Neste sábado, um dia depois do voto de veto dos Estados Unidos quanto à uma resolução de cessar-fogo no Conselho de Segurança da ONU, Israel intensificou os ataques contra a Faixa de Gaza. De acordo com as autoridades locais, os bombardeios israelenses deixaram pelo menos seis mortos em Khan Younis e Rafah.
Em resposta às ofensivas israelenses, o Hamas reivindicou a autoria de ataques ao sul de Israel com foguetes. Além disso, o grupo declarou que Sahar Baruch, um de seus reféns, foi morto durante uma tentativa israelense de libertá-lo. Já o Fórum Israelense para Reféns e Familiares Desaparecidos respondeu que o refém foi assassinado pelo grupo.
Veto dos Estados Unidos na ONU
Na última sexta-feira, os Estados Unidos realizaram o veto de uma resolução que buscava um cessar-fogo imediato, proposta na ONU. O veto foi aprovado por representantes israelenses, que defendem a continuidade da guerra.
“Aprecio muito a postura correta adotada pelos Estados Unidos no Conselho de Segurança das Nações Unidas [...] Por isso, Israel vai continuar sua guerra justa para eliminar o Hamas e conquistar o restante dos objetivos da guerra”, disse o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu em um pronunciamento.
Resposta do Hamas
Escombros deixados por ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza em 15 de novembro. (Foto: reprodução/O Globo)
Enquanto isso, o Hamas condenou a posição estadunidense, considerando-a “imoral e desumana”. Segundo o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmud Abbas, os EUA são responsáveis “pelo derramamento de sangue de crianças, mulheres e idosos palestinos na Faixa de Gaza pelas mãos das forças de ocupação israelenses”.
De acordo com o Ministério de Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, o número de vítimas da guerra no enclave palestino alcançou as marcas de 17.700 mortos e 48.780 feridos.
Foto Destaque: bombardeio israelense contra a cidade de Khan Younis, em Gaza. (Reprodução/O Globo)