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Alunos da USP decidem encerrar a greve que já dura seis semanas

Nesta quarta-feira (01), foi realizada uma assembleia em que os alunos da USP decidiram pôr fim a greve que já dura seis semanas; a volta às aulas foi acertada para terça-feira (07)

03 Nov 2023 - 18h46 | Atualizado em 03 Nov 2023 - 18h46
Alunos da USP decidem encerrar a greve que já dura seis semanas Lorena Bueri

Nesta quarta-feira (01), foi realizada uma assembleia onde os alunos da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), da Universidade de São Paulo (USP) decidiram por fim à greve que já dura seis semanas. A greve havia começado no dia 21 de setembro, tendo também participação de outros cursos da instituição.

Nesta assembleia foi decidida que a greve encerrará no dia 07 de novembro, e que todos os alunos voltem para suas respectivas aulas no dia seguinte. Porém, segundo o Conselho de Entidades (CDE) da EACH, os alunos continuarão ocupando a instituição até que uma nova reunião seja realizada na próxima terça-feira (7). Sendo mantido o retorno das aulas para o dia 8 de novembro, serão feitas organizações para manter o espaço adequado para o retorno dos alunos. 

Segundo o diretor Ricardo Uvinha, da EACH, os estudantes que participaram da greve não serão reprovados por falta. "Eu, como diretor, tive o apoio da nossa congregação de que não haverá qualquer retaliação ou penalização de qualquer maneira, seja de forma coletiva ou individual, para o estudante que liderou ou participou dessa atividade das manifestações", informou.


Alunos da USP em greve (Foto: reprodução/G1)


USP com possível advertência

No dia 27 de outubro, um processo foi realizado contra a USP, conforme a decisão do Diretório Central dos Estudantes (DCE), após a Pró-reitoria instruir que todos os alunos que estavam presentes na manifestação estariam reprovados e/ou com suas devidas matrículas canceladas. Com participação dos órgãos estudantis, como o Centro Acadêmico XI de Agosto, Centro Acadêmico Armando de Salles Oliveira (CAASO), Centro Acadêmico Guimarães Rosa (Guima) e o Grêmio Estudantil da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e Design (GFAUD).

Como informado, a greve teve participação de vários grupos da instituição, assim como alguns professores que estavam apoiando os alunos nessa paralisação. Conforme o DCE, a greve era real e legítima, por isso, a reitoria não tinha o direito de finalizar, assim como, prejudicar os estudantes que foram de acordo com essa luta pelos direitos.

 

Início da paralisação na USP

Os alunos dos cursos de Filosofia, Letras e Ciências Humanas deram início a paralisação, levando diversos cursos a participarem desse processo. O requerer dos alunos era por questões de que mais professores fossem contratados e que a instituição passasse por mudanças, para que os alunos pudessem usufruir de uma estrutura adequada e de qualidade.

Com a greve instaurada, os alunos que estavam participando da greve se reuniram com os diretores da Universidade, onde foi divulgado algumas mudanças, principalmente a chamada de novos professores para a USP. Com essa reunião, a reitoria informou que espaço terá o direito de administrar o calendário estudantil.

 

Foto destaque: estudantes da USP em greve (Reprodução/G1)

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