Orçamento da Assembleia Legislativa, lamentou a confusão e ressaltou que essa situação não reflete as audiências públicas.

A Alesp condenou veementemente a violência e manifestou repúdio a qualquer forma de agressão aos direitos individuais, bem como à democracia.

 

Foto Destaque: Imagens do momento do início da confusão que aconteceu na Câmara de vereadores. Reprodução/OTABOANENSE.

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